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A Anvisa aprovou o pedido de registro definitivo da vacina contra chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva. A decisão, publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, autoriza a aplicação em maiores de 18 anos do primeiro imunizante contra a doença, que afetou 620 mil pessoas no mundo em 2024. O estudo clínico de fase 3, feito com adolescentes brasileiros após uma dose da vacina, mostrou a presença de anticorpos neutralizantes em 100% dos voluntários com infecção prévia e em 98,8% dos que não tiveram contato anterior com o vírus. Após seis meses, a proteção dos jovens tinha sido mantida em 99,1%. (g1)

Os países membros da Organização Marítima Internacional (IMO, em inglês) aprovaram novas medidas para reduzir as emissões de carbono do setor naval. Com a decisão, os armadores devem reduzir a quantidade de gases de efeito estufa emitidos por suas embarcações em 30% até 2035 e em 65% até 2040, com base nos níveis de 2008. Aqueles que não atingirem os objetivos-base para 2035 deverão comprar “unidades corretivas” ao custo de US$ 380 por tonelada de CO equivalente. Os valores serão usados pelo Fundo Net Zero, criado para financiar a transição energética no setor, apoiar trabalhadores e compensar impactos negativos em países em desenvolvimento. (Um Só Planeta)

Apenas 0,9% dos cursos de educação a distância (EaD) conseguiram nota máxima no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2023, contra 492 de formação presencial. Dados divulgados pelo MEC nesta sexta-feira mostram que somente seis dos 692 cursos desta modalidade atingiram a nota 5 - a avaliação considera satisfatórias as graduações de notas 4 e 5. Dos 3.888 cursos que atingiram a meta, 100 eram EaD. Entre os cursos de medicina, apenas seis dos 309 avaliados conquistaram a nota máxima no Conceito Preliminar de Curso (CPC), um dos principais indicadores de qualidade do ensino superior do Enade. (g1)

Pesquisadores japoneses do Centro RIKEN para Ciência da Matéria Emergente desenvolveram um tipo de plástico que se dissolve completamente no oceano. Com a mesma resistência do plástico comum, o material se diferencia por não deixar resíduos de microplásticos, representando um grande avanço no combate à poluição marinha. A combinação de compostos acessíveis, como hexametafosfato de sódio (um aditivo alimentar bastante comum) e íons de guanidínio (utilizados em fertilizantes) forma pontes salinas que garantem a resistência do produto. Os experimentos mostraram que essas folhas se desintegraram em água salgada após oito horas e meia. (UOL)

O Brasil ainda não conseguiu avançar em metas importantes para a melhora da qualidade do Ensino Médio, como a ampliação de matrículas de tempo integral e do ensino profissionalizante. Também retrocedeu no atendimento daqueles que não conseguiram estudar na idade adequada. Dados do Censo Escolar 2024 apresentados nesta quarta-feira pelo Ministério da Educação mostram que 1,56 milhão de alunos do Ensino Médio estudam em tempo integral na rede pública, número três vezes maior que os 477 mil registrados há dez anos. O índice representa 23,1% do total de matrículas dessa etapa, mas, abaixo dos 25% estabelecidos pelo Plano Nacional de Educação (PNE). Também não atingiu a marca de 4,8 milhões de matriculados no ensino técnico, chegando a 2,38 milhões no ano passado. Com mais de 9,3 milhões de analfabetos acima de 15 anos, o país encolheu as vagas para Educação de Jovens e Adultos (EJA), de 3,2 milhões para 2,3 milhões. (Folha)

Mais de 90% das espécies que vivem no Brasil devem ter a existência afetada pela perda de hábitat causada pelo aquecimento global até 2100. É o que afirma um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que indica ainda um risco de extinção para 26% de plantas, animais e outras criaturas nesse período, caso os países não tomem as devidas medidas ambientais. A ameaça de extinção cai para 14%, se o aquecimento global for contido a no máximo 2°C acima da era pré-industrial. O levantamento foi realizado analisando 133 pesquisas sobre o tema com projeções sobre mais de 20 mil cenários por espécie. (Globo)

Considerado o “Oscar da Ciência”, o Prêmio Breakthrough homenageou cientistas que fizeram avanços significativos em seus respectivos campos em 2024. Entre os vencedores, estão cinco pesquisadores que contribuíram nas Ciências Biológicas para medicamentos altamente eficazes para diabetes e obesidade e outros dois que transformaram a compreensão e o tratamento da esclerose múltipla, doença neurodegenerativa que ataca o sistema imunológico. Um prêmio em Física Fundamental também foi concedido a 13.508 coautores de mais de 70 países que representam quatro colaborações experimentais no Grande Colisor de Hádrons (LHC) do CERN. Conheça os vencedores. (Galileu)

O papa Francisco fez sua primeira aparição pública desde que recebeu alta do hospital Gemelli, em Roma, há duas semanas. O pontífice cumprimentou multidões na Praça São Pedro, no Vaticano, neste domingo, sentado em uma cadeira de rodas e usando o que parecia ser uma cânula nasal auxiliando sua respiração. Além de parecer estar de bom humor, Francisco demonstrou estar com melhor saúde do que quando foi visto publicamente pela última vez, quando lutava para falar e levantar os braços em aceno aos fiéis. O papa foi internado em 14 de fevereiro, sofrendo de uma infecção respiratória grave, que evoluiu para pneumonia em ambos os pulmões, recebendo alta em 23 de março. (CNN)

Faltando pouco mais de sete meses para a realização da COP30, em Belém, pesquisadores alertam para os riscos ambientais que duas obras representam para as poucas unidades de conservação ainda existentes no Pará. Uma delas atravessa uma área, na Zona Sul, onde existem mais de 800 espécies, algumas delas ameaçadas de extinção. A outra, na Zona Norte, passa pelo Parque Ambiental Gunnar Vingren, onde vivem dezenas de unidades da flora e fauna. Segundo o governo, o objetivo das obras é escoar o trânsito na capital paraense, que receberá uma alta demanda de visitantes. A comunidade quilombola do Abacatal, na Região Metropolitana de Belém, é uma das afetadas pela construção. (UOL)

A Petrobras trava uma batalha contra o Ibama pela licença ambiental para explorar o bloco 59 na margem equatorial brasileira, uma região rica em biodiversidade localizada entre o Rio Grande do Norte e a Guiana Francesa. A estatal insiste que faria apenas uma perfuração sem trazer grandes riscos ambientais. Mas, uma investigação do InfoAmazonia revela que a autorização seria utilizada como uma “cortina de fumaça” para abrir toda a região para ser explorada por petroleiras. O plano estratégico da empresa prevê a perfuração de 15 poços no local. Uma análise com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostra que a costa entre o Amapá e o Maranhão abriga 321 blocos, dos quais 25 já foram concedidos para Shell, BP, Brava Energia, Prio e Petrobras explorarem. Além disso, os dados mostram que entre 1970 e 2024, ao menos um quarto dos 155 poços perfurados na margem equatorial foram interrompidos por acidentes mecânicos durante as buscas por óleo. (InfoAmazonia)