Viver

Cerrado perde o dobro da área de Brasília para o fogo apenas em agosto

As áreas queimadas do Cerrado aumentaram 221% em agosto de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Monitor do Fogo, iniciativa da rede MapBiomas. Somente neste último mês, foram queimados 1.239.324 hectares, mais que o dobro do tamanho do Distrito Federal, contra 386.404 hectares em agosto de 2023. Os municípios com maior área queimada no bioma foram Barra do Garças (MT), com 102.328 hectares, Nova Nazaré (MT), com 93.043, e Lagoa da Confusão (TO), com 90.263. Embora as savanas tenham sido as áreas mais atingidas, o maior aumento percentual das queimadas foi registrado nas formações florestais. Houve crescimento de 410% nas áreas florestais em chamas, com 96.533 hectares queimados, em comparação com agosto de 2023. Menor apenas que a Amazônia, o bioma já perdeu 50% de sua vegetação original nas últimas décadas. (g1)

Temperatura média do planeta pode aumentar 3ºC até o fim do século, diz ONU

A temperatura média do planeta vai aumentar 3ºC até o fim do século, caso os países não cumpram as metas de combate às mudanças climáticas. É o que diz a previsão da ONU no relatório Unidos na Ciência, produzido por agências das Nações Unidas, organizações meteorológicas e instituições científicas e divulgado nesta quarta-feira. “Estamos soando o alerta vermelho para o planeta. A ciência é clara. Estamos muito longe de atingir as metas climáticas globais”, afirmou a secretária-geral da Organização Meteorológica Mundial. Para evitar que o planeta passe pelos piores efeitos das mudanças do clima, a meta estabelecida pelo Acordo de Paris, em 2015, é limitar a alta da temperatura a 1,5°C. Mas, as emissões de gases do efeito estufa estão em níveis recordes, elevando o calor e aumentando o desafio. A ONU alerta que, nos próximos cinco anos, o mundo pode viver um ano com termômetros acima desse teto. (Jornal Nacional)

Azerbaijão ignora transição dos combustíveis fósseis em prioridades da COP29

Anfitrião da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP29), o Azerbaijão deixou a transição dos combustíveis fósseis fora da lista de prioridades, ignorando o pacto histórico firmado por quase 200 países na COP28, em Dubai, no ano passado. Entre as pautas prioritárias do encontro em Baku, que ocorrerá entre 11 e 22 de novembro, estão o aumento de seis vezes na capacidade de armazenamento de energia em baterias, as expansões abrangentes nas redes elétricas e as reduções nas emissões de metano vindas de resíduos orgânicos. Além de chefe da COP29, Mukhtar Babayev é ministro da Ecologia do Azerbaijão e ex-vice-presidente da empresa estatal de petróleo e gás, Socar. Na carta aos Estados, ele propõe que os países adotem metas de redução do metano como subproduto de resíduos e sistemas alimentares, mesmo esta sendo apenas a terceira fonte do gás causada por humanos - setores de energia e agrícola são os líderes - segundo a ONU. Também evitou sugerir que o Azerbaijão deveria reavaliar a participação dominante das exportações de petróleo e gás em sua economia, que segundo o país, ajuda a atender a demanda energética europeia. (Folha)

Câmara aprova lei que facilita licitações em caso de estado de calamidade pública

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que facilita compras e contratações de serviços durante um decreto de estado de calamidade pública. O texto entrou na pauta após a reunião do presidente Lula com os chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário nesta terça-feira, no Palácio do Planalto, para falar sobre a seca histórica e os incêndios que afetam boa parte do país. Entre os principais pontos, o projeto aprovado pelos deputados permite a utilização do superávit do Fundo Social do pré-sal para criar linhas de financiamento em estados que passam por calamidade pública, além de ampliar em R$ 3 bilhões o limite de crédito subsidiado a micro e pequenas empresas e produtores rurais afetados. Também prevê “medidas excepcionais” para que os governos federal, estadual e municipal possam flexibilizar contratações nesses contextos para agilizar a resposta aos danos. O texto, que começou a ser avaliado durante as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, segue para sanção presidencial. (g1)

Obesidade na infância pode aumentar chance de esquizofrenia, revela estudo

Cientistas chineses identificaram, pela primeira vez, uma conexão entre a obesidade infantil e o aumento do risco de desenvolver esquizofrenia, segundo um estudo publicado na revista Science Advances (íntegra do estudo). A pesquisa analisou dados genéticos de pessoas diagnosticadas com transtornos mentais, revelando uma associação clara entre a obesidade na infância e o desenvolvimento do transtorno. O mesmo padrão não foi observado em adultos obesos. Os pesquisadores sugerem que o excesso de gordura corporal no início da vida pode prejudicar o desenvolvimento cerebral, reforçando a importância de intervenções precoces para mitigar os impactos da obesidade infantil. (Globo)

Álcool em excesso está relacionado a 5,4% dos casos de câncer, diz relatório americano

Um relatório da Associação Americana de Pesquisa do Câncer relaciona o consumo excessivo de álcool ao aumento de risco da doença (leia na íntegra). Seis tipos de neoplasia estão mais associados à bebida em excesso: colorretal, esôfago, estômago, fígado, mama e alguns tumores de cabeça e pescoço. Segundo dados de 2019 (os mais recentes), 5,4% dos casos de câncer nos Estados Unidos tinham a ver com o consumo desenfreado de álcool (pouco mais de um em cada 20 diagnósticos), abaixo dos percentuais ligados ao fumo (19,3%) e ao excesso de peso (7,6%). Reduzir a quantidade ou parar de beber diminui em até 8% o risco de desenvolver essas seis neoplasias, e em 4% o risco de todos os tipos. Em todo o mundo, morrem cerca de 10 milhões de pessoas por ano da doença, e são diagnosticadas cerca de 20 milhões. (Meio)

Desmatamento do Cerrado emitiu mais CO2 do que toda a indústria brasileira

Mais de 135 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) foram lançadas na atmosfera com o desmatamento do Cerrado entre janeiro de 2023 e julho de 2024, segundo relatório do SAD Cerrado, sistema de alerta do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. Esse volume representa 1,5 vez o total emitido anualmente pela indústria brasileira. Atualmente o Brasil emite cerca de 2,3 bilhões de toneladas de gases, sendo o sexto maior emissor global. Somente de junho a agosto de 2024, na Amazônia, as queimadas resultaram em 31 milhões de toneladas de CO2. Em chamas, as savanas, predominantes no Cerrado e que ocupam 62% da área remanescente do bioma, foram responsáveis por 65% das emissões, totalizando 88 milhões de toneladas de CO2. (g1)

Providências emergenciais

Governo libera crédito extraordinário de R$ 514 milhões para combate ao fogo

Para combater o fogo que já destruiu boa parte dos biomas brasileiros, o governo federal anunciou nesta terça-feira um crédito extraordinário de R$ 514 milhões para um programa de combate às queimadas. O valor será dividido em várias áreas do governo e deverá ser usado para a compra de equipamentos, como aeronaves e kits de combate a incêndios. O investimento foi anunciado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e deverá sair por medida provisória no Diário Oficial da União até esta quarta-feira. Na quinta, o governo se reúne com os 27 governadores para ouvir demandas, que influenciarão na maneira de aplicar o aporte. Segundo Costa, Lula deu ordem para reestruturar equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Guarda Municipal que combatem o fogo. Também deve ser publicada uma Medida Provisória que flexibilize a legislação para agilizar análises de recursos do Fundo Clima. (CBN)

Jordan Chiles tenta reverter decisão que tirou sua medalha olímpica

Jordan Chiles, ginasta dos EUA, está tentando reverter uma decisão judicial esportiva que lhe tirou a medalha de bronze conquistada nas Olimpíadas. Na ocasião, a equipe da Romênia contestou a decisão de revisar a pontuação final da atleta, e o Tribunal Arbitral do Esporte entendeu que já havia passado o prazo para apelação e decidiu em favor da romena Ana Barbosu, que ficou com a medalha. Chiles acredita que o processo foi injusto, apontando que seu recurso foi desconsiderado apesar de provas em vídeo e que o presidente do painel tinha um possível conflito de interesses. Agora, ela busca levar o caso ao Tribunal da Suíça, e tem apoio como do Comitê Olímpico dos EUA. (CNN)