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Caio Mello

Redator do Meio. Jornalista formado pela Cásper Líbero, onde foi coautor de um livro sobre ocupações urbanas do Centro de São Paulo para o Trabalho de Conclusão de Curso. Tem experiência em cobertura política e econômica, passando por redações e veículos de rádio, além de ser pós-graduando em Ciência Política.

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Núcleo de inflação nos EUA desacelera, impulsiona bolsa brasileira e faz dólar cair

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA subiu 0,4% em dezembro, em linha com as expectativas de mercado, enquanto o núcleo da inflação (quando excluídos alimentos e energia) avançou 0,2%, levemente abaixo do esperado de 0,3%. No acumulado de 12 meses, o CPI ficou em 2,9%, refletindo a menor pressão sobre os preços ao consumidor desde o início da pandemia. A leitura abaixo do consenso para o núcleo da inflação contribuiu para fazer o dólar perder força frente a moedas emergentes e impulsionando o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira. Isso porque a perspectiva aumentam as chances do Federal Reserva cortar juros em 2025 nos Estados Unidos. Entre os destaques do relatório, o aumento nos preços de energia (2,6% no mês, impulsionado pela alta de 4,4% na gasolina) contrastou com a moderação em outros itens, como alimentação fora de casa (0,3%) e assistência médica (0,1%). A desaceleração nos custos de moradia, que subiram 0,3%, também contribuiu para o resultado abaixo do esperado no núcleo. (Meio)

Volume de serviços cai 0,9% em novembro

Caiu mais que o esperado. O volume de serviços no Brasil caiu 0,9% em novembro de 2024, frente a outubro, segundo informou o IBGE. Apesar da retração, o setor segue 16,9% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 0,9% abaixo do pico da série histórica, alcançado justamente em outubro. Na comparação com novembro de 2023, o setor avançou 2,9%, acumulando alta de 3,2% no ano e de 2,9% nos últimos 12 meses — a maior taxa nessa base desde novembro de 2023. O recuo mensal foi puxado por quedas nos transportes (-2,7%) e nos serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%). Por outro lado, informação e comunicação (1,0%), serviços às famílias (1,7%) e outros serviços (1,8%) registraram alta. As atividades turísticas recuaram 1,8% em novembro, eliminando parte do ganho acumulado nos dois meses anteriores, de 5,5%. Ainda assim, o segmento segue 11,1% acima do nível pré-pandemia e avançou 9,2% na comparação anual, com destaque para o transporte aéreo e serviços de hospedagem. No transporte, o segmento de passageiros caiu 3,4% no mês, mas cresceu 16% em relação ao ano anterior. Regionalmente, 18 das 27 unidades da federação tiveram retração no mês, lideradas por São Paulo (-0,9%), Paraná (-2,9%) e Pernambuco (-3,7%). Entre os destaques positivos estão Minas Gerais (0,9%) e Alagoas (4,2%). No acumulado do ano, São Paulo foi destaque positivo com 4,8% de ganhos, junto do Rio de Janeiro (3,8%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-7,2%) e Mato Grosso (-9,2%) puxam os resultados negativos. (Meio)

Inflação projetada para 2025 sobe e chega a 5%, aponta boletim Focus

As projeções para a inflação em 2025 e 2026 voltaram a subir, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. A expectativa para o aumento dos preços em 2025 passou de 4,99% para 5,00%, marcando a 13º semana seguida de alta, enquanto a estimativa para 2026 subiu de 4,03% para 4,05%. Enquanto isso, a mediana para a taxa Selic permaneceu em 15% para 2025 e 12% para 2026. No mercado de câmbio, a previsão para o dólar segue em R$ 6,00 em 2025, mas subiu para o mesmo patamar para o próximo. Já o Produto Interno Bruto (PIB) não teve alterações no patamar de crescimento nos próximos anos, e segundo o mercado financeiro a economia do país deve crescer 2,02% neste ano e 1,80% em 2026. (Meio)

Ainda estamos aqui?

Viola Davis sobe ao palco do Globo de Ouro. A atriz vencedora do Oscar descobriu nas redes sociais um carinho grande do público brasileiro, bem cultivado por ela, com posts sobre o Brasil, que por sua vez aguardava ansiosamente o anúncio do prêmio de Melhor Atriz para Filmes de Drama. Alguns segundos antes, a comentarista Aline Diniz, que participava da transmissão da TNT, solta um suspiro de surpresa. Viola fala, com sotaque, o nome de Fernanda Torres e I'm Still Here, o nosso Ainda Estou Aqui. 

EUA surpreende e cria 256 mil novas vagas de emprego em dezembro

O mercado de trabalho dos Estados Unidos surpreendeu em dezembro com a criação de 256 mil postos de trabalho, acima da expectativa de 160 mil, segundo divulgação do relatório de empregos não-agrícola Payroll, divulgado pelo Departamento do Trabalho. A taxa de desemprego caiu para 4,1%, superando ligeiramente as projeções do mercado, que esperavam 4,2%. Entre os destaques, o setor de saúde criou 46 mil vagas, enquanto o comércio varejista adicionou 43 mil postos, impulsionado por contratações em lojas de vestuário e joalherias. O governo, por sua vez, aumentou sua força de trabalho em 33 mil. Já o salário médio por hora subiu 0,3% no mês, alcançando US$ 35,69, com alta acumulada de 3,9% nos últimos 12 meses. Apesar da recuperação, a taxa de participação da força de trabalho permaneceu estável em 62,5%, refletindo um ritmo moderado no retorno de trabalhadores ao mercado. Dados revisados de meses anteriores indicam uma leve redução no número total de empregos criados em outubro e novembro. (Meio)

Inflação encerra 2024 com alta de 4,83%, acima do teto da meta

A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou dezembro de 2024 com alta de 0,52%, encerrando o ano com inflação acumulada de 4,83%, acima dos 4,62% registrados em 2023, mas abaixo do consenso de mercado, que previa 4,9% no acumulado do ano. Com isso, o Banco Central terá de escrever uma carta ao Ministério da Fazenda, justificando as razões pelas quais a inflação ficou acima do teto da meta de 4,5%. O grupo Alimentação e bebidas liderou os aumentos, com alta anual de 7,69%, influenciado principalmente pela disparada no preço das carnes (20,84%) e do café moído (39,60%). No mês de dezembro, o grupo apresentou variação de 1,18%, impactado por aumentos nos preços de itens como costela (6,15%), alcatra (5,74%), além de óleo de soja (5,12%) e café moído (4,99%). Já Transportes registrou alta de 0,67%, impulsionada por aumentos no transporte por aplicativo (20,70%) e passagens aéreas (4,54%). Em contrapartida, o grupo Habitação recuou 0,56%, devido à redução de 3,19% na energia elétrica residencial, reflexo do retorno da bandeira tarifária verde em dezembro. No acumulado do ano, além de Alimentação e bebidas, Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) foram os grupos que mais impactaram a inflação, respondendo por 65% da variação total, sobretudo por reajuste dos planos de saúde, a alta da gasolina e o gás de botijão. Em contrapartida, a energia elétrica residencial acumulou queda de 0,37% no ano. Na comparação entre capitais, São Luís registrou a maior inflação em 2024, com alta de 6,51% e Porto Alegre teve a menor variação, de 3,57%. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de menor renda, fechou o ano com alta acumulada de 4,77%, também puxado pelos preços de alimentos. (Meio)

Vendas do varejo caem 0,4% em novembro, mas acumulam alta de 5% em 2024

As vendas do varejo tiveram um recuo de 0,4% no volume de vendas em novembro de 2024, em comparação com outubro, conforme os dados divulgados pelo IBGE. Esse resultado interrompe o crescimento de 0,4% registrado no mês anterior, enquanto a média móvel trimestral apontou um leve crescimento de 0,2%. Apesar do desempenho negativo no mês, o setor mantém uma trajetória positiva na comparação anual, com alta de 4,7% frente a novembro de 2023, sendo o 18º mês consecutivo de crescimento interanual. No acumulado do ano, as vendas avançaram 5%, e o acumulado em 12 meses mostrou alta de 4,6%. No comércio varejista ampliado, que considera também os segmentos de veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas caiu 1,8% em novembro frente ao mês anterior, enquanto a média móvel trimestral ficou estável. Na comparação com novembro de 2023, o varejo ampliado registrou alta de 2,1%, acumulando crescimento de 4,4% no ano e 4% em 12 meses.

Produção industrial recua 0,6% em novembro, mas mantém alta em 2024

A produção industrial nacional registrou queda de 0,6% em novembro de 2024 na comparação com outubro, marcando o segundo mês consecutivo de retração e acumulando perdas de 0,8% nesses dois meses. Apesar disso, a indústria cresceu 1,7% na comparação com novembro de 2023, registrando a sexta alta seguida na base anual. No acumulado do ano até novembro, o setor avançou 3,2%, consolidando 0 desempenho positivo em 2024. Entre as grandes categorias econômicas, todas mostraram redução em novembro, com destaque negativo para bens de consumo semi e não duráveis (-2,8%), seguidos por bens de consumo duráveis (-2,1%) e bens de capital (-1,7%). Setores importantes como veículos automotores (-11,5%) e produtos derivados do petróleo (-3,5%) também contribuíram para a retração. Por outro lado, segmentos como máquinas e equipamentos (+2,3%) mostraram resultados positivos. No acumulado do ano, bens de consumo duráveis (10,7%) e bens de capital (8,8%) lideraram o crescimento, puxados pela maior produção de automóveis, eletrodomésticos e equipamentos de transporte. Enquanto isso, produtos farmacêuticos (-2,8%) figuraram entre os poucos setores em queda no período. (Meio)

Inflação em 2025 deve se aproximar dos 5%, aponta Focus

No primeiro Boletim Focus de 2025, agentes do mercado financeiro revisaram algumas das principais projeções econômicas. Segundo o relatório divulgado pelo Banco Central, a estimativa para o IPCA de 2024 (a ser divulgado na sexta-feira), caiu de 4,90% para 4,89%. No entanto, para este ano, a expectativa subiu para 4,99%. Apenas em 2026 a inflação deve retornar à meta de 3%, após previsão de ficar em 4,03%, pois há uma margem de 1,5 pontos para mais ou para menos. Enquanto isso, o dólar deve fechar esse ano em R$ 6, com a previsão para a taxa básica de juros, a Selic, passando de 14,75% para 15%. O crescimento do PIB de 2025, por sua vez, foi ajustado levemente de 2,01% para 2,02%, enquanto ano passado a economia deve ter crescido 3,49% (em 7 de março de 2025 será conhecido o número oficial, divulgado pelo IBGE). Em 2026, as previsões para o PIB (1,80%), câmbio (R$ 5,90) e Selic (12%) ficaram inalteradas. (Meio)

PMI industrial do Brasil encerra 2024 em expansão, mas com desaceleração

O setor industrial brasileiro encerrou 2024 ainda em ritmo de expansão, com o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global registrando 50,4 pontos em dezembro, acima da marca neutra de 50, mas abaixo dos 52,3 de novembro. Pollyanna De Lima, Diretora Associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, destacou que “a resiliência da demanda sustentou novos aumentos no volume de pedidos, produção e empregos”, mas alertou que o setor pode iniciar 2025 em uma base mais fraca devido à pressão cambial e custos elevados. O dólar mais forte já impactou os custos de insumos, com empresas pagando mais por commodities e fretes. Além disso, a desvalorização do real afetou a demanda externa, com quedas consecutivas nos pedidos internacionais, especialmente da Ásia, Mercosul e EUA. A produção industrial teve expansão em todos os meses de 2024, mas o avanço de dezembro foi o mais lento dos últimos quatro meses. As empresas reduziram a aquisição de insumos pela primeira vez em um ano, encerrando uma sequência de 11 meses de expansão, enquanto os estoques de matérias-primas e produtos semiacabados registraram quedas significativas. Mesmo assim, 63% dos entrevistados no levantamento do PMI demonstraram otimismo em relação a 2025, citando expectativas de recuperação na demanda, investimentos e melhores condições no setor automotivo. A alta taxa de juros e o dólar alto, no entanto, podem influenciar as decisões empresariais, priorizando gestão de custos em detrimento da expansão. (Meio)

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