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Moraes suspende decretos do IOF e convoca reunião; Lula no Mercosul; novo ataque à Marina

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou nesta sexta-feira a suspensão dos atos do governo federal e do Congresso Nacional sobre o IOF e convocou uma audiência de conciliação entre os Poderes para debater o tema. Enquanto isso, Lula viaja para a Argentina e não se encontra privadamente com Javier Milei. E a Marina Silva voltou ao Congresso e foi alvo de novos ataques. O deputado Evair Vieira Melo (PP-ES) chamou a ministra de 'adestrada', 'mal-educada' e afirmou que ela 'nunca trabalhou, nunca produziu'. Para comentar esses e outros assuntos, o Central Meio recebe Pablo Ibanez, professor de Geopolítica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, especialista em políticas públicas e mudança do clima. O jornalista Guilherme Werneck, editor da newsletter Ladrilho Hidráulico, dá as dicas culturais para o fim de semana no Rio e em São Paulo.

Discursos e alianças em ebulição: o tabuleiro político para as Eleições 2026

Embora ainda falte um ano e meio paro fim do mandato do presidente Lula, a campanha já começou - e para todo mundo. Enquanto a Direita tenta decidir o que fazer, quem lançar e com qual discurso, a Esquerda volta às raízes e aposta que a “a História do Sociedade é a História da luta de classes”. A comunicação do Governo, que vinha combalida, mudou o tom. Posts impulsionados por perfis governistas trazem agora propostas como a taxação dos super ricos e cortes em privilégios fiscais. Na outra ponta está isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais por mês, aumento real do salário mínimo e o fim da escala 6 por 1. É uma tentativa de responsabilizar o Congresso, que, de olho na baixa aprovação do Governo, também já está vivendo 2026. O Central de hoje recebe o mestre em Relações Internacionais, sócio fundador da Consultoria de Análise de Risco Político Dharma e professor da Fundação Dom Cabral, Creomar de Souza, que passa a integrar nosso time de colunistas do Meio.

Entrevista com o senador Randolfe Rodrigues, líder do Governo no Congresso

Na semana que é provavelmente a mais difícil pro Governo Lula 3 até agora. O Central Meio entrevista o senador pelo Amapá e líder do Governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues. Entre os assuntos abordados estarão a derrubada no Congresso do decreto do IOF, a decisão do Executivo levar a questão paro Supremo Tribunal Federal e mudança de postura do Governo nesse impasse. Além disso, uma pesquisa Quaest divulgada hoje mostra que pelo menos 57% dos deputados federais avaliam que são baixas as chances de o governo aprovar a agenda no Congresso. A pesquisa também questionou os parlamentares sobre a razão de o Congresso ter feito poucas votações importantes em 2024. Para 45% dos entrevistados, a falta de articulação política do governo é o principal motivo.

Azedou a relação: Haddad fala em “Justiça pelo Brasil” e Motta em “nós contra eles”

Depois de várias derrotas no Congresso, o governo decidiu partir para o ataque. A ideia é comunicar que o Parlamento legisla pros mais ricos enquanto cobra sacrifícios dos mais pobres. O ministro Fernando Haddad disse que “chegou o momento de fazer justiça pelo Brasil”. O presidente da Câmara, Hugo Motta, reagiu. Publicou um vídeo dizendo que o discurso do Governo era “fake news”. Motta criticou o que chamou de discurso do “nós contra eles” e defendeu a derrubada do decreto presidencial que aumentava a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras. E a questão segue pro Judiciário. O ministro Alexandre de Moraes será o relator de uma ação proposta pelo PSOL para retomar o decreto com as mudanças no IOF. O Central Meio de hoje recebe o cientista político e diretor do Livres, Magno Karl.

A rebelião do Congresso, a reação do Governo e o flop da anistia

O Governo só está esperando um sinal verde da Advocacia Geral da União pra recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra a derrubada do aumento do IOF no Congresso. A medida pode sinalizar uma mudança de postura do Executivo, que em vez de abaixar a cabeça e buscar uma conciliação que não vem, iria na direção do embate com o Legislativo./ Enquanto isso, na avenida Paulista, Bolsonaro promoveu a manifestação mais flopada que já aconteceu em defesa da anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de estado no Brasil. Cerca de 12 mil pessoas compareceram. Aliados atribuíram o esvaziamento ao fim do mês, férias escolares e ao jogo do Flamengo. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, esteve lá, mas não agradou. Durante o discurso, atacou políticas do PT, mas poupou o ministro Alexandre de Moraes. A fala foi interpretada como um discurso de campanha e não como um apoio à anistia. Também no fim de semana. O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, afirmou que os ataques dos Estados Unidos ao programa nuclear do Irã não causaram danos totais. A fala desmente o presidente americano Donald Trump, que disse ter “obliterado completamente” o programa iraniano. O Central Meio recebe o assessor do Instituto Brasil-Israel, João Miragaya e o cientista político Paulo Henrique Cassimiro.

STF decide que redes são responsáveis por publicações de usuários

O Central Meio recebe Ronaldo Lemos, advogado e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, e Sérgio Spagnuolo, jornalista e diretor-executivo do Núcleo Jornalismo. O Supremo Tribunal Federal decidiu que as empresas de tecnologia passam a ter responsabilidade por conteúdos criminosos postados por seus usuários, independentemente de uma decisão judicial sobre cada caso. A decisão altera a maneira como as empresas terão que monitorar o que é publicado em suas redes sociais e, principalmente, como deverão agir diante de postagens consideradas criminosas, como ataques à democracia, conteúdos ilícitos graves ou crimes sexuais. A decisão dos ministros também responsabiliza as big techs pelos prejuízos causados por terceiros, incluindo anúncios falsos, mesmo aqueles impulsionados por meio da compra de publicidade.

Israel x Irã: a guerra que todos ‘venceram’, mesmo sem saber onde está o urânio

O primeiro dia do cessar-fogo entre Irã e Israel produziu uma situação inusitada: todos os envolvidos no conflito se declararam vitoriosos. No lado israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que os combates trouxeram uma “vitória histórica” para o país contra seu maior inimigo na região. Já em Teerã, protestos organizados pelo governo contra os EUA e Israel celebravam o que o regime também chamou de uma vitória no conflito. Mas isso não significa que a guerra acabou de vez. Ontem veio a confirmação de que o programa nuclear iraniano não foi destruído, como afirmaram Trump e Netanyahu no final de semana. Um relatório sigiloso preparado pela inteligência americana diz que o programa foi apenas atrasado em alguns meses.

Israel acusa Irã de violar cessar-fogo de Trump, que diz que Israel também violou

Poucas horas depois de anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a trégua entre Irã e Israel foi logo interrompida. O governo israelense acusou o Irã de violar o acordo e ordenou novos bombardeios a Teerã, que nega a violação. Já Donald Trump disse hoje que os dois países desrespeitaram o cessar-fogo. Independente de quem violou o acordo, já se fala sobre uma mudança de regime no Irã, provavelmente diferente da imaginada por Trump ao falar do assunto. Uma reportagem da revista The Economist associa o ataque iraniano a uma base americana no Catar a uma repentina mudança no equilíbrio de poder em Teerã. Militares de linha dura estariam substituindo os clérigos xiitas no comando do país.

Após bombardeios, Trump fala em ‘mudança de regime’ no Irã

Menos de 48 horas após os Estados Unidos atacarem as instalações nucleares iranianas com as bombas mais poderosas de seu arsenal, o presidente Donald Trump falou abertamente em derrubar o regime dos aiatolás. “Se o atual regime iraniano não é capaz de fazer o irã grande novamente, por que não haveria uma mudança de regime?”, escreveu. A declaração vai na direção contrária do que dizem diplomatas americanos e o próprio vice-presidente J.D. Vance, para quem os bombardeios buscaram apenas destruir a capacidade nuclear iraniana. Na noite de sábado, Trump sequer esperou o retorno dos bombardeiros B2 para declarar vitória. Ainda não é possível ter certeza da extensão dos estragos causados pelos bombardeios. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não identificou volumes consideráveis de contaminação nuclear nas áreas atacadas, o que pode indicar que o Irã tenha movido seus estoques de urânio enriquecido para uma localização ainda desconhecida. Para muitos analistas, os ataques irão reforçar a decisão do regime dos aiatolás de buscar uma bomba nuclear. O Central Meio recebe hoje os cientistas políticos Paulo Henrique Cassimiro e André Lajst.

De CPMI do INSS a vetos: as derrotas do governo no Congresso

O Congresso derrubou, nesta terça-feira, os vetos do presidente Lula em uma lei que trata de investimentos em energia eólica em alto-mar. Lula vetou vários jabutis que estavam incorporados ao projeto de lei. Mas agora, com a derrubada dos vetos, o governo vai ter que lidar com a insatisfação popular por ver um aumento na conta de luz. A estimativa é de que os brasileiros terão que pagar quase R$ 200 bilhões a mais nos próximos 25 anos. Os parlamentares ainda derrubaram mais de uma dezena de vetos de Lula. Entre eles estão o item que negava a indenização para crianças com microcefalia que haviam sido vítimas do Zika vírus, e aquele que barrava a taxa de avaliação e registro para agrotóxicos. Além disso, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), instalou uma CPMI para investigar o esquema de fraudes no INSS.

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