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Lula aposta em segurança pública, religião, “prosperidade” e IR para atrair eleitor
Com a expectativa de aprovação no Congresso da isenção do IR para contribuintes que ganham até 5 mil reais por mês, o Governo mira numa mudança de discurso para atingir ainda mais o público de classe média, sem CLT. A Comunicação prevê o lançamento de uma marca para abarcar as iniciativas sociais do governo que tenham apelo entre empreendedores, jovens e evangélicos, o “Prospera Brasil”. O termo foi escolhido justamente para se conectar ao conceito da teologia da prosperidade, caro entre os evangélicos. Além disso, em agendas nesta semana, Lula adaptou o discurso: pediu a reza de um “Pai Nosso” ao lado de um líder religioso e afirmou que não vai permitir que “a república de ladrão de celular” assuste as pessoas nas ruas do país. O Central Meio de hoje recebe a jornalista e colunista do Meio, Ana Carolina Evangelista.
Lula sobre PEC da Segurança: governo não permitirá “República de ladrões de celular”
Com meses de atraso, o Congresso deve votar hoje o projeto de lei do Orçamento da União de 2025. O Central Meio recebe o cientista político e professor da UFMG, Bruno Wanderley Reis, que vai comentar a expectativa sobre essa aprovação e a série de negociações entre Executivo e Legislativo que levarão às eleições 2026. Como exemplo, o governo pretende enviar ao Congresso o texto da PEC da Segurança, numa tentativa de aumentar a participação da União nessa área. Ontem o presidente Lula defendeu a aprovação da PEC e disse que o Governo não pretende "permitir que a República de ladrões de celular comece a assustar as pessoas nas ruas desse país".
Aliados e oposição reagem à fuga de Eduardo Bolsonaro para os EUA; Nikolas diz: “Tragédia”
O anúncio do deputado federal Eduardo Bolsonaro de que vai se licenciar do mandato e morar nos Estados Unidos causou reações diversas entre aliados e oposição. Para o deputado federal Nikolas Ferreira, é uma "tragédia". A deputada federal Tabata Amaral publicou um meme com cartaz "Procura-se". No vídeo em que revelou o plano, Eduardo diz que o Brasil está em regime de exceção e que vai ficar nos EUA para buscar punições a “violadores de Direitos Humanos”. Caso a licença de Eduardo ultrapasse 120 dias, quem assume o cargo é um suplente, o Missionário José Olímpio. No Central de hoje, vamos discutir a estratégia contida nessa retirada de Eduardo Bolsonaro, depois de uma manifestação pela anistia esvaziada e a uma semana do julgamento que pode tornar o pai dele réu por golpe de estado. Depois falamos da estratégia de Nikolas. O mineiro reagiu a uma publicação no X do perfil Uniververso LGBTQIA+ sobre a cantora e atriz Linn da Quebrada. O post pedia que Deus “tirasse a depressão de Linn e jogasse em Nikolas”. O deputado respondeu com uma oração, sem mencionar as ocasiões em que disseminou transfobia na Câmara.
Governo mira empreendedores, jovens e evangélicos em lançamento de nova marca
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, está programando o lançamento de uma marca para abarcar as iniciativas sociais do governo que tenham apelo entre empreendedores, jovens e evangélicos. A informação é da coluna da Malu Gaspar, n’O Globo. O programa deve ser batizado de “Prospera Brasil” e a expectativa é que funcione para o Lula 3 como o Programa de Aceleração do Crescimento funcionou em mandatos anteriores. A ideia é que seja um “guarda-chuva” que sirva para identificar a prioridade da gestão. Além disso, o Governo confirma hoje a proposta de isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais por mês. Caso seja aprovada pelo Congresso, cerca de 10 milhões de pessoas deixarão de pagar, totalizando mais de 26 milhões de isentos. Para a renda entre 5 e 7 mil reais, haverá um desconto parcial regressivo, que vai caindo conforme a renda vai aumentando. O Central Meio de hoje recebe o gerente da Inciativa de Empregos e Oportunidades do J-PAL no Brasil, André Mancha e o produtor executivo do Meio, Ricardo Rangel. O programa aborda também “O Futuro do Trabalho”, novo documentário disponível no streaming do Meio, para assinantes premium.
Em ato esvaziado, Bolsonaro pede anistia para si mesmo
No ato em que a expectativa era reunir um milhão de pessoas para pedir a anistia aos golpistas de 8 de janeiro – e, por tabela, a dos líderes do movimento, incluindo Jair Bolsonaro – o ex-presidente discursou para pouco mais de 18 mil pessoas em Copacabana ontem. O número foi informado pelo Monitor do Debate Político do Meio Digital, parceria da USP com a ONG More in Common. A baixa adesão, porém, não impediu que o ex-presidente falasse por 40 minutos, afirmando que, “mesmo preso ou morto”, continuará sendo um “problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o ato, Bolsonaro reafirmou que será candidato à presidência em 2026, embora esteja inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, e se defendeu da acusação de golpe, da qual pode se tornar réu ainda neste mês.
Lula e a relação com Congresso; Bolsonaro e a manifestação; protestos na Argentina
Em busca de melhorar a aproximação do Executivo com o Congresso, Lula disse ontem que colocou “uma mulher bonita” nas Relações Institucionais para atingir o objetivo. A fala, criticada por apoiadores e opositores, revela o que, de fato, é um problema para o Governo. Sem o controle do orçamento, o Executivo perdeu o poder de barganha. E, vendo a popularidade do governo despencar, o centrão não está interessado em colaborar com a aprovação de pautas. Enquanto isso, a oposição se organiza. Uma manifestação pela anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado, convocada para domingo, integrou à pauta o “fora Lula”. Além da política nacional, para falar sobre os protestos na Argentina de Javier Milei, o Central Meio recebe a historiadora e jornalista Sylvia Colombo.
O tarifaço de Trump, o cessar-fogo na Ucrânia e a inflação no mundo
Donald Trump. Tarifaço. Guerra na Ucrânia. Síria. Influência da Europa. E o Brasi, como fica? Como as guerras ao redor do mundo aumentam os preços dos combustíveis e dos alimentos? Como a política de tarifas de Donald Trump interfere na cotação do dólar? Que relação isso tem com a inflação brasileira? Hoje o Central Meio recebe o professor de Relações Internacionais Paulo Velasco e a colunista de economia do Meio, Deborah Bizarria.
Prisão de estudante e ativista palestino é “primeira de muitas”, diz Trump
A Justiça americana negou ao governo Trump a deportação do ativista palestino Mahmoud Khalil, que foi preso por agentes de imigração. Khalil, que é formado pela Universidade de Columbia e residente permanente nos Estados Unidos, desempenhou um papel fundamental nos protestos contra a guerra de Gaza no ano passado. A prisão faz parte da promessa do presidente de reprimir manifestantes pró-palestinos em campi universitários. Ontem, manifestações exigiram a libertação de Khalil e condenaram as ações do governo Trump. Acadêmicos classificaram o caso como uma prisão política. Hoje o Central Meio recebe a jornalista Beatriz Bulla.
Gleisi Hoffmann assume ministério, mas não há consenso sobre presidência do PT
O presidente Lula dá posse hoje a Gleisi Hoffmann no mistério de Relações Institucionais. A ideia é melhorar a articulação do governo, preparar alianças para 2026, além de apaziguar os ânimos no PT, que está em guerra interna. O grupo de Gleisi tenta inviabilizar a eleição de Edinho Silva, candidato de Lula, à presidência do partido e, mesmo após a nomeação, a situação parece se manter. A indicação de Gleisi gerou reações negativas no centrão e no mercado, como tudo que Lula fez nos últimos meses. O receio é que a escolha de Gleisi enfraqueça ainda mais o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Isso porque, como presidente do PT, ela criticava abertamente a política econômica do ministro.
Alegações de inocência, críticas à PGR e pedidos de anistia são defesa de golpistas
As defesas dos denunciados por tentativa de golpe de estado seguem estratégias semelhantes: tentam desacreditar as acusações e argumentam que não houve crime e nem qualquer articulação contra o resultado das eleições de 2022. No caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, a defesa chamou a denúncia da PGR de “narrativa de ficção” sem provas concretas e disse que o 8 de janeiro foi um “produto da vontade própria de pessoas que devem responder por seus atos” e que “não foram ordenados ou planejados por Bolsonaro”. O Central Meio de hoje recebe o cientista político Paulo Henrique Cassimiro.