Meio

Cálculos do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps), divulgados nesta terça-feira, apontam que o custo social dos danos provocados por apostas e jogos de azar chegam a R$ 38,8 bilhões por ano no Brasil. As estimativas levam em consideração os gastos de governo e prejuízos sociais indiretos associados à perda de qualidade e duração de vida. Só na saúde, o prejuízo chega a R$ 30,6 bilhões, ou 79% do total. Enquanto isso, o setor de apostas arrecadou R$ 6,8 bilhões entre fevereiro e setembro de 2025. A legislação atual destina somente cerca de 1% da arrecadação sobre a receita bruta das bets para medidas de prevenção, controle e mitigação de danos. (Folha)

O Brasil atingiu os critérios internacionais para eliminar a transmissão vertical do HIV, quando a mãe passa o vírus para o bebê, informou o Ministério da Saúde. A certificação formal ainda precisa ser aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a pasta, a taxa de transmissão ficou abaixo de 2% em 2024, enquanto as infecções em crianças permaneceu inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos. Já o início tardio da profilaxia neonatal caiu 54% em comparação ao ano anterior. O país também apresentou uma queda de 13% nas mortes por Aids no ano passado, em comparação a 2023. (Globo)

O Ministério da Educação ainda não homologou a resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) que endurece as regras para a oferta de cursos de pós-graduação on-line no país. A norma, aprovada no fim de outubro, é destinada a coibir o uso de instituições credenciadas como emissoras de diplomas para cursinhos na internet — prática conhecida como “barriga de aluguel”. O texto segue em análise na Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres). A pasta apoia a medida, mas estuda ampliar as restrições propostas, o que tem adiado a homologação. Enquanto o MEC não bate o martelo, porém, o setor segue operando sob as regras atuais, que desde 2018 facilitaram a proliferação de cursos sem lastro acadêmico sólido e mensalidades de valores irrisórios. (Globo)

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou a maior mudança já feita no modelo de formação de condutores no país, ao extinguir a obrigatoriedade de aulas em autoescolas e flexibilizar todo o processo para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A resolução abre espaço para que candidatos estudem por conta própria, usem veículos particulares e contratem instrutores autônomos credenciados. A proposta busca reduzir custos e burocracia, principais barreiras para cerca de 20 milhões de brasileiros que dirigem sem habilitação. Na etapa prática, a exigência mínima cai de 20 para 2 horas de aula, cabendo ao candidato definir quanto precisa treinar. Instrutores autônomos passam a poder atuar de forma independente e dar aulas no carro do próprio aluno. O processo de habilitação também deixa de expirar após 12 meses, eliminando a perda de valores pagos quando o prazo era ultrapassado. (Quatro Rodas)

A Oxford University Press escolheu “rage bait” (isca da raiva, em tradução livre) como a palavra do ano. A expressão descreve a estratégia de conteúdos online em provocar indignação e ódio para forçar engajamento nas redes e segundo a própria editora do dicionário, seu uso triplicou em 12 meses. O termo venceu “aura farming” e “biohack”. Segundo a Oxford, o “rage bait” é uma evolução do clickbait, que se antes chamava atenção pela curiosidade, agora o faz pelo choque, irritação ou ofensa. A editora diz que a popularização do termo mostra maior consciência pública sobre táticas de manipulação online. (BBC)

Panelinha no Meio. Misturando sabores do Brasil e da Itália, o risoto verde de couve com barriga de porco é tão delicioso quanto bonito de se ver no prato.

O nosso Sistema Solar foi visitado nos últimos oito anos por três objetos interestelares. O primeiro foi em 2017, depois outro em 2019 e o terceiro em 2025, detectado pelo sistema de telescópios Atlas, no Chile. Cientistas especulam que o 3I/Atlas seja um objeto tecnológico de outra civilização, não um cometa natural. Isso alimenta a hipótese de que nunca encontramos vida fora da terra porque civilizações mais inteligentes tendem a se esconder a todo custo para evitar ataques. (Folha de S. Paulo)

Mariliz Pereira Jorge: “Mesmo com leis, campanhas e discursos sobre empoderamento, a maioria das mulheres que sofre violência doméstica no Brasil continua sem pedir proteção — e, entre as poucas que pedem, muitas não são realmente protegidas”. Confira na coluna De Tédio a Gente Não Morre. (Meio)

Segundo a pesquisa Tábuas de Mortalidade 2024, do IBGE, a expectativa de vida do brasileiro cresceu 2,5 meses em 2024 e chegou a 76,6 anos, recuperando a diminuição do índice na pandemia, que havia jogado o indicador para 72,8 anos em 2021. Além disso, o tempo a mais de vida previsto vem junto da queda da mortalidade infantil. No ano passado, 12,3 a cada mil nascidos vivos não sobreviveram, uma queda ainda mais consistente quando comparado às 146,6 de 1940, fruto das melhorias acumuladas em vacinação, pré-natal, saneamento básico e renda. As mulheres seguem vivendo mais que os homens, em média 79,9 anos contra 73,3, diferença alimentada pela sobremortalidade masculina entre jovens, que atinge o auge entre 20 e 24 anos, quando eles têm mais de quatro vezes a probabilidade de morrer por causas violentas. Em nove décadas, o Brasil adicionou 31,1 anos de vida à média nacional. (Meio)

Flamengo e Palmeiras. Quem quer que ganhasse a partida de sábado em Lima seria o primeiro brasileiro a conquistar quatro vezes a Libertadores, mas a glória coube ao time carioca. O rubro-negro venceu por um a zero, com um golaço de cabeça de Danilo no segundo tempo. As duas equipes ainda são adversárias diretas pela conquista do Campeonato Brasileiro. No próximo dia 10 o Flamengo enfrenta em Dubai o Cruz Azul, do México, na primeira partida da Copa Intercontinental, que substituiu o Mundial de Clubes. (ge)