Meio

Um homem que sofre de paralisia já consegue ficar sozinho em pé, após receber um transplante de células-tronco. O paciente, que já treina seus primeiros passos, faz parte de um estudo da Universidade Keio, em Tóquio, no Japão, que começou em 2019 com o intuito de implantar células-tronco reprogramadas. Criadas revertendo células adultas para um estado semelhante ao embrionário, elas podem ser induzidas a se desenvolver em outros tipos celulares, sendo usadas desde 2022 em pessoas com lesões graves que sofreram dano permanente. Por não haver tratamento para estes casos, a descoberta traz esperança para milhares de pacientes. (g1)

Um dos principais desafios de substituir os combustíveis fósseis por fontes renováveis é a falta de geração ininterrupta, que ocorra 24 horas por dia, sete dias por semana (24/7). Apesar de limpas, fontes, como a eólica e solar, são intermitentes, gerando eletricidade apenas em 43% e 22% das horas do ano, respectivamente. Mas, novas soluções têm se apresentado, como a conversão de energia térmica oceânica (Otec, em inglês), que utiliza as águas oceânicas aquecidas pelo Sol para abastecer o evaporador da usina e produzir energia contínua. No Brasil, as condições ideais para produção ocorrem na faixa entre Salvador (BA) e Natal (RN), passando por Aracaju (SE), Maceió (AL), Recife (PE) e João Pessoa (PB). (UOL)

O Papa Francisco esteve tão perto da morte em sua internação de cinco semanas no hospital Gemelli, em Roma, que a equipe médica precisou decidir entre “deixá-lo ir ou seguir em frente” com tratamentos agressivos que poderiam afetar outros órgãos. Segundo o cirurgião-chefe Sergio Alfieri, o momento mais crítico ocorreu em 28 de fevereiro, quando o pontífice, com pneumonia nos dois pulmões, inalou vômito durante uma das quatro crises respiratórias que sofreu. O enfermeiro pessoal do Papa, Massimiliano Strappetti, insistiu: “Tentem de tudo, não desistam”. Francisco, que sempre pediu para ser informado sobre sua real condição, estava consciente do risco de não sobreviver. Alfieri relatou ter visto “lágrimas nos olhos” da equipe, que o tratava “como um pai”. Outro episódio grave ocorreu durante uma refeição, quando novamente inalou vômito, situação que poderia levar à “morte súbita” sem atendimento imediato. A melhora só veio em 10 de março, quando os médicos afastaram o perigo iminente. Durante a recuperação, Francisco ficará na Casa Santa Marta no Vaticano. Alfieri explicou que ele deve passar dois meses no local, mas que a recuperação completa levará tempo mais tempo. (Guardian)

Após proibir aplicativos de patinete elétrico e triplicar a cobrança de estacionamento para veículos do tipo SUV, dois terços dos cidadãos de Paris aprovaram em referendo o completo banimento de automóveis de 500 ruas, que serão arborizadas e transformadas em zonas para pedestres. Atualmente, automóveis já não podem circular em cerca de 220 ruas. A medida faz parte dos esforços da prefeitura parisiense para melhorar a qualidade do ar e tornar a cidade mais agradável e segura para pedestres. Com a decisão, a capital francesa deve perder até 10 mil vagas de estacionamento ao longo dos próximos anos, que se somará a outras 10 mil vagas eliminadas desde 2020. (DW)

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 135 mil pessoas de 69 países mostram que a altura e o peso dos homens aumentaram duas vezes mais rápido do que as das mulheres no último século, especialmente em regiões mais ricas. Dos 20 países com as populações mais altas do mundo, quase todos estão na Europa, embora os habitantes da Ásia, América Latina e África também tenham ganhado estatura. O aumento está relacionado a melhores condições de vida, bom atendimento médico e uma melhor alimentação. Os Países Baixos têm os habitantes mais altos, com holandeses medindo em média 1,83m, e as holandesas, 1,70m. Já os mais baixos estão no Timor Leste, com média de 1,60m, enquanto as guatemaltecas são as mais baixas do mundo, com média de 1,50m. O Brasil aparece na 70ª posição entre as mulheres, com uma média de 1,62m, e na 64ª entre os homens, com média de 1,75m. (g1)

O Brasil ocupa o 10º lugar no ranking de países mais afetados por mega secas (que duram ao menos dois anos) entre 2005 e 2024, com 12 eventos extremos registrados — sendo sete no Nordeste, quatro no Centro-Oeste e um no Sudeste, segundo relatório do Global Drought Observatory. O estudo relaciona o agravamento dessas secas ao desmatamento na Amazônia, que reduz o transporte de umidade para outras regiões, e ao aumento de 1,3°C na temperatura global desde a era pré-industrial. Embora a região amazônica não apareça entre os 12 casos do ranking, ela enfrentou em 2023-2024 sua pior estiagem em décadas, com rios como Negro e Madeira atingindo o nível mais baixo desde o início das medições, em 1902, o que isolou comunidades inteiras pela interrupção do transporte fluvial. (g1)

O SUS passou a incluir o Zolgensma em seu rol de medicamentos para o tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1, uma doença rara que compromete a musculatura e a mobilidade. Com um custo de até R$ 7 milhões por dose, o medicamento será adquirido pelo governo por meio de um contrato firmado com a Novartis na última quinta-feira, 20, com o pagamento vinculado aos resultados do tratamento.

O Papa Francisco recebeu alta neste domingo, 23, após 38 dias de internação devido a problemas respiratórios. A saída foi marcada por um gesto simbólico: sua primeira aparição pública desde 14 de fevereiro, quando foi hospitalizado. De uma varanda no quinto andar do prédio, ele acenou aos fiéis que o aguardavam do lado de fora do hospital Gemelli, em Roma. Também agradeceu: "Obrigada a todos. Vejo uma senhora com as flores amarelas. Boa!", disse, com voz ofegante, ao microfone. Logo depois, seguiu para o Vaticano, escoltado por um comboio de veículos policiais.

Para celebrar o Dia Internacional das Florestas, a Amazônia de Pé e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) lançam nesta sexta-feira o primeiro boletim trimestral do Observatório de Florestas Públicas com dados preocupantes. As Florestas Públicas Não Destinadas são áreas pertencentes ao poder público que não receberam atribuição específica de proteção, como unidades de conservação ou terras indígenas, tornando-se vulneráveis a atividades ilegais, como desmatamento. O boletim mostra que, na Amazônia, essas florestas cobrem aproximadamente 56,5 milhões de hectares, o que equivale ao território da Espanha. As áreas queimadas nessas florestas aumentaram 64% em 2024, passando de 1,5 milhão para 2,4 milhões de hectares, o equivalente a quase 15 cidades de São Paulo. Essas florestas contêm 5 bilhões de toneladas de carbono, com 77% desse estoque concentrado no estado do Amazonas. (UOL)

Apenas em 2024, o Brasil perdeu 2% da superfície de água, ficando 4% abaixo da média da série histórica, iniciada em 1985, segundo dados do MapBiomas divulgados nesta sexta-feira. O levantamento ainda mostra que a última década teve oito dos 10 anos mais secos já analisados. “A dinâmica de ocupação e uso da terra no Brasil, junto com eventos climáticos extremos, causada pelo aquecimento global, está deixando o Brasil mais seco”, explica Juliano Schirmbeck, coordenador técnico do MapBiomas Água. O país possui 12% da água potável do planeta, sendo que cerca de 2% dessa quantidade está no Pantanal. Mas, o bioma foi o que mais perdeu superfície de água em relação à média histórica, com 61%. Com a seca extrema no ano passado, a Amazônia, que tem mais da metade da superfície de água do país (61%), também perdeu 3,6% em relação à sua extensão média de água. (CNN Brasil)