Haddad defende tributação de bilionários em reunião do G20
Ao abrir a reunião de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G20, o titular da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu uma tributação progressiva para bilionários. Ele participou virtualmente do evento que ocorre em São Paulo por estar com covid. Para ele, os mais ricos devem pagar uma “justa contribuição em imposto” para a cooperação tributária internacional. O ministro também pediu que os países desenvolvidos olhem para os mais vulneráveis, pensando em soluções globais para a redução da pobreza. “Chegamos a uma situação insustentável em que o 1% mais rico detém 43% dos ativos financeiros mundiais e emitem a mesma quantidade de carbono que os 2/3 mais pobres”, destacou. Haddad ressaltou a emergência climática e criticou a falta de recursos para países endividados. As falas do ministro estão alinhadas com os objetivos do Brasil na presidência do G20, que vai até novembro. (UOL)
Já o secretário de política econômica da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que a tributação de grandes heranças e do lucro de grandes empresas será pautada nas próximas reuniões do G20. O tema deve ser debatido e aprofundado por especialistas e a expectativa é o que o G20 seja um espaço para “construir algum consenso sobre essa necessidade de iniciar uma agenda de formulação” de um sistema de tributação internacional. (g1)
Na mesma reunião, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o controle da inflação não está terminado, ainda falta uma “última milha” e os riscos permanecem à frente. “A melhor contribuição da política monetária para o crescimento sustentável, o baixo emprego, o aumento do rendimento real e a melhoria das condições de vida das pessoas é manter a inflação baixa, estável e previsível”, disse. (Folha)