Lula ataca Congresso e Supremo e amplia crise institucional
Receba as notícias mais importantes no seu e-mail
Assine agora. É grátis.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu ficar longe da polêmica entre o STF e o Congresso, mas acabou entrando na briga com acusações contra os dois poderes. Lula disse que considera as emendas impositivas — de execução obrigatória — um “grave erro histórico” e criticou o peso que elas impõem ao Orçamento. Segundo ele, o mecanismo, que destina recursos definidos por parlamentares, representa um “sequestro” de 50% do orçamento da União. “Eu, sinceramente, não concordo com as emendas impositivas. Acho que o fato de o Congresso sequestrar 50% do orçamento é um grave erro histórico”, disse Lula, durante reunião do Conselhão, em Brasília. Lula também atacou a possibilidade de ministros do STF, juízes e parlamentares atuarem remotamente, inclusive votando fora do país. Para ele, a prática compromete a seriedade das decisões públicas. Segundo Lula, a ausência física de autoridades “incomoda a sociedade” e mina a confiança na democracia. (g1)
Davi Alcolumbre reagiu com irritação às declarações do presidente Lula e queixou-se diretamente a integrantes do Palácio do Planalto por telefone, durante a própria sessão do Congresso, segundo relato de parlamentares presentes. No plenário, um parlamentar acionou o secretário especial de Assuntos Parlamentares da SRI, André Ceciliano, e repassou o telefone a Alcolumbre, que questionou “que sequestro” seria esse, citando sua atuação para aprovar a LDO e ajudar o governo em ajustes fiscais ligados às estatais. Segundo aliados, a fala de Lula piorou o clima no Congresso num momento de instabilidade já agravado pela disputa em torno da indicação de Jorge Messias ao STF. (Folha)
Aliás, Alcolumbre admitiu que a votação da indicação de Messias vai ficar para 2026, como queria o Executivo. “Este ano, só Orçamento”, disse, irritado, a jornalistas. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), também reconheceu que o assunto está adiado: “Será um debate para o próximo ano. Acho que está pacificado”, disse. (InfoMoney)

























