Lula diz esperar que conversa com Trump encerre “mal estar” entre Brasil e EUA
Em meio a tensões diplomáticas com Washington, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende se reunir o mais breve possível com o presidente americano Donald Trump para tentar encerrar o mal-estar entre Brasil e Estados Unidos. O petista destacou que, como as duas maiores economias do continente, é preciso encontrar uma pacificação e disse estar “otimista” quanto a uma aproximação com o presidente dos EUA. “Se somos as duas maiores economias e os dois maiores países do continente, não há por que viver em conflito”, disse Lula em uma entrevista coletiva na sede da ONU. Foi a primeira manifestação do presidente brasileiro desde o encontro que teve com Trump na véspera, nos bastidores da Assembleia Geral. Lula disse ter concordado com o presidente americano sobre os dois terem tido uma boa química quando se abraçaram. “Aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível e aconteceu. Fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química boa entre nós.” Lula afirmou esperar uma conversa “civilizada”, sem espaço para brincadeiras, e garantiu que tratará Trump com o respeito que merece como presidente dos Estados Unidos, na expectativa de receber o mesmo tratamento. Ele também disse estar disposto a discutir qualquer tema colocado pelo republicano: “Não tem limite a nossa conversa. Vamos colocar na mesa tudo o que precisar ser discutido.” (CNN Brasil)
Lula também usou o dia para finalmente se reunir com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em um muito adiado encontro entre os dois presidentes. Zelensky saiu da reunião animado e afirmou que Lula demonstrou disposição de “fazer tudo ao seu alcance” para aproximar Kiev de um cessar-fogo. “É bom que haja sinais do Brasil, do presidente e de sua equipe, de que apoiam, antes de tudo, a paz para o povo ucraniano”, disse o presidente da Ucrânia. O aceno ocorre um dia depois de Lula reiterar na ONU que não há saída militar para o conflito e defender a diplomacia como caminho para a paz entre Rússia e Ucrânia. (Globo)
Meio em vídeo. Na melhor das hipóteses para Bolsonaro, Trump conversará com Lula e nada acontecerá. Porque piorar, não vai piorar. Mesmo que os americanos imponham mais sanções, isso já estava na conta de todo mundo. Agora, se Trump melhorar só um pouquinho a relação com o Brasil, Bolsonaro se ferra muito. Porque, hoje, o único aliado real que o ex-presidente tem é Donald Trump. Se perdê-lo, acabou. A análise de Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube)