Ministros de Estado vão a Belém para destravar acordos na COP30
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Após impasse nas negociações climáticas na semana passada, ministros de Estado de dezenas de países chegarão a Belém nesta semana para destravar acordos na COP30. Os maiores obstáculos são relacionados a financiamento climático, proteção comercial com argumento ambiental, diferenças de metas climáticas apontadas pelos países e dúvidas sobre a transparência e critérios dos dados. As nações desenvolvidas cobram compromissos mais contundentes e maior regularidade na apresentação de dados sobre emissões, enquanto o Sul Global exige garantias de pagamentos dos recursos prometidos para elevar suas ambições. (CNN Brasil)
Um grupo de cientistas divulgou um alerta sobre o estado das negociações da COP30. O texto apresentado no Pavilhão de Ciências Planetárias aponta que grandes economias já consumiram quase todo o orçamento de carbono, enquanto comunidades vulneráveis seguem expostas aos impactos mais severos. Eles afirmam que as emissões globais de CO2 devem subir 1,1% em 2025, em vez de estarem em queda, e que o planeta tem apenas quatro anos antes de esgotar o orçamento de carbono compatível com o limite de aquecimento em 1,5°C firmado no Acordo de Paris. O documento é assinado por nomes como Carlos Nobre, Thelma Krug, Paulo Artaxo e Marina Hirota. (g1)
Aliás, um estudo produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério do Planejamento e Orçamento, sugere que os países desenvolvidos devem US$ 97,5 trilhões (R$ 516 trilhões) ao mundo por lançarem mais carbono do que teriam direito na atmosfera. O cálculo considerou 2,7 trilhões de toneladas de CO2, apontada pela ONU, que a humanidade poderia emitir sem ultrapassar a meta de conter o aquecimento global a 1,5°C em relação à era pré-industrial. Segundo o Ipea, os Estados Unidos foi o país que mais ultrapassou o limite, poluindo mais do que o triplo do permitido no período. (Folha)
Pela primeira vez na história, a China se comprometeu a reduzir as emissões absolutas de gases do efeito estufa. Até agora, o país estabeleceu suas metas com base na intensidade das emissões, determinando reduções por unidade de seu PIB. Com as novas metas apresentadas à ONU pelo líder Xi Jinping, o governo passa a estipular uma redução líquida de 7% a 10% em relação ao pico, devendo ocorrer antes de 2030. (Folha)

























