Tragédia em Minas deixa dez mortos e abala o Brasil
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Parecia cena de filme, mas foi tragicamente real. O país foi abalado neste fim de semana pela morte de dez pessoas no Lago de Furnas, no município mineiro de Capitólio. Por conta das fortes chuvas que atingem o estado, uma rocha do tamanho de um prédio de dez andares se soltou do paredão e desabou sobre barcos de turismo. Um deles, onde estavam todas as pessoas que morreram, foi atingido em cheio (vídeo). A polícia já divulgou os nomes de cinco vítimas: o aposentado Júlio Borges Antunes, de 68 anos; Camila da Silva Machado, de 18; o namorado dela, Maycon Douglas de Osti, de 24; e o casal Sebastião Teixeira da Silva, de 67, e Marlene Augusta da Silva, de 57. A Marinha abriu inquérito para investigar as causas da tragédia e intensificou a fiscalização sobre os barcos de turismo no lago e seus condutores. (g1)
Segundo especialistas, o bloco se soltou devido a uma combinação de fortes chuvas com as fraturas daquele tipo de rocha, que tem pré-disposição a desabamentos. “Cada fratura é uma área mais vulnerável. Quando há entrada excessiva de água, estas fraturas ficam encharcadas, o material amolece, perde coesão e sofre um rompimento”, explicou a geógrafa da USP Bianca Carvalho Vieira. (Globo)
A Defesa Civil de Capitólio proibiu as atividades náuticas na entrada dos cânions onde ocorreu o deslizamento, mas o prefeito Cristiano Geraldo da Silva nega que o turismo no lago tenha sido interditado. Estabelecidas em 2019, as regras para uso de barcos no lago não previam risco de deslizamento nem estabeleciam, por exemplo, uma distância mínima de segurança.
Após o acidente, um post publicado há quase dez anos no Facebook viralizou. Nele, o médico Flávio Freitas, de 52 anos, mostrou uma foto da mesma rocha com o comentário “Essa pedra vai cair”. Morador de Ilhabela (SP), Freitas diz que o risco era iminente. Algumas pessoas questionaram nas redes se era realmente a mesma pedra, mas, segundo o médico, a única diferença é o ângulo da foto. (Folha)
Mas a tragédia de Capitólio não foi o único efeito das chuvas em Minas. Um dique da mina Pau Branco, em Nova Lima, transbordou no sábado e foi ontem declarado em “risco iminente de rompimento” pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A prefeitura de Pará de Minas emitiu um alerta e está retirando pessoas das área de risco. E, em Belo Horizonte, moradores deixaram um prédio devido ao desabamento parcial de sua base. A Defesa Civil, porém, diz que não há risco de o edifício desmoronar. (UOL)

























