O brasileiro entendeu tudo

A tese da esquerda, para a eleição de 2026, é simples. Defesa da soberania nacional e discurso contra as elites. É isso. Ou seja, a direita quer atacar o Brasil e os ricos têm de contribuir mais. A aposta da direita também é simples. Esta será uma eleição sobre segurança pública. O brasileiro não está em paz, tem medo de ser assaltado, e a esquerda está mais preocupada com o bandido do que com o cidadão de bem. É claro que um está fazendo uma caricatura do outro, mas eleição é assim. Faz duas semanas que aconteceu a operação no Morro do Alemão e a esquerda segue sem uma resposta clara para dar. Mas e a direita? Em grande parte, os políticos de direita estão tentando entender para onde ir. O que já é claro para todos? Lula perdeu uns pontinhos de popularidade, então na direita já se sabe que foi uma vitória. A primeira vitória, da direita, em vários meses. Mas sabe quem perdeu mais do que Lula no Alemão? Jair Bolsonaro. Porque, veja, há décadas que Bolsonaro é o político dono da frase “bandido bom é bandido morto” no Congresso Nacional. Era o primeiro deputado que apareceria na cabeça de qualquer um quando alguém justificava violência policial. E, no entanto, ninguém da família Bolsonaro viabilizou, chamou atenção, puxou decisões para si. Nada. Isso é importante, tá? Porque é uma mudança. Na opinião popular, foi uma derrota pequena do governo federal e uma derrota gigante da família Bolsonaro. Naquele episódio, o resto da direita ganhou independência e espaço para agir. A cada momento assim, a relação de poder interna da direita muda. Os partidos de direita vão precisando menos da popularidade de Bolsonaro e a família Bolsonaro vai dependendo mais dos favores de políticos de direita com poder. Guilherme Derrite, o secretário de Segurança do estado de São Paulo, deixou o cargo para voltar à Câmara dos Deputados e relatar o projeto da Lei Antifacção, enviado pelo Palácio do Planalto. O texto vai ser muito mexido. Os governadores começaram a chamar esses grupos criminosos como o Comando Vermelho de terroristas. Derrite foi para a Câmara fazer isso, trazer a palavra terrorismo para o centro do palco. Só que ele tem um problema que não é pequeno nessa operação. Terrorismo é um crime tão grave que quem cuida dele é a União. É o governo federal. É um crime contra o Estado nacional. Isso quer dizer que uma lei que classifique como terroritas os traficantes tira poder dos governadores e o entrega para o presidente Lula. Isso, ora, a direita não quer. Tem outros problemas, também. Se o Brasil começa a dizer para o mundo que tem grupos terroristas agindo em seu interior, o país abre espaço para sanções econômicas, empresas brasileiras podem ter investimentos cortados nelas se houver suspeita de envolvimento com o crime. Investimento cai. Ações militares contra o Brasil entram no radar. Classificar legalmente como terrorista é uma dor de cabeça que os governadores de direita não querem. Mas ao mesmo tempo, eles querem o peso da palavra para fazer campanha eleitoral. A saída de Derrite é montar um Frankenstein. Trata todas as penas como se fosse terrorismo sem chamar de terrorismo. Mas tem um problema aí, tá? Porque estão pensando errado sobre esse crime. Terrorismo é essa palavra que enche a boca, impõe gravidade, mas é pensar errado sobre o problema que o Brasil tem. Grupos terroristas atuam politicamente. Seu objetivo é ter ganhos políticos. A base pode ser ideológica, para grupos paramilitares fascistas ou comunistas. A base pode ser nacionalista, como foram IRA e ETA, na Europa, o a OLP, da Palestina. Pode ser religiosa, como é o caso do Hamas o da al-Qaeda. Mas, fundamentalmente, o objetivo é ter um ganho político. O Comando Vermelho, o PCC ou as milícias cariocas não estão nem aí pra isso. Seu objetivo é econômico. Querem ganhar dinheiro com o crime. Então como é que chamamos grupos que corrompem a polícia e o Estado, tomam o controle de certos territórios? Que cobram uma tributação própria. Vão lá e achacam o dono da birosca, o sujeito que dirige a van. Se quer trabalhar nessa área, tem de me pagar um arrego? Como é que chamamos um crime que impõe certos serviços. Luz, compra de mim. TV a cabo? Compra de mim. Gás? Segurança? Se estes grupos começam a ficar tão poderosos que, além de entrar na Polícia e no Estado, também começam a se impor em grandes negócios, e forçar sociedade em empresas de capital aberto, e encontram outros caminhos de lavagem de dinheiro, qual é o nome que damos para esse tipo de crime? A gente pode dar um passo além. O que acontece se estes criminosos começam a ter seus próprios deputados, seus próprios políticos? Isso tem nome, gente. Tem série de TV, tem filme, aliás tem grandes séries de TV e grandes filmes sobre exatamente este tipo de crime, brutal, que depende de substituir o Estado em sua atuação. O nome é máfia. E sabe de uma coisa? Tem uma nova pesquisa, do Instituto Ideia, que mostra com clareza que a população está entendendo tudo do que está acontecendo. Vem comigo. O Ideia fez essa pesquisa em 6 de novembro e nos dá muito mais sutileza sobre o que o brasileiro pensa sobre o problema do crime que ocupa territórios de cidades, como acontece aqui no Rio mas não só. Quando a polícia é aplaudida por matar, a sociedade presta menos atenção na corrupção dentro dela. 48% concorda. 19% discorda. Quando as pessoas se sentem inseguras, aceitam que a polícia aja sem prestar contas por seus atos. 50% concordam, 21% discordam. Quando a polícia tem liberdade para agir sem prestar contas, a corrupção dentro dela aumenta. 61% concorda, 15 discorda. A violência da polícia leva o crime a se armar mais e isso faz a polícia agir com mais violência. 50% concordam, 25% discordam. Ver mortes em operações dá a sensação de que a polícia está agindo, mesmo sem resolver o problema. 51% concordam, 21% discordam. Segura essas, vamos para outro pacote de perguntas. O envolvimento de policiais, empresários e políticos corruptos dificulta o combate ao crime organizado. 81% concordam, 5,4% discordam. O combate ao crime deve priorizar a investigação e punição dos chefes, empresários, políticos e policiais corruptos. 80% concordam, 5% discordam. Facções e milícias crescem porque conseguem circular dinheiro e armas com ajuda de gente influente. 84% concordam, 4% discordam. O acesso de criminosos presos a celulares mostra que parte da polícia e do Estado participam do crime. 74% concordam, 7% discordam. A sociedade percebe que uma polícia mais violenta não resolve nada. E a sociedade tem toda a convicção de que o problema está dentro das polícias, dentro das assembleias legislativas, até em alguns palácios de governos. Com a Cosa Nostra, foi assim. Com a máfia de Al Capone, na Chicago dos anos 1930, igual. Estes sistemas criminosos se tornam intermediários entre mercados ilegais e o poder público. Fazem isso corrompendo. Ambos criam toda uma rede de economia paralela, com negócios que incluem drogas, contrabando, jogo, prostituição, venda de gás, transporte, TV a cabo. A partir daí, porque tem muito dinheiro sujo acumulado, começam a penetrar em negócios legítimos para fazer a lavagem da grana. O ponto aqui é o seguinte. Existem soluções conhecidas. Para lidar com máfias, é preciso seguir simultaneamente dois caminhos. O primeiro é ir atrás do dinheiro. Esses grupos criminosos geram muito dinheiro e precisam lavá-lo. A gente precisa entender como estão lavando suas fortunas e cair dentro dos mecanismos e das empresas que resolvem este problema deles. O segundo caminho é o de reocupação de territórios. Se tem um bairro de uma cidade em que o bandido pode chegar prum pequeno empresário e dizer metade do seu lucro, paga pra mim, a polícia tem de agir. Inclusive com força. Para impedir. Mas, para que a ação da polícia tenha sucesso, a gente não foge de fazer uma limpa dentro da polícia e dentro da política. Porque, vejam, existe uma razão para o problema não ter sido resolvido. A polícia trabalha mais para o crime do que para a sociedade. Em muitos estados, os políticos locais trabalham mais para o crime do que para a sociedade. Olha a pesquisa do Ideia. Os brasileiros já sabem disso.
Aprendizados: Mamdani em NY e megaoperação no Rio

Transporte público com gratuidade universal, creches em tempo integral, congelamento de alugueis. Tudo isso faz parte das promessas de governo de Zohran Mamdani, democrata que é hoje o mais jovem prefeito de Nova York - socialista e muçulmano.
Mamdani para Esquerda e Centro

A eleição de Zohran Mamdani traz lições para o Partido Democrata, nos Estados Unidos? Mais do que isso, traz lições para a esquerda para além dos Estados Unidos? E para o Centro liberal? A resposta é, sim, traz. Mas calma, nem todas as lições são óbvias. Algumas das características do sucesso de Mamdani, como candidato, são muito tipicamente novaiorquinas e não se aplicam ao resto dos Estados Unidos, quanto mais ao mundo. Às democracias ocidentais. Mas tem outros pontos que fizeram parte da campanha que têm eco para muito além da cidade. Antes de tudo, Mamdani jamais será presidente dos Estados Unidos. Ele nasceu em Uganda. De acordo com a Constituição, apenas americanos natos podem se candidatar à Casa Branca. Mas ele pode ser Speaker da House, que é tipo presidente da Câmara e é o cargo mais alto do Congresso. O futuro dele é esse. Se tudo der muito certo na Prefeitura, pode também seguir o caminho de Bernie Sanders, que foi prefeito de Burlington, a maior cidade de seu estado, Vermont, e de lá se tornou o senador mais à esquerda do Congresso. Bernie está com 84 anos. Precisa de um sucessor de líder da esquerda Democrata. Elizabeth Warren, outra senadora, é um nome. A deputada Alexandria Ocasio-Cortez pode ser candidata ao Senado no ano que vem. Mais carismática do que Warren. Tem uma disputa aí. Esse é meio que o tamanho da esquerda americana, tá? Esquerda como nós a reconheceríamos na América Latina e na Europa, lá são uns cinco, seis deputados federais, dois senadores, e agora o prefeito de Nova York. E esse é o primeiro ponto a compreender sobre o Mamdani no cenário americano. A cidade de Nova York é um dos cantos mais progressistas do país. A Califórnia é barbaramente progressista. Mas essas são exceções. Um político muçulmano, filho de um professor da Universidade de Columbia e uma cineasta iraniana, que se declara socialista, de tempos em tempos pode encantar um lugar como Nova York. É uma cidade do mundo, cosmopolita, e que se orgulha disso. Nova York é onde a expressão “melting pot” surgiu. O caldeirão de gentes diferentes que se derretem e se misturam para virar uma coisa particular, única. E, ironicamente, a cidade símbolo dos Estados Unidos talvez seja uma das cidades menos americanas dos Estados Unidos. Isso quer dizer que alguém com o discurso de Mamdani não tem qualquer chance de se eleger presidente americano? Calma. Eu não iria tão longe. Só que, antes, é preciso entender que Mamdani representa, ao mesmo tempo, duas esquerdas diferentes. Sim, porque há muitas esquerdas, assim como há muitas direitas. Por um lado, aos 34 anos, com esse perfil cosmopolita, filho de pais sofisticados culturalmente, ele dá liga muito fácil com um tipo muito particular de eleitores jovens, muito comuns nas grandes universidades americanas. O eleitor woke. Não é só isso. Foi justamente no campus da Universidade de Columbia que se deu o maior conflito entre o governo Trump e os estudantes que se levantaram contra Israel por conta da guerra em Gaza. Um dos intelectuais mais influentes do mundo woke, do mundo identitário, é Edward Said, professor de Columbia, que morreu em 2003. Ele popularizou dentro da academia, nos anos 1970 e 80, a ideia de Orientalismo. Ele é o pai intelectual do conceito de Decolonialismo. O antropólogo Mahmood Mamdani, seu colega em Columbia, era também um de seus mais próximos amigos e colaboradores. Amigos íntimos mesmo, de se frequentarem, de um ajudar o outro quando tinha algum apuro. Pai de Zohran. O discurso que os estudantes de Columbia mobilizados contra Israel era puro Said. Era puro Mamdani pai. Neste momento da história, em Nova York, com Donald Trump na presidência, aqueles estudantes e os não-estudantes mas que estão ali pela faixa dos vinte anos e são igualmente bem-educados, progressistas, novaiorquinos, pertencem pesadamente a este universo que constrói esse discurso. Mamdani é um político talhado para se encaixar no seu ideal de candidato. Só tem um problema: o resto dos Estados Unidos, inclusive muita gente que vota Democrata, criou verdadeiro horror a este movimento. O considera radical, alienado, e autoritário. Aqui não importa se concordamos ou não. É como é percebido. Em Nova York, na Califórnia, vai ter muito lugar em que o eleitorado vai gostar. No resto do país? Não tem chance. Só que, e esse “só que” é muito importante aqui, Mamdani pertence a outra esquerda. Uma esquerda que tem um pesado discurso econômico preocupado com desigualdade, que deseja maior presença do Estado na economia. Intervencionista e distributivo. Sua campanha foi feita com inteligência. Ele quase apagou o discurso woke, sabia que já tinha aqueles eleitores garantidos. E jogou lá pra cima o discurso econômico. Esse é um discurso que encontra muitos eleitores. Tanto a esquerda quanto o Centro Liberal precisam aprender muito sobre este lado de Mamdani e, principalmente, com seus eleitores. Não bastasse, tem uma última lição. 34 anos. Não pertence mais ao mundo da televisão. Pertence ao mundo do Instagram e do TikTok. Para ele, essa é a comunicação mais natural. Mamdani é um político que não está na direita e faz redes sociais como ninguém. A globalização dos anos 1990 e início dos 2000 foi muito boa pra uma quantidade muito grande de pessoas. 23%, quase um quarto da população mundial, passava fome quando o Muro de Berlim caiu. Em 2020 esse número estava por volta de 9%. Para os muito pobres, a globalização representou uma melhoria de qualidade de vida sem igual. Na Ásia, a classe média explodiu. Uma quantidade gigante de pessoas teve uma melhoria sem igual de qualidade de vida. O número de muito ricos também aumentou. Mas a globalização teve custo para dois tipos de pessoa. Operários do mundo desenvolvido perderam empregos que pagavam bem e eram estáveis. Despencou o número de vagas boas para homens com ensino médio, principalmente nos Estados Unidos e Europa, mas também na América Latina. E a classe média tradicional no mundo desenvolvido estagnou. Não teve ganho relevante, alguns até pioraram de vida. Então, na Europa e nos Estados Unidos, a distância entre os muito ricos e a classe média e os operários ficou gigante. No mundo das empresas, vimos uma concentração imensa de alguns grupos. Formação aberta de monopólios e oligopólios, principalmente na nova elite da indústria de tecnologia. Temos problemas de regulação. Para os mais jovens, essas coisas se juntam. A tecnologia vai aos poucos tornando mais difícil acesso a bons empregos para recém-formados. Nas grandes cidades do Ocidente, essa concentração de renda por um lado, e o achatamento da classe média tradicional do outro, cria um problema mais agudo. O valor de imóveis vai escalando, morar em centro urbano vai encarecendo muito, porque tem muito mais bilionário e milionário. A classe média profissional e estudada, quanto mais jovem for, mais dificuldade tem em morar no mundo cosmopolita. Se a esquerda abandona o woke, o identitarismo, que afasta eleitores, e mergulha em propostas econômica, ela terá muito eleitor para disputar com a direita populista. O Centro Liberal não carrega o peso woke, mas precisa revisitar o resultado da globalização. Não devia ser difícil. Liberais são pró-mercado, pró-concorrência, enfrentar monopólios deveria ser natural no discurso. E compreender que regras são necessárias para promover igualdade de oportunidades, que há dois séculos liberais defendem igualdade de oportunidades, deveria ser o suficiente para voltarmos a imaginar políticas públicas que encaram o problema. Por fim, precisamos todos fora da direita dura um banho de loja em comunicação. Só virá com mais políticos jovens. Gente para quem a comunicação digital é natural, vai no fluxo. A eleição de Zohran Mamdani é simultaneamente fruto de uma cultura progressista e woke que só tem em Nova York. Mas é também fruto de uma concentração de riqueza que está tornando muito, muito difícil para alguém bem formado e com trinta e poucos viver numa cidade global. Nas grandes cidades brasileiras, esse fenômeno também ocorre. Congelar preço de aluguel não vai resolver o problema. Mas isso não quer dizer que outras soluções não sejam possíveis. Sabe, temos trabalho para fazer. Tem certos temas nos quais só a direita autoritária e populista mergulha. É hora de repensar políticas, de imaginar, de criar. O mundo do século 21 tem problemas que não são os mesmos do século 20. As soluções terão de ser novas.
A direita ganhou o round

A direita ganhou a briga da operação policial no Rio. Aliás, mais do que isso. Ganhou com a cautela que demonstraram Tarcisio de Freitas e Ratinho Junior.
Resposta ao hate sobre a operação no RJ
Não poderia ser diferente. A operação da polícia mais letal do Rio de Janeiro, com pelo menos 121 mortos, precisava de ser tema do nosso Ponto de Partida React desta sexta-feira (31). Apesar da data, não é o Halloween que assusta, mas sim a violência.
Como começa a desinformação

Você paga por jornalismo? Isso aqui não é uma propaganda da assinatura premium do Meio, não. A maioria das pessoas não entende claramente a relação entre jornalismo e democracia. E, no entanto, um não consegue viver sem o outro. Três quartos dos brasileiros não pagam por jornalismo. É muita gente. Nossa democracia não está bem, está radicalizada, volátil. Perdemos a capacidade de conversarmos quando discordamos. Isso tem muito a ver com a maneira como nos informamos.
Lula, Trump e Milei entram num bar

Ninguém aqui acha que Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva se amam, não é? Então vamos começar sendo pragmáticos. A chave está em quatro números. O que aconteceu com as exportações brasileiras para os Estados Unidos em agosto de 2025, primeiro mês do aumento de tarifas? Caíram, e não caíram pouco. 18,5% quando comparado com o mesmo mês, em 2024. O que aconteceram com nossas exportações para lá em setembro? De novo, caíram. Mais. 20,3% comparando com o ano anterior. Então o Brasil se ferrou, não é?
Feminismo e a coragem de conversar

No Ponto de Partida React desta sexta-feira (24), Yasmim Restum e Pedro Doria dialogam sobre a corajosa e fundamental conversa entre a influenciadora conservadora Cintia Chagas e a socialista Manuela D’Ávila, além da troca entre Cíntia e a colunista do Meio, Mariliz Pereira Jorge. Uma troca que mostra a urgência de um debate empático sobre o feminismo em um momento em que as redes sociais são máquinas de produzir dissenso. Embarque com Yasmim Restum e Pedro Doria nessa jornada com uma seleção dos comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio. Para participar, comente nos vídeos do Ponto de Partida de segunda ou quarta. Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferido.
Vai ter petróleo na Amazônia?

Foram três anos de briga dentro do governo. Hoje, a Petrobras ganhou a queda de braço e o Ibama autorizou o início da exploração de petróleo na bacia do rio Amazonas. Isso não quer dizer que veremos poços em alto-mar, na altura do Amapá. Não ainda. A permissão é de exploração, não é de produção.
