A esquerda perdeu feio

Quem olha o resultado da eleição municipal de ontem não sai com a impressão de que exista um Brasil polarizado. Não há. O que existe é um Brasil disputado pelo Centrão de um lado, pela direita radical do outro, salpicado com um temperinho de esquerda aqui e ali. Mas vamos começar por São Paulo. São Paulo nos ajuda a entender o Brasil.
Quem o Pedro prefere?

Uma conversa sobre a diferença entre análise e preferências pessoais. Além disso, o streaming do Meio e as perguntas inevitáveis: voto útil é digno? Pesquisas atrapalham as eleições?
A eleição vai ser com emoção

Olha, eu não sei o que vai acontecer no domingo. E a verdade é que as pesquisas têm sido uma bússola incerta. Em São Paulo, por exemplo, tem gente que diz que Tabata Amaral pode surpreender no último minuto do jogo. Delírio? Calma. Isso é muito difícil de acontecer. Mas não é impossível. Ela está crescendo com aceleração, em algumas pesquisas aparece com dois dígitos. No Rio de Janeiro, em 2018, o candidato Wilson Witzel deu uma arrancada deste tipo na última semana de campanha e se elegeu governador. Improvável, não impossível. Belo Horizonte, por exemplo, deve ser a capital mais difícil de definir o que pode acontecer. É onde as pesquisas estão mais diferentes umas das outras.
Trump nazista?

Falta uma semana para a eleição municipal, vai ser no domingo que vem. O primeiro turno dela. Falta um mês para a eleição americana, que será em cinco de novembro. E, por conta de a eleição aqui ser tão agitada, a gente não tem falado o suficiente da eleição por lá. Mas é importante. O Donald Trump desta eleição é diferente do Trump da eleição de 2016 e de 2020. Ele está mais claro a respeito de sua natureza.
Tira esse cara do debate!

Ponto de Partida de sexta é um react de Pedro Doria aos comentários publicados nos vídeos da semana.
Devemos expulsar Pablo dos debates?

Existe uma conversa na praça sobre se Pablo Marçal deveria ser excluído dos debates eleitorais. Quem pôs esse argumento com mais verve foi o jornalista Leão Serva, em um artigo na Folha de S. Paulo. Leão é diretor de jornalismo da TV Cultura e foi moderador do debate em que rolou a cadeirada. Ele também foi entrevistado pela editora-chefe do Meio, Flávia Tavares, no Conversas de ontem. Vale muito a pena assistir a essa entrevista. É uma aula sobre debates, sobre política, e sobre o que mudou nos últimos tempos. E o Leão está certo. Mudou muito.
A eleição mais emocionante não é mais SP

Tallis Gomes em queda, Pablo Marçal em queda e uma novidade: a capital com a eleição mais indefinida do Brasil não é mais São Paulo. É Belo Horizonte. Quer ver como todas essas pessoas se juntam?
Violência Política!

Alguém sistematicamente provocado pode responder com violência? Quando é que é legítimo substituir política por violência? Aliás, qual a relação entre os novos movimentos populistas autoritários e a violência na política?
E Marçal caiu?

Talvez, apenas talvez, Pablo Marçal errou na dose da própria fórmula e empacou. Hoje, dos três embolados na disputa pelo segundo turno paulistano, é o com menos chances de chegar lá.
A cadeirada e o atentado

Donald Trump sofreu o segundo atentado à vida dele, no domingo. No mesmo domingo, no debate dos candidatos a prefeito de São Paulo, a maior cidade do país, um dos concorrentes achou razoável a ideia de pegar uma cadeira e sentar nas costas do outro. De alguma forma, o jogo da política está se transformando. A violência ficou normal.