O Meio utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência. Ao navegar você concorda com tais termos. Saiba mais.

As notícias mais importantes do dia, de graça

Ponto de Partida

Pedro Doria em análises profundas e didáticas sobre a política do Brasil e do mundo.

Assine para ter acesso básico ao site e receber a News do Meio.

Toni Garrido, Zero Três, Lula e Trump

Toni Garrido decidiu mudar a letra de Girassol. É. No trecho que dizia “Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino, de um menino”, agora canta “Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de uma menina, de uma mulher.” O que isso quer dizer? Não tenho ideia. Mas o Toni avisa que a versão anterior era machista. Enquanto isso, noutro canto da internet, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo estão se debatendo com a conversa do presidente Lula com o presidente Donald Trump. O filho Zero Três queimou a largada. Dizia que Lula estava com a agenda cheia para falar com Trump. “Eu só fico imaginando qual compromisso um sujeito pode ter mais importante do que poder conversar com o presidente da maior potência econômica mundial.” Bem, falou isso e, duas horas depois, Lula estava conversando com Trump. O neto de João Figueiredo se saiu um pouco melhor. “Estou em breves férias familiares, mas acordei embasbacado vendo a imprensa comemorando porque Trump colocou Marco Rubio para negociar com o Brasil. Zero de avanço!”

Lula se deu bem

Depois do desastre que foi a PEC da Blindagem, e dado o impasse do projeto de lei da anistia, o Congresso agora começa a se debruçar no projeto que vai isentar de imposto de renda os brasileiros que recebem até 5000 reais por mês, além de diminuir a alíquota de quem ganha entre 5 e sete mil e pouco. Quando isso passar, e vai passar, é um golaço para o Palácio do Planalto. Aliás, é mais do que isso. Se Lula ganhar a eleição no ano que vem, e essa vai ser uma eleição bastante disputada, dá para arriscar e dizer que se uma única política dele contou pra vitória, é essa. Quer entender por quê?

Os soluços de Bolsonaro

Hoje Tarcísio de Freitas se encontrou com Jair Bolsonaro. Pois é. Tarcísio passou duas semanas, no início de setembro, em intensa campanha eleitoral. Fez de tudo prum bolsonarista puro-sangue. Não sobrou nada da cartilha, nem mesmo xingar Alexandre de Moraes de tirano. Bonitinho pra agradar ao chefe. Aí passou as duas semanas seguintes quieto, indo de cidade em cidade no interior de São Paulo, fazendo campanha pra ser reeleito governador do estado. E, enquanto ele fazia isso, Ratinho Júnior começou a botar as manguinhas de fora. Já viram nas redes o vídeo dele vestido de cavaleiro Jedi que vai salvar o Brasil com o modelo Paraná?

Povo na rua complica anistia

Na melhor das hipóteses, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, a relação Trump-Lula tem que permanecer inalterada, porque se Trump melhorar um pouquinho que seja a relação com o Brasil, Bolsonaro tem o risco de perder um de seus - senão o único - aliado real. No Ponto de Partida React, desta sexta-feira (26), Yasmim Restum e Pedro Doria conversam sobre o preço do PL da Anistia e da PEC da Blindagem e da repercussão da louvável celebração da nossa democracia nas manifestações do último domingo, dia 21, com Caetano, Gil, Chico e Marina Sena, Os Garotin e tantos outros artistas chamando o povo pras ruas. Yasmim Restum e Pedro Doria te guiam nessa jornada com uma seleção dos comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio. Para participar, comente nos vídeos do Ponto de Partida de segunda ou quarta. Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferido.

Trump ferrou muito Bolsonaro

Olha, Bolsonaro se ferrou muito com Donald Trump. Muito. Eu sei, eu sei, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo estão desesperados, nas redes sociais deles, dizendo que é tática de negociação, que Trump quer humilhar Lula e tudo o mais. E, olha, eles podem estar certos. O problema é o seguinte: eles não sabem. E, nesta toada, eu tenho aqui uma pesquisa nova, uma pesquisa inédita do Instituto Ideia feita a pedido da gente, aqui no Meio. Uma pesquisa que tenta responder à seguinte pergunta: o que diferencia a direita bolsonarista da direita não-bolsonarista, no Brasil. Porque entender isso é chave para qualquer político de direita se posicionar, pragmaticamente, hoje.

O preço da anistia

O Brasil deve um bocado a Caetano, Gil, Chico, Djavan, Marina e os muitos outros grandes artistas que se dispuseram a estar, domingo, embaixo do Sol, celebrando nossa democracia. Porque esse pessoal ajudou a acordar o país, tá?

PEC da Blindagem une o Brasil?

Enquanto todo mundo fala de Charlie Kirk e anistia na internet brasileira, no Ponto de Partida desta sexta-feira (19), Yasmim Restum e Pedro Doria conversam sobre a presepada da PEC da Blindagem da Câmara dos Deputados - que é o bote armado para eles ficarem no poder e não enfrentarem a justiça. Seja você de direita, esquerda ou de onde for, esse Projeto de Emenda à Constituição recém-aprovado na Câmara e que agora segue para o Senado, mexe com os seus direitos e tá colocando o PL da anistia como moeda de troca e faz parte de um jogo político mais complexo do que imaginamos. Yasmim Restum e Pedro Doria te guiam nessa jornada com uma seleção dos comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio. Participe! Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferido.

Os deputados querem te enganar

Eles, os deputados federais, estão enganando vocês. Todos vocês. É um jogo de prestidigitação. Puro ilusionismo, o truque dos mágicos. Enquanto você presta atenção no que essa mão está fazendo, a outra põe o coelho na cartola, separa a carta do baralho, esconde a moeda que vai desaparecer como por encanto. Não tem nada de mágica. É truque de ilusão. A nossa divisão, o nosso tribalismo, o amarelos contra vermelhos, é a ferramenta que eles usam para desmontar a democracia de um outro jeito.

A sacada do voto de Alexandre

O ministro Alexandre de Moraes escolheu não se concentrar tanto no 8 de Janeiro ou na emboscada que kids pretos fizeram contra ele. Mas foi didático e pormenorizou diversos episódios que, juntos, mostram como a trama golpista se deu. E, numa estratégia inteligente, relacionou a live que a denúncia apresenta como momento inaugural do golpe com o discurso dos detidos no 8 de janeiro para mostrar como a trama teve começo, meio e fim — e como seu líder era Jair Bolsonaro.

Anistia e a crise na direita

Tem um jogo muito importante acontecendo em Brasília que é opaco, pouco claro. É o jogo da direita. É o jogo de Tarcísio de Freitas e dos outros governadores que querem o Planalto, é o jogo do Centrão e da bancada bolsonarista. É o jogo da família Bolsonaro. Do desembarque do União Progressista do governo. Da anistia, da PEC da Blindagem, da revolta na Câmara, da tentativa de avançar contra o Banco Central, da fragilidade do presidente da Câmara Hugo Motta. Do julgamento de Bolsonaro à movimentação de Tarcisio pela anistia à eleição de 2026, tudo tem a ver com esse jogo. É um jogo no qual os próprios envolvidos estão fazendo apostas sem muita certeza do que é melhor para eles no médio e longo prazo. Mas não tem jeito, porque chegamos num ponto em que apostas precisam ser feitas.