O Meio teve acesso a números e cortes da pesquisa de boca de urna do Ibope em São Paulo e no Rio de Janeiro. Eles revelam dados mais profundos do que os geográficos, pintando um perfil mais preciso dos eleitores e de suas preferências.
O que mais chama atenção, no caso paulistano, é como são parecidos os eleitores de João Doria e Fernando Haddad em quase todos os cortes. Pouco mais da metade dos que escolheram um e outro foram mulheres. Dentre os votos do petista, 11% estão nas camadas mais pobres da população. O mesmo percentual para o tucano. Já 30% dos votos do atual prefeito são dos mais ricos. Para o futuro prefeito é só um pouco mais, 35%. 48% dos eleitores de Haddad têm ensino superior, assim como 44% dos eleitores de Doria. Dentre aqueles que foram até a 4ª série, em ambos os casos, 6%. No Centro, nas Zonas Norte, Oeste e Sul a distribuição percentual dos votos é muito parecida. Haddad teve uma concentração maior de eleitores em uma ponta da Zona Leste e, Doria, na outra.
A característica demográfica que os distingue é a etária. Dentre os eleitores de Haddad, apenas 17% têm mais de 55. São 26% dos eleitores de Doria. Na faixa anterior, entre 45 e 54 anos, é 15% contra 20%. É aí que está a diferença. Foi o fluxo dos eleitores mais velhos, de todos os extratos sociais e em todas as regiões que puseram o PSDB no comando paulistano.
Publicamos a tabela completa com o perfil dos eleitores de João Doria e Fernando Haddad no Facebook do Meio.
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