A segunda turma do Supremo Tribunal Federal negou o pedido dos advogados do ex-presidente Lula de que seu julgamento saísse de Curitiba. Os defensores argumentam que, como há um processo correndo no STF sobre o esquema de corrupção na Petrobras, ele deveria ser unificado. Para o ministro Teori Zavascki, responsável pela decisão, é inviável que todo o julgamento ocorra em Brasília. O Supremo só julgará aqueles réus obrigatórios por terem foro privilegiado.
Zavascki, que é um dos mais cautelosos ministros da Corte, censurou os procuradores. No Power Point apresentado por eles em Curitiba estava um slide com vários círculos apontando para Lula. Como se o estivessem acusando de comandar uma organização criminosa. A denúncia, porém, foi outra. Trata do recebimento de vantagens indevidas recebidas pelo ex-presidente em um tríplex no Guarujá e num sítio de Atibaia. “Essa espetacularização do episódio não é compatível com a seriedade que se exige”, afirmou. Ressaltou, também, que sua crítica é ao MP, não ao juiz Sergio Moro.
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