Eduardo Cunha foi preso pela Polícia Federal na garagem do prédio onde ficava seu apartamento funcional, após acordo entre seu advogado e a polícia. Vestia terno, por ter pedido para ser conduzido assim. A mala para a cadeia estava pronta e ele havia recebido fazia pouco uma ligação da mulher, a jornalista Claudia Cruz, o avisando de que os oficiais estavam a caminho. Um pouco antes, a polícia o havia procurado em sua casa, na Barra da Tijuca, Rio. (El País, Globo)
No pedido de prisão acatado por Sérgio Moro, um documento de 44 páginas (PDF), a Força Tarefa de Curitiba alega que mesmo cassado o ex-presidente da Câmara indicou nomes para o governo Temer e seguia capaz de influenciar parlamentares. O suficiente, portanto, para obstruir a investigação. A prisão provisória é o mesmo regime que mantem o empresário Marcelo Odebrecht atrás das grades há mais de um ano. (Estadão)
Do Planalto aos plenários de Câmara e Senado, o estado geral é de tensão. A fase do PMDB na Lava Jato começou.
Maiá Menezes: Cunha pressionava jornalistas com sua estratégia de abrir processos a toda hora. Não adiantou. Foi da imprensa que saíram informações fundamentais para a Lava Jato. (Globo)
Vera Magalhães: A prisão de Cunha deve acelerar as tratativas pluripartidárias já em curso para tentar conter a Lava Jato. (Estadão)
Ricardo Noblat: O efeito de curto prazo é que aumenta o pânico na República. No médio prazo, esvazia o discurso do PT de que a Lava Jato foi concebida para destruí-lo. (Globo)
Josias de Souza: Cunha tem dito que receia ser tratado por Moro de forma draconiana. (UOL)
Natuza Nery: A contar pelo humor de parte do Ministério Público, Cunha terá de ‘cuspir sangue’ se quiser se tornar delator. (Folha)
Jânio de Freitas: Há 26 anos no mercado das transações marginais, Cunha pode expor uma quantidade e variedade de pessoas que não têm similar na Lava Jato. (Folha)
Gerson Camarotti: Aliados mais próximos avaliam que, se houver aval da Procuradoria Geral da República, Cunha faria delação para livrar mulher e filha de prisões. (G1)
José Roberto de Toledo: Qualquer previsão sobre a delação de Cunha é um chute. Marcelo Odebrecht entrou na cela pensando de um jeito e está tentando sair porque agora pensa diferente. (Estadão)
Matheus Leitão: Para investigadores da Lava Jato, Cunha é o político contra quem há mais provas de envolvimento na corrupção da Petrobras. (G1)
Roberto Dias: A prisão por Sergio Moro é um tapa na cara da imagem do STF. (Folha)
Ricardo Lodi: Estamos diante de mais um caso de abuso das prisões cautelares. (Justificando)
A moda é outra: sai o japonês, entra o lenhador da Federal. Que tem Instagram. E é anti-petista.
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