Trump tem chances?

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1o de novembro de 2016

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Trump tem chances?

Em uma semana, na terça dia 8, os americanos irão às urnas eleger seu 44º presidente. Nas contas de Nate Silver, o estatístico que acertou o resultado das últimas duas eleições, a democrata Hillary Clinton tem 75,4% de chances de vencer. Em finais de setembro, o resultado parecia bem mais imprevisível, com Hillary e o republicano Donald Trump bastante próximos. Em meados de outubro, porém, estiveram consideravelmente mais distantes. Hillary é favorita, mas a eleição de Trump não é impossível.
 
Após duas semanas seguidas de más notícias para o republicano, o bombardeio mudou de lado. Na sexta, o diretor do FBI anunciou ter motivo para reabrir uma investigação sobre o possível descaso com informações secretas por parte da senadora. Não deu quase detalhe. A praxe é não fazer qualquer comentário sobre investigações em curso, principalmente se podem interferir numa eleição. Mas James Comney, por um motivo não declarado, achou por bem romper com a tradição.
 
As eleições americanas não funcionam pelo voto direto. É um colégio eleitoral que define o presidente. Cada um dos 50 estados tem número determinado de assentos, que varia de acordo com sua população. Na maioria dos casos, o vencedor leva todos os delegados. São estas várias eleições estaduais que ocorrerão na terça. A maioria já sai decidida. Não há hipótese de a Califórnia alocar seus 55 delegados em qualquer conta que não a democrata, assim como estados do sul tipo Tennessee (11) e Alabama (9) seguirão republicanos. Nesta eleição, portanto, é importante prestar atenção em um número pequeno de estados, internamente muito divididos, que serão definidores. O Meio vai detalhá-los ao longo da semana.
 

PSDB tem vitória ampla em Porto Alegre

Na capital gaúcha, o tucano Nelson Marchezan Junior teve sólida vitória contra Sebastião Melo, do PMDB. Foram 402 mil votos contra quase 263 mil. Com os dados aferidos pela boca de urna do Ibope (tabela), o Meio projetou os cortes demográficos que compuseram a votação de cada candidato. Marchezan venceu tanto entre homens quanto mulheres, assim como ganhou em todas as faixas etárias. A eleição só foi competitiva entre os eleitores de menor escolaridade, até a 4ª série do ensino fundamental. Neste grupo, empataram. A partir daí, uma sequência de vitórias do PSDB. Fenômeno parecido se deu nos cortes por renda. A vantagem de Marchezan foi de apenas 1% entre os eleitores com renda familiar de até um salário mínimo. Uma vantagem que se alargou conforme aumenta a riqueza. Melo empatou entre os mais pobres e menos educados, perdeu em todos os outros grupos.

Elite garantiu vitória de Greca em Curitiba

Em Curitiba, segundo análise com base nos dados da boca de urna do Ibope (tabela), foi a elite de mais educados e mais ricos que levaram à vitória de Rafael Greca (PMN, 462 mil votos), contra Ney Leprevost (PSD, 405 mil). Foi um resultado apertado entre os dois. Leprevost venceu entre os eleitores com menos de 24 anos. Praticamente empatou entre aqueles com até o ensino médio, assim como os com renda familiar até cinco salários. Os únicos cortes nos quais Greca conseguiu se distanciar do adversário, e que lhe garantiram a vitória, foi entre aqueles com ensino superior e renda acima dos cinco salários.

Curtas

R$ 26,6 bilhões. Este é o valor gasto por União, estados, municípios e estatais acima do arrecado em setembro. Trata-se do pior resultado desde que o Banco Central começou a fazer a conta, em 2001. Entre janeiro e setembro, o déficit acumulado chega a R$ 85,5 bilhões. No mesmo período de 2015, o negativo ficou em R$ 8,4 bilhões. Uma notícia boa: a carga de juros sobre o Estado diminuiu. (Globo)

O Congresso não votará projetos esta semana. Os parlamentares decidiram enforcar por conta de Finados, que cai quarta-feira.

Projeto evangélico para 2018: eleger 150 parlamentares no Congresso e, quem sabe, testar a candidatura de Crivella para a presidência. (Folha)

Ciro Gomes atrai para partidos de sua base governadores petistas abalados pela derrota eleitoral. Mais um no projeto 2018. (Estadão)

Acaso as eleições para prefeito fossem o critério para estabelecer que partidos têm representatividade e podem concorrer ao Congresso, numa reforma política, 26 das 35 siglas brasileiras seriam excluídas. (Globo)

Marcelo Freixo: “o pior momento para a esquerda desde a ditadura.” (Globo)

O presidente do Senado, Renan Calheiros, ficou mal-humorado com a derrota de seu candidato, em Maceió.

Uma visita a Dilma Rousseff, feita pela jornalista Natuza Nery. “Estou bem”, ouviu da ex-presidente, “não aguento a infelicidade.” Dilma vive em um apartamento de 70 m2 em Porto Alegre, cercada de caixas e livros. Cogita escrever um romance policial. (Folha)

Vriou piada: o quadro que Romerto Britto deu ao prefeito paulistano, João Doria, é igual a outro, dado a Lula.

Viver

A falta d’água já se instalou no Nordeste. Os reservatórios estão a 11% de suas capacidades, de acordo com Lauro Jardim. O que vem segurando as pontas é a energia eólica, limpa, que representa 40% do consumo da região. E, na ponta suja, as termelétricas, que garantem outros 28%. (Globo)

Before The Flood é um documentário produzido por Martin Scorcese e apresentado pelo ator Leonard DiCaprio sobre as mudanças climáticas. Estreou neste fim de semana nos cinemas americanos e está sendo distribuído pela National Geographic. Há um trailer com legendas em português e é possível assistir à integra, online, em duas versões. No site da NatGeo, com legendas em inglês. E, no YouTube, com legendas em português lusitano.

O governo mexicano vai devolver até 25% do valor de bicicletas compradas como dedução de imposto. Incentivo semelhante vale para a compra de carros elétricos ou híbridos.

E Halloween? O ano novo celta ocorria entre o final de outubro e o início de novembro. Os fantasmas dominavam a noite da véspera, o que facilitava aos druidas fazer seus encantamentos. A turma da Superinteressante conta essa história e garante que ela faz parte também de nossa cultura. Já os editores do britânico The Guardian selecionaram algumas fotografias de fantasias antigas. Parecem saídas de um livro de Stephen King.

O curta Rafaela Silva, sobre a judoca vencedora da medalha de ouro, fica online, liberado, por uma semana.

Cultura

A casa de um escritor: um fotógrafo do New York Times passeia pelo apartamento do jamaicano Marlon James. Vencedor do Man Booker, o prêmio literário de maior prestígio do Reino Unido, ele é autor do romance policial A Brief History of Seven Killings (Uma breve história de sete assassinatos), que narra a tentativa de matar o músico Bob Marley. O calhamaço de 700 páginas, que não publicado por aqui, vai virar série da HBO. Em geral, matérias de decoração põem foco em celebridades doutro tipo. Não esta. É o apartamento improvisado de um escritor.

Estreiam hoje, no Netflix, a sétima temporada de The Good Wife e a segunda de Agent Carter, da Marvel.

Cotidiano Digital

O Mega Drive será relançado pela Tec Toy, em 2017. É o mesmo console de videogames dos anos 1980 e virá com um pacote de 22 jogos pré-instalados na memória. Para os nostálgicos, já está em pré-venda. Custa R$ 400.

Qualquer imagem pacata transformada em cena de terror, por falar em Halloween. É isto que faz o software no qual um grupo de engenheiros do MIT está trabalhando. Se chama Nightmare Machine, ou máquina de pesadelos. Já puseram no ar um Instagram com suas criações.

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