Nenhuma imprensa cobre resultados eleitorais como a americana. Para quem gosta de política, é adrenalina pura. E hoje é o dia. A agitação começa a partir das 21h, quando fecham as primeiras urnas. Por tradição, a CNN passará na tevê a cabo. Mas, pela primeira vez, este ano será possível acompanhar do Brasil, via internet, outras grandes redes, além de sites e jornais: NBC, ABC, a pública PBS, Vox, BuzzFeed, Young Turks, New York Times e Washington Post.
Ao longo da noite, estatísticos a serviço da imprensa pegam os primeiros resultados contabilizados, comparam com as pesquisas de boca de urna, fazem contas e competem por quem call a state primeiro. Quem antecipa o vencedor.
Hillary Clinton é favorita, mas nada é certo. Ela e Trump disputam quem chegará a 270 votos no colégio eleitoral primeiro. Metade mais um. A candidata democrata conta, de saída, com 200. São estados que sempre votam democrata e as pesquisas não apontam outro resultado. Trump sai com 157. A briga é pelos 181 votos que restam.
Trump precisa vencer Flórida (29 votos), Ohio (18) e Carolina do Norte (15). Se perder em um destes, vitória não é impossível, mas é improvável. Na Carolina do Norte e Ohio, as urnas fecham às 22h30 de Brasília. Na Flórida, às 23h. Quanto mais apertados estiverem os resultados, mais demora a sair a previsão de quem leva.
Há dois cenários de terror. Um é o empate: 269 a 269. O outro é a repetição de 2000. A conta em um dos estados importantes termina com diferença no centésimo de percentual e os dois vão para a Justiça debater o critério da recontagem.
Os dois candidatos assistirão à contagem de votos em Nova York.
Não é só a eleição presidencial que importa. Os democratas esperam recapturar a maioria do Senado. Precisam de quatro cadeiras mais. Fundamental para um possível governo Clinton ou para ter espaço de oposição, num governo Trump.
O maior mistério de todos: se perder, Trump aceitará o resultado?
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