… e deu Trump

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9 de novembro de 2016

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… e deu Trump

Todas as pesquisas erraram. Todas as projeções, idem. Todos os analistas.

Já passava das 5h essa manhã, horário de Brasília, quando Hillary Clinton ligou para Donald Trump no ritual de reconhecer o resultado. Em seu discurso de vitória, o futuro presidente adotou um tom conciliador.
 
A derrota do Partido Democrata é completa. É um brutal fracasso de Hillary. Mesmo contra um candidato rejeitado por parte de seu próprio partido, ela não conseguiu levar. Mesmo com o apoio de um presidente popular. Hillary não chegou. Não bastasse, as duas Casas do Congresso ficaram nas mãos republicanas.
 
Ainda assim, a vitória é de Donald Trump. Não do Partido Republicano.
 
Os ex-presidentes Bush, pai e filho, não foram às urnas. O último candidato do partido, Mitt Romney, fez campanha contra Trump. O presidente da Câmara, Paul Ryan, deixou claro mais de uma vez que tem profundas diferenças políticas com o presidente eleito. O Partido Republicano que passou os últimos anos idolatrando o governo de Ronald Reagan, que representava livre comércio por um lado, e um certo conservadorismo no comportamento por outro, não é representado por Donald Trump.
 
Uma das promessas do novo presidente é que se encontrará com Vladimir Putin, o presidente russo, antes mesmo de tomar posse. Promete agir contra inúmeros acordos comerciais. Restringir o acesso de imigrantes, principalmente latinos e muçulmanos. Em relação a mulheres, age de forma cafajeste.

Trump promete deportar milhões de pessoas. E construir um muro na extensa fronteira do México. E questionar a OTAN.

Dois pontos certamente pesaram muito nesta eleição. O primeiro é a rejeição pessoal a Hillary. “Não confiável” é uma das reações mais comuns a seu nome. Quando o FBI comunicou que reabriria investigações contra ela a uma semana do pleito, rompendo com a praxe, só reativou um sentimento presente e constante. O segundo é uma aversão à globalização que se dá por dois focos. Um pela abertura das fronteiras comerciais. Outra pelo multiculturalismo que vem das fronteiras abertas para pessoas.
 
Duas teorias predominam para explicar a surpreendente vitória de Donald Trump. Alguns de seus eleitores não tiveram coragem de assumir perante as pesquisas que votariam no empresário. A outra é que os responsáveis pelas pesquisas calcularam errado o perfil dos eleitores que iriam às urnas. Sem saber que cortes demográficos contar com que peso, avaliaram errado. Em alguns dias de análise, será possível entender onde houve erro.

Durante a madrugada, o índice Dow Jones caiu mais de 800 pontos no mercado de futuros. No Onze de Setembro, caiu 684 pontos.

A lápide de Susan B. Anthony, a primeira sufragista americana, foi coberta de adesivos ‘Eu Votei’, ontem.

A maconha foi totalmente legalizada na Califórnia, Massachusetts e Nevada. Foi permitida para uso medicinal no Arkansas, Flórida e Dakota do Norte.

Violência política no Rio

Um grupo grande de servidores estaduais, em sua maioria policiais civis, militares e bombeiros, invadiu à força a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Protestavam contra o pacote de cortes enviado pelo governador Luiz Fernando Pezão para contornar a crise fiscal do estado. Os policiais ocuparam o plenário entre 14h e 17h30, assumiram os microfones para discursos e depredaram salas, entre elas as do presidente e vice-presidente da Casa.
 
A maior reclamação é por conta da contribuição previdenciária extra de 16%, que termina por ser uma redução do salário líquido. Um mandado de segurança, no início da tarde, suspendeu a discussão parlamentar a respeito deste ponto. Desembargadores, juízes e promotores públicos se posicionaram contra o pacote. (Extra)

Curtas

Estão disputando o controle da Oi o bilionário egípcio Naguib Sawiris e o empresário Nelson Tanure. O primeiro tem credores internacionais da empresa ao seu lado. E, o segundo, fundos de investimento. As ações da empresa estão em queda. (Globo)

Um vídeo do cartunista Maurício Ricardo está viralizando no Facebook. Um contundente comentário dirigido aos movimentos das escolas ocupadas.

Viver

Quando o século 21 virou, a narrativa da antropologia era de que só havíamos convivido, nos 200 mil anos do Homo sapiens, com outra espécie humana. Os neandertais. Aí, em 2003, foi descoberta a ossada de um ‘hobbit’. Um sujeito anão, o Homo floresiensis, em uma ilha da Indonésia. Em 2010, num improvável e minúsculo túnel de uma caverna siberiana, saiu outro. O hominídeo de Desinova. Trechos do código do DNA dos três aparecem em vários de nós, humanos modernos. Ou seja, tivemos encontros. Mas, agora que aprenderam como a misturas genéticas funcionam, os cientistas calculam que há pelo menos mais uma espécie humana que, ora, conviveu conosco. Por descobrir. Durante um bom tempo, fomos muitos os humanos de espécies diferentes convivendo por aqui.

A Umbanda foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro. (Globo)

A fotógrafa italiana Eleonora Costi se especializou em registrar o interior de prédios abandonados em seu país. Uma galeria.

Cultura

A peça Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, que conta as aventuras do bruxo já adulto, foi resenhada em português.

Raoul Coutard, diretor de fotografia responsável pelo visual da Nouvelle Vague, morreu. Tinha 92 anos. Veja o trailer de O Acossado, um de seus marcos. (Estadão)

Big Bang Theory, a série cômica mais popular da tevê americana, pode ganhar uma irmã. Retratará o personagem principal, Sheldon Cooper, quando adolescente.

Cotidiano Digital

Quando fundou a Microsoft, Bill Gates imediatamente convidou seu colega de faculdade Steve Ballmer. Ballmer o sucedeu no comando da empresa. Amicíssimos. Não mais. Gates parou de conversar com ele pelo desastre nos smartphones.

Snowden, do diretor Oliver Stone, estreia amanhã nos cinemas brasileiros. Veja o trailer. (Globo)

Há vagas nos escritórios brasileiros de Google, Facebook e Netflix. (Estadão)

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