A vida em 2021

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O Meio se divide em quatro editorias que, nos parece, melhor organizam o tipo de informação relevante em nosso tempo. Política, Viver, Cultura e Cotidiano Digital. Nunca foi nosso plano que Política ditasse sempre a nota principal. Em meio a eleições e crise, no entanto, ela predominou. Hoje, em nossa trigésima edição, fizemos diferente. Há motivo para otimismo no futuro próximo.
 

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11 de novembro de 2016

A vida em 2021

Ao completar cinco anos, o site de tecnologia The Verge tocou uma série de nove entrevistas para explorar uma única questão: como será o mundo daqui a cinco anos. 2021, por coincidência, é o primeiro ano do mandato do sucessor de Donald Trump. (Que pode ser ele mesmo.) As primeiras três estão no ar: Anthony Foxx, ministro de Transportes do governo Obama; Stacy Brown-Philpot, CEO da startup TaskRabbit; e Astro Teller, do Google X.
 
Ao menos nos EUA, carros autônomos serão comuns nas ruas. Não predominantes, mas comuns. (No Vale do Silício, já são vistos com frequência.) Neste momento, muitos escolherão não ter automóveis para chama-los, como num Uber sem motoristas. E os primeiros jovens que optam por não dirigir vão aparecer.
 
Drones de transporte também aparecerão mais. Nos EUA, Obama deixa o governo com eles devidamente regulamentados. No primeiro momento, serão utilizados para entregas de objetos leves, como livros ou pizzas. Mas, num momento seguinte, poderão servir para um mercado de empréstimos ou aluguel. Para que ter uma furadeira, por exemplo, se ela é utilizada apenas uma vez por ano? O drone entrega em quinze minutos e pega amanhã.
 
A lógica Uber permeará mais a economia. A contratação de baby-sitter ou faxineiros será feita pelo celular a qualquer momento. Há um risco e uma vantagem. O risco é causar uma onda de sweatshops, achatando a renda destes profissionais. A vantagem é que um sistema de avaliação pode melhorar a qualidade média dos serviços. E, acompanhados dos assistentes digitais, que resolverão problemas de banco, marcarão compromissos, e resolverão outras burocracias cotidianas, vão nos liberar a todos um bocado de tempo. Resta saber se o usaremos para trabalhar mais, ou menos.

O Brasil venceu a Argentina por 3 x 0 em jogo das eliminatórias da Copa do Mundo e segue líder. Tanto Neymar quanto Messi estavam em campo.

Tem Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 neste fim de semana. O treino classificatório ocorre no sábado, às 14h. A corrida, domingo, será no mesmo horário. É a penúltima prova do ano e o alemão Nico Rosberg lidera o campeonato. Se vencer, leva. Se tirar pelo menos dois segundos lugares, idem. Para ter o título, o inglês Lewis Hamilton precisa vencer ambas e torcer para que Nico não tire os dois segundos.

Política

Renan Calheiros (PMDB-AL) pretende convidar Sérgio Moro para discutir o projeto que pode punir juízes e promotores por abuso de autoridade. (Globo)

Um preso custa, no Brasil, R$ 2.400 por mês. Um estudante do ensino médio, R$ 2.200 por ano. A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, fez a conta. (Folha)

O governo de Luiz Fernando Pezão ameaça pedir que Brasília intervenha no estado do Rio. Pela segunda vez esta semana, o governo federal bloqueou dinheiro em contas do estado. O Congresso não pode votar Propostas de Emenda Constituncional, como a do teto ou da reforma política, se um estado estiver sob intervenção. (Globo)

O governo de Geraldo Alckmin cancelou o contrato de uma cooperativa que fornecia merendas escolares para forçar o pagamento de propina, segundo delator. (Folha)

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) se tornou ré pela segunda vez, no STF, por corrupção passiva relacionada à Lava Jato. (Globo)

A Petrobras fechou o terceiro trimestre com prejuízo de R$ 16,4 bilhões. A expectativa era de resultado melhor. (Estadão)

Para ler com calma: perguntas e respostas sobre quem é Ciro Gomes. (Medium)

Para ler com calma 2: Caetano Veloso narra sua longa história como eleitor.

Como democracia funciona. Donald Trump liderou o movimento contra o presidente Barack Obama, dizendo que ele não havia nascido no país e, portanto, não era legítimo. Obama, por sua vez, não perdeu a oportunidade de ironizar publicamente Trump e, mais tarde, acusá-lo de não ter a postura mínima necessária para ocupar o cargo. Fechadas as urnas, o presidente recebeu o presidente-eleito, foram amáveis um com o outro e suas equipes já planejam em conjunto a transferência de poder. Há uma mensagem implícita: após campanhas duras, o importante líderes políticos trabalham para acalmar os ânimos.

Em editorial, o New York Times pede que o novo presidente se posicione com firmeza contra o ódio de todos os tipos.

“Sou mulher, muçulmana e imigrante.” Ex-repórter do Wall Street Journal explica o porquê de votar em Trump.

Ruas de várias cidades americanas foram tomadas por protestos espontâneos já faz duas noites. 

Duas leituras sobre a Economia com Trump: José Paulo Kupfer (Globo) e Fernando Dantas (Estadão)

Para ler com calma: Trump e os limites da democracia, de Andrew Sullivan. (Traduzido pela Piauí)

Para ler com calma 2: A Era Trump, da Economist. (Traduzido pelo Estadão)

Para ler com calma 3: E se o estilo Trump de negociação for tratar bem democratas para dobrar a maioria republicana no Congresso? Uma especulação. (Inglês)

Cultura

Houve um dia, isto foi em 1965, que um poeta canadense desconhecido cantou pelo telefone, sua voz grave, a música Suzanne para Judy Collins. A cantora, de imenso sucesso na época, se comoveu. A primeira gravação ocorreu no ano seguinte (Spotify ou YouTube). E o mundo conheceu Leonard Cohen. Que morreu, ontem, aos 82 anos. O Spotify preparou uma playlist para celebrá-lo. Há vídeos: Hallelujah, Everybody Knows, So Long, Marianne. Seu canal oficial no YouTube. E um site brasileiro dedicado a traduzir suas letras.

Dentre as estreias da semana no cinema está Pequeno Segredo (trailer), o candidato brasileiro ao Oscar, com Júlia Lemmertz, Marcello Anthony e Maria Flor. Houve quem sugerisse ter sido favorecido nesta candidatura pela antipatia do governo com a equipe de Aquarius (trailer), que em Cannes fez um protesto acusando golpe no Brasil. Agora é a oportunidade de avaliar o filme pelo que ele de fato é. Também chega às salas Snowden (trailer), de Oliver Stone. Veja os outros filmes.

A estreia mais importante, porém, é O Nascimento de uma Nação (trailer). Quando lançado, nos EUA, foi imediatamente elevado a forte candidato ao Oscar. Conta a história de uma revolta de escravos na Virgínia, trinta anos antes da Guerra Civil. Aí ressurgiu a história de que o diretor Nate Parker e seu co-roteirista, Jean Celestin, foram acusados de estupro há 17 anos. A Justiça os inocentou, mas houve choque entre o movimento negro e o feminista na defesa e crítica do filme. O Nascimento de uma Nação é também título de outro filme, um dos primeiros grandes sucessos do cinema americano, dirigido por D. W. Griffith. Naquele, de 1915, a cavalaria que salva a mocinha é a Ku Klux Klan. Considerado o inventor da estrutura narrativa do cinema moderno, pode ser assistido online.

La Fura Dels Baus, o importante grupo de teatro catalão, está no Brasil para uma temporada de ingressos gratuitos. É bom reservar. Começa hoje, em São Paulo, e há cinco apresentações até o dia 14. Chega sábado, dia 19, ao Rio. Vai até 22.

No Netflix, hoje, Roma, série original que narra a história do imperador Cômodo, responsável pelo início do fim do Império.

Cotidiano Digital

Primeiro ano de GloboPlay: 6,3 bilhões de minutos de streaming, o equivalente a 12 mil anos.

Equipe brasileira está recrutando gamers para disputar competições internacionais.

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