Entre os anos de 2002 e 2014, o número de empregos formais no Brasil saltou de 28,7 para 50 milhões. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), coletadas pelo Ministério do Trabalho, reunidos no projeto Data Viva. Mais relevante do que o aumento do emprego com carteira assinada é a mudança do perfil deste trabalho formal. Em 2002, o maior empregador brasileiro era o Estado. Em 2014, havia mudado.
A Administração Pública, no início do século 21, respondia por 24% dos empregos formais brasileiros, seguida pela Indústria, com 18%, e o Comércio, com 17%. Todos estes setores cresceram numericamente no espaço de doze anos. Sua participação percentual é que mudou. Em 2014, a Administração havia caído para 19% e o Comércio subido para o mesmo número, empatando. A Indústria estava em terceiro, representando 16% dos empregos.
Só um tipo de trabalho caiu numericamente: o emprego doméstico.
Este movimento é natural: as economias estão migrando para o serviço. O Comércio aumentou em participação, assim como a Construção Civil, a Educação, Alojamento e Alimentação. Da mesma forma, a Indústria não caiu sozinha. Foi acompanhada da Agropecuária. Com o aumento dos processos de automação, a tendência é este movimento se ampliar.
Mas distorções tipicamente brasileiras se impõem. A Administração Pública pode representar 19% dos empregos, mas corresponde a 27% do dinheiro gasto em salários. O salário público médio é de R$ 3.258. Na indústria, ele é de R$ 2.213 e, no Comércio, de R$ 1.500. Ninguém paga, no Brasil, como o Estado. (Veja os gráficos com a evolução no site do Meio.)
Em tempo: sábado, o senador Cristovam Buarque publicou, no Globo, um artigo sobre a pressão das corporações para que o país não mude.
Em tempo 2: o Data Viva, site do qual o Meio retirou esta análise, é um farto manancial de números sobre o Brasil.
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Os partidos de esquerda já estão brigando por quem manda numa frente eleitoral única. (Globo)
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