O emprego mudou de lugar, no Brasil

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14 de novembro de 2016

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O emprego mudou de lugar, no Brasil

Entre os anos de 2002 e 2014, o número de empregos formais no Brasil saltou de 28,7 para 50 milhões. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), coletadas pelo Ministério do Trabalho, reunidos no projeto Data Viva. Mais relevante do que o aumento do emprego com carteira assinada é a mudança do perfil deste trabalho formal. Em 2002, o maior empregador brasileiro era o Estado. Em 2014, havia mudado.
 
A Administração Pública, no início do século 21, respondia por 24% dos empregos formais brasileiros, seguida pela Indústria, com 18%, e o Comércio, com 17%. Todos estes setores cresceram numericamente no espaço de doze anos. Sua participação percentual é que mudou. Em 2014, a Administração havia caído para 19% e o Comércio subido para o mesmo número, empatando. A Indústria estava em terceiro, representando 16% dos empregos.
 
Só um tipo de trabalho caiu numericamente: o emprego doméstico.
 
Este movimento é natural: as economias estão migrando para o serviço. O Comércio aumentou em participação, assim como a Construção Civil, a Educação, Alojamento e Alimentação. Da mesma forma, a Indústria não caiu sozinha. Foi acompanhada da Agropecuária. Com o aumento dos processos de automação, a tendência é este movimento se ampliar.
 
Mas distorções tipicamente brasileiras se impõem. A Administração Pública pode representar 19% dos empregos, mas corresponde a 27% do dinheiro gasto em salários. O salário público médio é de R$ 3.258. Na indústria, ele é de R$ 2.213 e, no Comércio, de R$ 1.500. Ninguém paga, no Brasil, como o Estado. (Veja os gráficos com a evolução no site do Meio.)
 
Em tempo: sábado, o senador Cristovam Buarque publicou, no Globo, um artigo sobre a pressão das corporações para que o país não mude.
 
Em tempo 2: o Data Viva, site do qual o Meio retirou esta análise, é um farto manancial de números sobre o Brasil.

O presidente do TSE, Gilmar Mendes, vê com bons olhos a anistia do Caixa Dois para as eleições passadas. (Folha)

Os partidos de esquerda já estão brigando por quem manda numa frente eleitoral única. (Globo)

Em busca de uma notícia boa para o feriado? Na quarta-feira será depositado o sexto lote de restituições do Imposto de Renda. Confira o seu.

A primeira entrevista com o presidente-eleito americano Donald Trump foi exibida, ontem, pelo tradicional programa 60 Minutes, da rede CBS. Trump confirmou que construirá o muro na fronteira com o México, embora cogite uma cerca em alguns pontos. Recuou na perspectiva de expulsar 11 milhões de hispânicos ilegais, diz que vai se concentrar nos “dois ou três milhões” com passagem na polícia. Sugere que continuará usando o Twitter para responder à imprensa. Voltou atrás sobre a possibilidade de processar Hillary Clinton – “não quero feri-la.” E cogita manter a cobertura universal de saúde instituída por Barack Obama, embora de uma forma modificada. (Vídeo)

Kate McKinnon, que fez Hillary Clinton ao longo do ano no programa de comédia Saturday Night Live, abriu a edição de sábado caracterizada como a senadora, ao piano, tocando Hallelujah de Leonard Cohen. Luto duplo.

Nate Silver: Quem leu as pesquisas direito não se surpreendeu com a vitória de Trump. Elas não erraram.

Kenneth Maxwell: Hillary não captou a crescente angústia dos americanos com as transformações do mundo. (Valor)
 
Sérgio Abranches: Uma mistura ácida de ressentimento, insegurança e desalento atravessa o mundo como um tornado. Ele tem vários nomes: Brexit, 5 Stelle, Podemos e, agora, Donald Trump.

Cotidiano Digital

O Google pôs no ar o serviço Minha Atividade. Logo a primeira tela assusta. Todas as buscas estão lá. Assim como todos os registros feitos nas diversas plataformas da empresa: cada vídeo assistido no YouTube, ou aplicativo aberto num celular Android ou site pelo qual se passou com o browser Chrome. Hoje ou há um ano. O histórico de cada indivíduo em suas andanças virtuais. E, sim: o serviço permite que se apague uma coisa ou outra. Ou mesmo tudo. Não custa lembrar que o Google usa essas informações para previsões. Apagar tudo melhora a privacidade mas prejudica sistemas como o Google Now.

O primeiro grande conjunto de cidades brasileiras deixará de ter sinal de TV analógica na quinta-feira. Inclui a capital federal, Brasília. O processo de desligamento se estenderá até dezembro de 2018.

O Web Summit de Lisboa tornou a capital portuguesa intransitável, com 53 mil visitantes. O metrô quase parou e foram consumidos 97 mil pastéis de nata. Pela primeira vez na história do evento, 42% das participantes foram mulheres. (No ano passado, elas eram 20%.)

Cultura

Egberto Gismonti toca no 54º Festival Villa-Lobos (vídeo), que ocorreu na primeira semana de novembro, no Rio de Janeiro. No YouTube há uma playlist das apresentações.

A International Brazilian Opera Company estreia, em Nova York, uma versão em ópera do filme O Sétimo Selo (+ vídeo), de Ingmar Bergman. A montagem é cantada em sueco arcaico. (Estadão)
 
Foi divulgado o trailer de Ghost in the Shell, com Scarlett Johanson, talvez o filme de ficção científica mais aguardado de 2017.
 
Acaso você ainda aguente falar sobre política americana, está no ar o segundo episódio de Designated Survivor. A série não entrou inteira no Netflix. Todo domingo, um episódio novo. Kiefer Sutherland faz um ministro de segunda que repentinamente tem de assumir a presidência após um grande ataque a Washington.

Viver

Um homem suspeito de roubo foi amarrado a um poste, em Ipanema. (Folha)

Hoje a Superlua aparecerá mais intensa. O G1 preparou um guia sobre como fotografá-la com o celular.

Uma incrível derrubada de dominós.

Felipe Massa bateu e não terminou o GP Brasil de Fórmula 1, sua penúltima corrida. Lewis Hamilton venceu e Nico Rosberg ficou em segundo. O campeão só sai na próxima corrida, em Abu Dhabi.

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