Olhos do país fixos no Planalto, a semana começa com uma pergunta: o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), se manterá no cargo até sexta-feira? Sábado agora, o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, disse à Folha que tinha se demitido após constantes pressões de Geddel. O político baiano pedia que o Iphan revertesse a proibição de um arranha-céus de luxo numa área de valor histórico em Salvador. Interesse estritamente pessoal. No prédio, Geddel comprou apartamento.
Não veio sem intriga. À Coluna do Estadão, o ministro-chefe vazou que Calero deixou o governo por discordar da lei que permite as vaquejadas. Não era isso, e os jornalistas foram cobrar a desinformação. Geddel, que trabalha na antessala de Temer, conversou com o presidente sobre o assunto na quinta. E, segundo Gerson Camarotti, não foi só ele. Calero também tratou disso com Temer. No Planalto, há medo de que o ex-ministro conte mais.
Em tempo: o G1 tem detalhes e imagens do projeto de condomínio La Vue, vetado pelo Iphan.
Em busca de resposta: por que, mesmo com as tantas prisões que não param, eles continuam?
É também o caso de Anthony Garotinho, preso acusado de fraude nas eleições deste ano. O ex-governador fluminense sofreu uma cirurgia cardíaca no domingo para implantar um stent na coronária direita. Quando tiver alta, seguirá para prisão domiciliar e não para o presídio. Decisão da ministra Luciana Lóssio, do TSE. Segundo gravações obtidas pelo Fantástico, Garotinho já tinha contato com a ministra. A decisão, porém, pode ser revista no plenário, ao longo da semana.
Segundo Ancelmo Gois, o médico que operou Garotinho foi afastado dos quadros do Ministério da Saúde por improbidade administrativa. Tem juiz desconfiando. (Globo)
De Onyx Lorenzoni (DEM-RS), relator das Dez Medidas, sobre esforço de seus colegas deputados para fazer passar a anistia ao Caixa Dois: “São leis que estão aí, não tem como anular. É um esforço absolutamente irracional que tem origem em uma palavra: desespero.” (Folha)
Mas tinham só dez mil pessoas no ato a favor das Dez Medidas, na avenida Paulista. E isso segundo a organização. No Rio, igualmente vazio. (Folha)
Para ler com calma: Fernando Haddad interpreta o momento. Acredita que a direita se fortalece por toda parte a partir da precarização do trabalho vinda da globalização. E que o PT analisou tudo errado. (Folha)
O MP vai denunciar 33 pessoas por formação de cartel, lavagem de dinheiro e crime licitatório nos trens e metrôs de São Paulo durante os governos Covas, Alckmin e Serra de 1998 a 2008. Todos tucanos. Mas nenhum político está na lista. (Estadão)
O Banco do Brasil anunciará hoje o fechamento de 402 agências e a aposentadoria de 18 mil funcionários. (Estadão)
Sem contar de onde ouviu ou tirou, mas sempre bem informado, Elio Gaspari sugere dois nomes para interventor federal no estado do Rio de Janeiro: Luís Roberto Barroso e Joaquim Barbosa, ministro e ex do STF. Sim. A conversa sobre o Rio já está nesse ponto. (Globo)
E a fase não é mesmo boa. No sábado, um helicóptero da PM caiu próximo à Cidade de Deus, Zona Oeste carioca, matando quatro policiais. A perícia não encontrou sinais de tiros. Ontem, moradores do bairro encontraram no mato sete corpos de jovens. Executados. A tensão ainda não passou e a Força Nacional vai ajudar. (Globo)
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