O governo negociou para receber uma carta assinada por 27 líderes da base parlamentar em apoio ao ministro Geddel Vieira Lima. “Precisamos que Geddel permaneça”, disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Segundo testemunhas, o ministro-chefe se emocionou e chorou. Sente-se sob pressão por ter pedido que o ministro da Cultura providenciasse o fim de um parecer do Iphan, permitindo a construção de um prédio onde comprou apartamento. “Ele cometeu uma falha humana” explicou o líder do DEM Pauderney Avelino (AM). (Estadão)
A falha humana de Geddel está tipificada no artigo 332 do Código Penal Brasileiro desde 1940: Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função. A pena é de reclusão de dois a cinco anos e dobra se a vantagem for para si mesmo.
Os rendimentos do ministro-chefe, aliás, ultrapassam o teto constitucional, lembra Elio Gaspari. (Folha)
Haverá um protesto contra o prédio protegido por Geddel, em Salvador, na sexta-feira.
A deputada Clarissa Garotinho (RJ) também chorou enquanto discursava, da tribuna da Câmara, a respeito do pai, ex-governador. “Precisamos ter coragem para acabar com esse abuso de autoridade que vem acontecendo. Hoje a vítima foi meu pai, amanhã pode ser qualquer um de nós.” Quem abusa da autoridade, no caso, é um juiz do TRE fluminense. O Globo tem o vídeo.
Garotinho, aliás, já está em casa. Sem tornozeleira. (Estadão)
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) persiste na recusa de incluir no relatório das Dez Medidas Contra a Corrupção um artigo que puna o abuso de autoridade de juízes e procuradores. Os responsáveis pela Lava Jato dizem que, na formatação que desejam os parlamentares, vai se transformar numa arma para acuar quem processa políticos corruptos. Esta medida e a anistia do Caixa Dois serão apresentadas pelos líderes dos partidos como destaques, em plenário, e devem ser votadas hoje. (Estadão)
Acontecerá entre hoje e sexta-feira a assinatura do acordo de Delação Premiada da Odebrecht com a Operação Lava Jato. Envolve cerca de 80 funcionários. (Estadão)
O Rio Grande do Sul decretou Estado de Calamidade Financeira.
O STF derrubou a decisão do TJ do Rio de Janeiro que promovia o confisco de dinheiro do Estado para a Justiça. Os ministros decidiram que os desembargadores não podem pegar dinheiro para si deste jeito. O Supremo permitiu, ainda, que o governo diminua em 20% os repasses que faz. (Globo)
O governo federal fechou acordo com os governadores. Eles apoiam a reforma da previdência, a PEC do Teto, a limite para o salário de servidores públicos e, em troca, recebem R$ 5,3 bilhões vindos da multa do programa de repatriação. (Folha)
Há também boas notícias em Brasília: está no ar o site Poder 360, do jornalista Fernando Rodrigues. Tem a chancela de uma das melhores grifes do jornalismo político.
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