No sábado, a capa do jornal carioca O Globo dizia tudo. Na manchete principal: Delatores citam Temer, Renan, Maia, Padilha, Moreira, Alckmin, Serra… No subtítulo: E mais: Jucá, Eunício, Palocci, Kátia Abreu, Geddel, Agripino, Cunha, Jaques Wagner, Marco Maia, Ciro Nogueira, Gim Argelo. Não vazou ainda toda a delação Odebrecht. Só a do ex-diretor Cláudio Melo Filho, que ficava alocado em Brasília para lidar com o governo. A íntegra está aqui.
Temer pediu R$ 10 milhões para a campanha de 2014. Romero Jucá, pediu ao todo R$ 22 milhões e, Renan, R$ 2,2 milhões. O petista Jaques Wagner, R$ 10,5 milhões para as campanhas de 2006 e 2010. Alckmin, R$ 2 milhões. A delação ainda precisa ser homologada pelo Supremo.
Nas palavras de Alan Gripp, editor de Política do Globo, “é a mais impressionante descrição de que se tem notícia do enorme balcão de negócios chamado Congresso Nacional”.
Para mostrar-se ativo, o presidente da República convocou uma reunião com aliados, ontem à noite. Quer lançar um minipacote econômico para tentar jogar uma boa notícia no ar. Gastará R$ 1,3 bilhão para manter 200 mil empregos nos próximos quatro anos. Vai mexer, também, na regulação de negócios e crédito a empresas. (Estadão)
Datafolha: 63% dos brasileiros querem a renúncia de Michel Temer ainda este ano para que aconteçam eleições diretas. O percentual, em julho, já era o mesmo. (Folha)
Marina Silva lidera em todos os cenários de segundo turno explorados pelo Datafolha na eleição presidencial de 2018. Num segundo turno entre Lula e candidato tucano, o petista venceria tanto Aécio quanto Alckmin, em ambos os casos por 38 a 34%. Já no primeiro turno, a vitória seria de Lula nos mesmos cenários, com aproximadamente um quarto dos votos, seguido por Marina e seus 15%. Mas a rejeição do ex-presidente é alta: 44%. Só batida por Michel Temer, num empate técnico aos 45%. (Folha)
Deve sair em fevereiro o relatório do ministro Herman Benjamin, do TSE, sobre abuso de poder econômico na eleição da chapa Dilma-Temer em 2014. Se ele não considerar as contas de campanha da presidente eleita separadas das de seu vice, Temer terá problemas. (Estadão)
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, foi entrevistado por Eliane Cantahêde, no Estadão. Duas frases pescadas: “Esses tresloucados, esses malucos vêm procurar a gente aqui e perguntam: ‘Até quando as Forças Armadas vão deixar o país afundando?’ Eu respondo com o artigo 142 da Constituição. Está tudo ali. Ponto.” Outra: “Bolsonaro, a exemplo do Trump, fala e se comporta contra essa exacerbação sem sentido do tal politicamente correto.”
Em tempo: segundo o artigo 142 da Constituição “as Forças Armadas são instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República.”
O embaixador da Suíça, André Regli, foi entrevistado por Jailton Carvalho, no Globo. “A Suíça não quer e não precisa de dinheiro sujo. Vamos continuar como uma boa praça financeira, com bons serviços, mas não queremos mais esse dinheiro.” A colaboração com a Lava Jato é um dos modelos que o governo usa para mostrar ao mundo que fala sério.
Sérgio Cabral Filho foi transferido do presídio de Bangu para Curitiba. Vinha recebendo visitas de forma inapropriada. O MP argumentou que sua prisão se dava para evitar que influenciasse o processo. No Rio, ainda tinha impacto sobre o sistema. De certa forma, suas fotos chegando ao Paraná revelam mais sobre a queda de um homem que sonhou com a presidência do que aquelas com uniforme de presidiário. (Globo)
|