Para o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, o conflito entre facções não explica o massacre de 56 homens num presídio de Manaus. “Mais da metade não tinha ligação com nenhuma facção”, afirmou, considerando a leitura “simplista”. O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fortes, afirmou o oposto. “Esse foi mais um capítulo da guerra silenciosa e impiedosa do narcotráfico.” Em vários dos vídeos registrados pelos presos durante o motim, homens são claramente identificados como membros do PCC.
O Instituto Médico Legal já identificou 39 dos mortos. Metade deles, decapitados. Para algumas das vítimas, carbonizadas, será preciso exame de DNA. Os funcionários do IML ficaram abalados. (Folha)
Até 300 presos fugiram durante a rebelião. A matança pode ter explodido justamente para desviar a atenção. (Folha)
Para ler com calma: rebeliões costumavam ocorrer para melhorar as condições de vida nos presídios. Tornaram-se disputas de poder. Dentro das prisões está a maior fonte de recrutamento do tráfico de drogas. Se o Estado não retomar o controle dos presídios, vai piorar, explica Ilona Szabó. (Globo)
644 mil pessoas estão presas no Brasil. Mas o sistema prisional tem 394 mil vagas. Dos presos, 244 mil são provisórios. Não foram condenados pela Justiça. (Globo)
Segundo dados preliminares do Conselho Nacional de Justiça, 65% dos presídios do país não têm bloqueadores de celular. É assim que as rebeliões são organizadas. E é o caso do complexo penitenciário do Amazonas. (Globo)
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