A real causa das rebeliões

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10 de janeiro de 2017

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A real causa das rebeliões

O preço: R$ 10 bilhões. É a estimativa do Conselho Nacional de Justiça de investimento necessário para resolver o problema do déficit de vagas nas prisões brasileiras. O CNJ aponta que há agentes de menos, faltam políticas de reintegração à sociedade, a mortalidade é alta, além de haver surtos de tuberculose, sarna, HIV, sífilis e hepatite. A promessa do governo federal é de investir R$ 2,2 bilhões em 2017. (Estadão)

Mas… nenhuma das medidas anunciadas pelo governo federal para resolver a crise nos presídios ataca o real motivo das rebeliões: Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital estão em guerra. Este é o problema, avalia o promotor Aluisio Antonio Maciel Neto, do MP-SP.

O crime organizado era local. Agora, as facções estão se articulando nacionalmente. É hora de o governo federal assumir as rédeas. Fernanda Mena analisa. (Folha)

E o PCC está crescendo. Era formado por 50 pessoas em Roraima, há três anos. São mil, hoje. (Folha)

O governo federal quer autorização do Supremo para um acordo que está negociando com o governador fluminense, Luiz Fernando Pezão. Socorro aos estados só poderia ocorrer com mudança da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas este projeto só será enviado à Câmara no mês que vem. Por conta da urgência da crise, esta solução triangulada com aval do STF pode antecipar ajuda ao Rio. (Globo)

550 servidores foram expulsos do governo por práticas ilícitas, em 2016. É o maior número desde o início da contagem, em 2003. Mais da metade dos funcionários públicos foram expulsos por corrupção. (Estadão)

O movimento nas lojas caiu 6,6% em 2016, quando comparado ao ano anterior. É o pior resultado, segundo a Serasa, desde que o órgão começou a aferir, em 2002.

Barack Obama fará seu discurso de despedida hoje, em Chicago. Será possível assisti-lo ao vivo, a partir da meia-noite.

Viver

Zygmunt Bauman se foi, aos 91 anos, na Inglaterra. O sociólogo e filósofo polonês cunhou o conceito de modernidade líquida para tratar da volatilidade das relações no mundo contemporâneo. Trabalhava como professor na Universidade de Leeds havia mais de 30 anos e manteve-se ativo até os últimos dias. Foi um dos intelectuais mais influentes da segunda metade do século 20.

Aliás… Há um ano, em entrevista ao El País, Bauman fez duras críticas às redes sociais: “As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha”.

Cristiano Ronaldo foi eleito o melhor jogador de futebol do mundo em 2016, pela Fifa. Em 2015, quando ainda era conhecido por Bola de Ouro, Messi levou o prêmio. Para o craque português, é a quarta vez no topo.

Cultura

No Plan, EP que reúne as últimas gravações de David Bowie, está sendo lançado essa semana, em que o cantor completaria 70 anos. É possível ouvir as quatro músicas no Spotify. E há clipe da faixa título no YouTube.   

Foram 251 bilhões de músicas tocadas via streaming, nos EUA, em 2016. 76% mais do que no ano anterior. E, assim, o streaming se tornou a maior fonte de venda de músicas que existe no país.

Aliás… Os herdeiros de Prince estão perto de fechar acordo com Spotify e Apple Music para liberar seu repertório para streaming.

Milton Hatoum, um dos principais escritores contemporâneos do país, fala sobre a série da Globo baseada em seu livro Dois Irmãos e debate o papel do intelectual: “Tem que ser uma voz que critique o poder. O preço é a solidão”. Três episódios da série estão disponíveis no GloboPlay.

Richard Serra, Cindy Sherman e outros artistas internacionais consagrados pedem que museus fechem no dia 20, data da posse de Donald Trump. Propõem uma “greve da arte”. Embora simpático à ideia, Jonathan Jones, crítico de arte do Guardian, se opõe ao projeto. 

Cotidiano Digital

Isto é hipnotizante. Dois bots – sistemas de inteligência artificial – estão há uma semana conversando sem parar, ao vivo, pela internet. Instalados em assistentes digitais do Google, tratam de todo tipo de assunto. O primeiro se chama Vladimir e, o outro, Estragon. Geeks não costumam pescar referências vindas do Teatro do Absurdo, mas são os mendigos irrequietos de Esperando Godot. (Veja a peça completa.)

Um game pode diagnosticar malária. Os jogadores do MalariaSpot analisam amostras de sangue (que já foram testadas em laboratório) e ajudam a calibrar o sistema para identificar a presença do parasita. No futuro, a inteligência coletada permitirá resultados mais rápidos de exames. (Folha) 

Fiamma Zarife assume o comando do Twitter no Brasil.

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