Economia não é ciência exata. A do Brasil, parou. A inflação disparou. Uns acreditam que a inflação precisa ser controlada antes de tudo, pois ela destrói o dinheiro. Para controlar, é importante tirar dinheiro de circulação. Juros altos fazem isso. Mas também freiam ainda mais a atividade econômica. Outros acreditam que a inflação é um problema menor – o importante é produzir atividade econômica. Não se trata de tirar dinheiro do mercado, mas fazer com que o Estado injete mais, produzindo emprego e renda, mesmo que correndo o risco de desvalorizar a moeda. O debate está posto. A primeira estratégia, de conter os gastos públicos e segurar a moeda, começou a ser posta em prática ainda no governo Dilma. O de Temer a acelerou. A inflação caiu, vem a segunda fase, começar a incentivar o investimento. O Meio pinçou três observações distintas sobre o atual momento.
Míriam Leitão: Houve um momento assustador, em 2015, quando o Brasil estava em recessão e a inflação subia em dois dígitos. O governo Dilma errou ao aumentar as despesas quando as receitas já caíam. Apostou que conseguiria crescimento se ignorasse a inflação. Aumentou a inflação e derrubou ainda mais a economia. (Globo)
José Paulo Kupfer: É uma ilusão acreditar que austeridade fiscal, aliada à queda de juros, necessariamente leve a crescimento. Na Europa e no Japão, os juros são negativos e a economia continua claudicante. Os efeitos dos juros demoram a refletir na economia. Os canais de crédito estão obstruídos pelo desemprego. E, embora existam problemas fiscais, a solução não é apenas fiscal. (Globo)
Cida Damasco: Para o brasileiro comum, a queda na Selic vale pouco. Apesar de duas derrubadas consecutivas de 0,25% da taxa, o juro de empréstimo para pessoas físicas permaneceu em 42,7% ao ano em novembro e, o do cartão de crédito, não cai dos 480% ao ano. Os bancos dizem não se sentir seguros para diminuir os juros que contam na vida do cidadão típico. Ela explica. (Estadão)
Segundo a OIT, de cada três novos desempregados do mundo, em 2017, um será brasileiro. (Estadão)
A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, pede que os tribunais de Justiça dos estados se concentrem em analisar, nos próximos 90 dias, a situação dos presos provisórios. (Folha)
A Justiça mineira bloqueou os bens do ex-governador Eduardo Azeredo. (Folha)
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