Temer vai perdendo seus homens de confiança

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O Meio cresceu. Obrigado pela leitura =)

— Os editores.

2 de março de 2017

Temer vai perdendo seus homens de confiança

O mármore branco de fora, os imensos espaços internos e mesmo a reforma cuidadosa do Alvorada não foram suficientes para animar a família de Michel Temer. Deixaram o palácio após sete dias. A falta de aconchego é o menor dos problemas do presidente. Em depoimento ao TSE, ontem, Marcelo Odebrecht declarou ter combinado com o próprio Temer apoio financeiro para a campanha de 2014. Na sequência, afirmou o empreiteiro, acertou com o ministro licenciado da Casa Civil, Eliseu Padilha, o valor. R$ 10 milhões. O depoimento, solicitado pelo ministro Herman Benjamin, faz parte do processo que analisa se houve fraude no financiamento da campanha que elegeu a chapa Dilma-Temer na eleição presidencial daquele ano. Também ontem, outro executivo da Odebrecht, Claudio Melo Filho, declarou ao TSE ter ouvido do próprio Temer o valor requerido de dez milhões. Enquanto isso, a família do presidente retorna à residência oficial dos vices, o Palácio do Jaburu. (G1, Globo e Folha)

Odebrecht afirmou também que a ex-presidente Dilma conhecia os valores de pagamentos e que quatro quintos dos recursos da campanha de 2014 vieram do caixa dois. “Eu não era o dono do governo, eu era o otário do governo”, afirmou o empreiteiro. “Eu era o bobo da corte do governo.” (Estadão)

O depoimento mudou a estratégia de defesa de Temer perante o TSE. Ele não havia convocado testemunhas. Agora, informa Andréia Sadi, cogita pedir que muitos sejam ouvidos para fazer com que o processo se alongue.

A crise é séria para o presidente. Enquanto a economia melhora, Temer vai perdendo seus homens de confiança. Pior, brigam entre si. José Yunes já disse ter repassado um envelope que recebeu de doleiro a pedido de Padilha. Padilha, por sua vez, pediu licença para cirurgia e não deve voltar.

Elio Gaspari: “A Lava-Jato está ferindo a oligarquia política e empresarial do século XX da mesma maneira que o fim do tráfico negreiro feriu (mas não matou) a do XIX. Os barões do caixa dois do tráfico resistiram por mais de 30 anos. Os marqueses do caixa dois das empreiteiras sabem que não podem durar tanto, mas a esperança é sempre a última que morre.” (Globo ou Folha)

Vai piorar para o governo. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar na próxima semana os primeiros pedidos de inquérito baseados nas delações da Odebrecht. Pelo menos 30 envolvem ministros, senadores e deputados. (Globo)

Pelo menos 50 alvos da Lava Jato sem foro privilegiado estão no STF. José Sarney é o mais recente. (Estadão)

Como os novos prefeitos estão se saindo nas redes sociais? O Globo fez um levantamento com os posts dos prefeitos de São Paulo, Rio e BH.

Cartazes com o nome de Obama e a frase “Oui On Peut” — versão francesa para “yes, we can” — estão tomando as ruas de Paris. Era uma piada, mas ganhou outras proporções, conta, em vídeo, o New York Times.

As assassinas de King Jong-nam, irmão do ditador norte-coreano, afirmam terem sido contratadas para fazer uma pegadinha filmada para a televisão. E usaram um spray considerado arma de destruição em massa. É possível tanta ingenuidade? A BBC tenta responder.

Cultura

Num ano marcado por acidentes na avenida, a Portela venceu o Carnaval do Rio, quebrando jejum de 33 anos. (Globo)

Galeria: o desfile da escola campeã.

“O samba não acabou só porque o povo não deixou.” Paulinho da Viola, ilustre portelense, em entrevista ao El País.

E o Oscar de culpado por estragar a cerimônia do Oscar vai para… Brian Cullinan. O até então desconhecido funcionário da PricewaterhouseCoopers, empresa que audita o Oscar, foi apontado como o responsável pela troca de envelopes que causou o erro na cerimônia. (Folha)

Os direitos dos livros de Barack Obama e de sua mulher, Michelle, foram leiloados por mais de US$ 65 milhões. A Penguin Random House, que publicou os três livros anteriores do ex-presidente, pagou a cifra milionária, um recorde no mercado americano. O livro que Bill Clinton lançou em 2004 custou US$ 15 milhões. O de George W. Bush, cerca de US$ 10 milhões.

A Disney exibiu o primeiro beijo gay em um de seus desenhos animados. Foi num episódio de Star vs. as Forças do Mal, do Disney Channel, nos Estados Unidos.

Aliás… A empresa anunciou que a versão de A Bela e a Fera, com Emma Watson, terá seu primeiro personagem gay.

Viver

Segue a crise do Uber. Depois das acusações de assédio sexual e de sexismo na empresa, agora o CEO da companhia, Travis Kalanick, é alvo direto da trama. Um vídeo em que ele é flagrado ao discutir com um motorista do próprio Uber tornou-se público na última terça-feira. O rapaz reclamava da queda dos valores pagos. O CEO perdeu a paciência e assumiu tom agressivo.

Não à toa, Kalanick se desculpou “profundamente” e disse até “precisar de ajuda”.

O Uber pode ser um “vilão modelo”. A New Yorker resume a crise da empresa e alerta para o fato de sexismo e assédio serem comuns no Vale do Silício.

Na Noruega, 37% dos carros já são elétricos. O país é o que mais investe no transporte e planeja, em oito anos, reduzir a zero os carros movidos a combustível fóssil.

Com a mudança de regras na Fórmula-1, os carros vão se transformar — e deve surgir o modelo mais rápido da história da competição.

Vídeo: o espetáculo do Monte Etna, maior e mais ativo vulcão da Europa, que entrou em erupção esta semana.

Cotidiano Digital

“Neutralidade da rede foi um erro.” A afirmação é do presidente da FCC, agência que regula o mercado de telecomunicações americano, em seu discurso no Mobile World Congress, em Barcelona. Ajit Pai, que foi nomeado por Trump, disse ainda que a agência está se movimentando para reverter a decisão da gestão anterior.

Aliás… Quer saber o que foi lançado na principal feira de celulares neste ano? O melhor resumo é de Cora Rónai, que conta da recepção emocionada do público ao primeiro Nokia com Android. (Globo)

Uma galeria do Meio: Os celulares da MWC 2017.

Já para a turma de infraestrutura, só se falou em 5G na feira. A tecnologia promete até 20 gbps de velocidade. No Brasil, porém, só deve chegar a partir de 2019. (Globo)

Enquanto isso… o YouTube anunciou seu serviço de streaming em parceria com as quatro grandes redes de TV americanas e com alguns canais a cabo. A princípio, o serviço estará disponível apenas em algumas cidades dos EUA, como Los Angeles, Nova York e Filadélfia, onde a empresa já fechou acordo com transmissoras locais. Vai custar US$ 35 dólares e permitir até seis perfis para cada assinante.

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