Uma reforma política para driblar efeitos da Lava Jato

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14 de março de 2017

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Uma reforma política para driblar efeitos da Lava Jato

O depoimento de Emílio Odebrecht, pai de Marcelo, era para ter sido mantido em sigilo. Mas foi publicado por engano no sistema online da Justiça paranaense. “Sempre foi o modelo reinante no país”, disse a respeito do financiamento de campanhas pelo caixa dois. “Desde a época do meu pai, da minha época e da época de Marcelo”, seguiu, afirmando que a tradição deste tipo de gasto na empreiteira se iniciou com o fundador, Norberto. Enquanto o fantasma das delações da Odebrecht ainda assombra Brasília, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, se adiantou. “Sempre se considera a estabilidade política”, disse a respeito do processo que pode terminar apeando Temer do poder. “Mas não que isso vá presidir o julgamento.” De acordo com Isadora Peron, do Estadão, Gilmar e Temer se encontraram no domingo — uma conversa não registrada nas agendas oficiais de ambos. O ministro nega que o papo tenha passado pelo julgamento. Não foi a única, tampouco a conversa mais interessante, que envolveu Gilmar neste domingo. Para celebrar os aniversários de Aécio Neves e do secretário de Governo Antonio Imbassahy, ele esteve na residência oficial do presidente da Câmara. De acordo com o Poder360, no fio da conversa de políticos de PMDB, PSDB e DEM, que incluiu o ministro do Supremo, firmou-se algum consenso em propor reforma política trazendo o financiamento público de campanhas e o voto nos deputados por lista fechada. O eleitor escolhe o partido, e os líderes partidários definem quais parlamentares entram. Uma ideia tradicionalmente defendida pelo PT. Estão em busca duma saída.

Para o deputado Miro Teixeira, citado pela nova coluna Poder em Jogo do Globo, a ideia de os partidos escolherem os candidatos à Câmara não aparece agora à toa. “É querer driblar os efeitos da Lava Jato”, explica. Mesmo que, pessoalmente, o cidadão preferisse evitar alguns nomes, os partidos ganham poder de colocá-los de volta no Parlamento. (Link ainda não disponível no site do jornal.)

E quem diria… Fernando Holiday, líder do Movimento Brasil Livre e um dos vereadores eleitos mais badalados pela turma anticorrupção, teve caixa dois — ainda que, aparentemente, pequeno. É o que mostra a reportagem documentada de Tatiana Farah e Severino Motta, do Buzzfeed.

Lula depõe hoje perante o juiz Ricardo Leite, de Brasília, no processo que investiga se tentou obstruir as investigações da Lava Jato.

Aliás… A Lava Jato saiu hoje pela manhã para mais uma operação, desta vez focada em suspeitas de superfaturamento do metrô carioca.

A partir de hoje, as companhias aéreas estariam autorizadas a cobrar por bagagem. Estariam. A Justiça suspendeu a decisão da Anac por liminar.

O Parlamento britânico autorizou o Brexit e, assim, a primeira-ministra Thereza May deverá ativar a Cláusula 50, que terá por consequência o encerramento de relações entre Reino Unido e União Europeia. De bate-pronto, a chefe do governo escocês, Nicola Sturgeon, anunciou que proporá novo referendo para encerrar as relações da Escócia com o Reino Unido. (Estadão)

 

Cultura

Mandrake, o personagem clássico de Rubem Fonseca, estará de volta em abril. O autor, aos 91 anos, vai lançar um novo livro de contos, Calibre 22, com 31 histórias. Desta vez, o advogado Mandrake, sempre rodeado por mulheres, vai investigar crimes em torno de um editor de revista feminina. (Estadão)

Breaking Bad em versão de duas horas. A ideia ocorreu a um grupo de fãs franceses, que editaram as cinco temporadas da série, uma das mais vistas da história da TV americana, de forma a criar um longa-metragem. Trata-se, dizem os criadores, de “um Breaking Bad alternativo, para ser assistido com novos olhos”.

Bob Dylan divulgou sua versão para a famosa Stardust. A música já foi regravada centenas de vezes, por artistas diversos — de Ringo Starr a Frank Sinatra. Estará num dos três álbuns de covers que Dylan lança em abril.

Os livros de Michelle e Barack Obama vão chegar ao Brasil pela Companhia das Letras. Sócia da editora brasileira, a Penguin Random House, que comprou os direitos das obras nos Estados Unidos, fará uma operação mundial para lançar os títulos, previstos para 2018. (Globo)

É oficial: o que está por trás do sorriso de Mona Lisa é… felicidade. Ao menos é o que crava um novo estudo, feito na Alemanha. Pesquisadores apresentaram a um grupo diversas versões do sorriso, embaralhadas com a imagem verdadeira. 97% dos participantes do teste identificaram a Mona Lisa original como feliz.

Para os nerds: The Big Bang Theory terá mesmo um spinoff. A CBS anunciou que fará Young Sheldon, série baseada num dos protagonistas da primeira. 

Viver

“O Brasil, apesar de deprimido, continua o povo menos infeliz do mundo.” A avaliação é do italiano Domenico de Masi. Aos olhos do sociólogo, o país sabe dar igual importância ao trabalho e ao lazer. Em entrevista à BBC, diz que o país poderia gerar um modelo mais solidário, menos focado na concorrência. Por outro lado, avalia como “infantil” o comportamento do brasileiro ao mudar rapidamente de opinião diante da crise política atual.

Uma onda de violência tem assustado os moradores de Paraty. Se a média nacional é 29,1 assassinatos para cada 100 mil habitantes, no município do Rio o índice é de 60,9 mortes para cada 100 mil, o pior do estado. Durante o Carnaval, um homem foi decapitado em público. A polícia atribui os crimes a disputas pelo tráfico local. (Folha)

Os adolescentes estão substituindo as drogas pelo celular? Talvez. Cientistas americanos começam a relacionar a queda do consumo de drogas entre jovens ao boom dos smartphones. De fato, no mesmo período em que caiu o uso de maconha e álcool, aumentou o uso dos celulares. “Jogar videogame, usar as redes sociais, isso preenche a necessidade de novas sensações”, diz uma especialista da Universidade de Columbia. A teoria, porém, ainda carece de comprovação.

Na China, mulheres contratam uma “caçadora de amantes” para investigar — e desfazer — relações extraconjugais. A figura não funciona apenas como detetive. Geralmente psicóloga ou formada em direito, a “caçadora” também tem como missão dissuadir a amante do affair.

Galeria 1: ex-zelador de alfândega americana, Tom Kiefer colecionou por anos os pertences apreendidos de imigrantes na fronteira para, agora, registrá-los em fotos.

Galeria 2: o festival de Holi, que celebra a chegada da primavera, tinge a Índia de cores.

Já são cinco os patrocinadores que deixaram o Boa Esporte desde que o clube mineiro anunciou a contratação do goleiro Bruno. Ontem, o principal investidor do time e o fornecedor de materiais esportivos encerraram contrato com o time de Varginha. O goleiro, acusado pelo assassinato de sua ex-amante, Eliza Samúdio, está em liberdade provisória. (Estadão)  

Cotidiano Digital

Em março de 1989, 28 anos atrás, Tim Berners-Lee publicou um documento com a proposta do que viria a ser a World Wide Web. Para marcar a data, o inventor da web publicou no Guardian, no último domingo, uma carta, em que se diz muito preocupado com o futuro de seu invento. Para ele, três pontos devem ser atacados para manter a web como plataforma aberta: a perda de controle pelos usuários de seus dados pessoais, a facilidade de se espalhar informações incorretas e, por fim, a propaganda política na internet. O G1 traz um bom resumo em português.

Mais do que dobrou o número de startups brasileiras no South by Southwest, um dos principais festivais de tecnologia, cinema e música do mundo, em Austin, no Texas. O Brasil passou ao posto de segunda maior delegação do evento, atrás apenas do Reino Unido. Veja a lista das brasileiras no festival.

Intel compra Mobileye por US$ 15,3 bilhões. É mais um passo da empresa em direção aos carros autônomos. A empresa quer se tornar uma fornecedora de tecnologia para o setor. E a Mobileye desenvolve justamente softwares e chips para esse tipo de veículo.  

Falando nisso… a Califórnia planeja liberar os testes de veículos autônomos sem motorista reserva ainda neste ano. Até então, os carros deveriam ter um piloto à frente do volante, mas o estado acaba de licenciar 27 companhias para testar os veículos sem motorista — e em estradas públicas. Entre as fabricantes liberadas, estão BMW e Tesla. (Estadão)

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