Aos três anos, Lava Jato se aproxima de seu clímax

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17 de março de 2017

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Aos três anos, Lava Jato se aproxima de seu clímax

A Operação Lava Jato completa hoje três anos. Ao todo, já levou a 746 buscas e apreensões, 153 acordos de delação premiada e 56 acusações criminais em primeira instância contra um total de 260 pessoas. Destas, 130 já foram condenadas em 26 sentenças a penas que, somadas, passam de 1,3 mil anos. O levantamento é do procurador Deltan Dallagnol para a coluna Painel, da Folha. Acusados e condenados já se comprometeram a devolver mais de R$ 10 bilhões que reconheceram ter desviado dos cofres públicos.  “Seu maior mérito”, diz Dallagnol, “foi ter feito um retrato de uma corrupção que tem raízes profundas em nossa história e tentáculos que abraçam uma multidão de órgãos públicos.” Outro mérito é ter deixado clara a natureza da caixa dois. O Globo destrinchou ao menos quatro tipos distintos. O mais prosaico é a doação legal de campanha que o candidato decide não declarar. Há também a doação declarada que tem, subentendida, a prestação de um favor pelo político. Por vezes, os dois se juntam, a doação não é declarada e vem atrelada à prestação de serviços. Por fim, no quarto tipo, o dinheiro doado e não registrado serve não à campanha e sim ao enriquecimento pessoal do candidato. Agora que os julgamentos disparados pela operação se aproximam do núcleo do poder político, no STF, o Congresso reage com, por exemplo, o projeto de uma reforma política. “A discussão sobre reforma eleitoral não devia ser feita nesta legislatura”, afirma também no Globo de hoje o cientista político Jairo Nicolau. “Um bom momento para mexer é depois que as apurações forem realizadas, que tiver um controle de como isso eventualmente contaminou o processo de eleição de deputados, saber quantos estão envolvidos.”

A lista de Janot deve passar por todos os trâmites no Supremo até o fim do dia de hoje. Chega às mãos do ministro Edson Fachin na segunda-feira. Ele deve ser rápido. (Estadão)

O senador Randolfe Rodrigues já tem o número de assinaturas suficientes para colocar em votação a PEC do fim do foro privilegiado. (Globo)

Enquanto isso… É missão do senador Romero Jucá, líder do governo na Casa, a produção de quatro projetos para, em suas palavras, “que nós tenhamos menos penalidades, mais transparência e menos burocracia na relação dos partidos com o TSE”. Devem ser apresentados na semana que vem com votação em urgência. (Estadão)

E… José Serra quer tirar da Constituição o conjunto de regras que regulamenta eleições. Facilitaria mudanças futuras. (Estadão)

Pela primeira vez após 22 meses, contratou-se mais gente com carteira assinada do que se demitiu, no Brasil de fevereiro. Ainda assim, só no acumulado do ano, há um déficit de 5.475 vagas formais.

Quatro aeroportos foram privatizados, ontem, em leilão. O grupo alemão Fraport arrematou os de Fortaleza e Porto Alegre; a suíça Zurich levou o de Florianópolis e, o de Salvador, ficará nas mãos da francesa Vinci. A Infraero, diferentemente das privatizações anteriores, não entrou de sócia. O governo arrecadará R$ 3,72 bilhões com ágio de 23% sobre o esperado inicialmente. (Globo)

Steve Bannon, empresário e documentarista, feito estrategista-chefe por Donald Trump, é o principal ideólogo do novo governo americano. Analisando seus filmes, a Quartz encontrou uma visão soturna da história, marcada por uma contínua luta do bem contra o mal. O site explica sua ideologia num vídeo curto, com legendas em inglês.

Tony de Marco
Nossa bandeira jamais será… não, pera!

 

 

Cultura

Em São Paulo, as dicas culturais da Bravo! incluem a primeira edição do Women’s Music Event, que ocupa o CCSP, a Casa 92 e o Espaço 555, além da Mostra Internacional de Teatro, que apresenta espetáculos nacionais e internacionais.

No Rio, os destaques são o festival Super Violão Mashup, no Oi Futuro, e a volta do espetáculo Simplesmente Eu, Clarice Lispector, estrelado por Beth Goulart.

No cinema, estreiam A Bela e A Fera (trailer), com Emma Watson, Fátima (trailer), vencedor do prêmio César, e O Filho de Joseph (trailer), do cultuado cineasta Eugène Green, entre outros. Veja a lista completa de estreias do fim de semana.

Diretor do elogiado Aquarius, Kleber Mendonça Filho vai presidir o júri da Semana da Crítica, mostra paralela ao Festival de Cannes, destinada aos filmes de diretores emergentes. O cineasta pernambucano concorreu, no ano passado, à Palma de Ouro com Aquarius. (Folha)

Os cortes no orçamento anunciados por Donald Trump vão afetar a cultura. A tradicional Rádio Pública Nacional (NPR) e o Sistema Público de Radiodifusão (PBS) devem sofrer com a redução de recursos. “O custo da radiodifusão pública é pequeno”, diz a CEO da PBS, Paula Kerger, “apenas US$ 1,35 por cidadão por ano, e os benefícios são tangíveis”. (Globo)

A trilogia Matrix deve ganhar uma continuação. A Warner Bross planeja fazer um novo longa, que, especula-se, teria roteiro de Zack Penn e o ator Michael B. Jordan. (Estadão)

Galeria: recém-publicadas, fotos de Billie Holiday revelam outro lado da diva do jazz, dois anos antes de sua morte.

Ouça Billie Holliday, no Spotify ou no YouTube.

Viver

“Parecia um resfriado comum. Eu não tinha noção da gravidade do que estava acontecendo dentro de mim.” Alessandro Valença é um dos dois casos de febre amarela no estado do Rio — o outro era seu vizinho, que morreu na semana passada. Gabriela Goulart conta, no Globo, como Alessandro recebeu diferentes diagnósticos até ser informado, por telefone, sobre a febre amarela.  

Aliás, tanto Alessandro quanto a vítima fatal da doença vivem em Casimiro de Abreu, potencial foco da febre amarela. A prefeitura local criou uma força-tarefa para imunizar toda a população até este sábado. (Globo)

Em São Paulo, foi confirmada, ontem, a oitava morte pela doença. (Estadão)

Veja os postos de vacinação contra a febre amarela em São Paulo e no Rio.

Para ler com calma: Está se sentindo sozinho? Existe um aplicativo para ajudar. Jornalista da Nautilus conta, em primeira pessoa, sua experiência com o app Happy, que conecta o solitário a alguém disposto a conversar. Há outros mais especializados, como o Talkspace, que liga pacientes e terapeutas, ou o Priori, específico para bipolares, que rastreia, a partir de ligações e mensagens do usuário, se ele está em mania ou em depressão.  

E se a entrevista de uma mulher fosse “invadida” pelos filhos, como o que ocorreu com o especialista Robert Kelly, em entrevista à BBC, nesta semana? Comediantes da Nova Zelândia fizeram uma paródia do vídeo original, desta vez com uma mulher no lugar de Kelly, dando entrevista via Skype para uma emissora de TV. Na versão feminina, ela pega a filha nos braços, brinca com um chocalho, depois passa roupa, avalia o assado do almoço, limpa uma privada — e, claro, segue respondendo seriamente às perguntas sobre o impeachment da Coréia do Sul.

Cotidiano Digital

O mercado de celulares no Brasil dá sinais de melhora. No quarto trimestre de 2016, as vendas de aparelhos mostraram recuperação de 15% em relação ao trimestre anterior. (Folha)

As mulheres são maioria entre os gamers no Brasil. Segundo a Pesquisa Game Brasil 2016, elas já representam 52,6% dos jogadores brasileiros. As gamers, no entanto, ainda sofrem preconceito e assédio. Primeiro lugar no ranking mundial do Super Street Fighter IV: Arcade Edition, a paulista Cristina Santos, conta que passou maus bocados: “Sofri ataques em redes sociais e até na vida pessoal”.

O Facebook começou a testar a ferramenta Stories no Brasil. A função é semelhante à do Instagram, que, por sua vez, foi criada para competir com o Snapchat. O conteúdo fica no ar por 24 horas. Para usar a ferramenta no celular, é preciso se inscrever no programa de testadores da rede social.

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