Brasil pode perder até R$2 bilhões por corrupção da carne

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21 de março de 2017

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Brasil pode perder até R$2 bilhões por corrupção da carne

O escândalo de corrupção e desleixo na fiscalização envolvendo o mercado de carnes brasileiras pode custar entre R$1 e 2 bilhões ao longo de 2017. A avaliação extrema é da Associação de Comércio Exterior do Brasil e leva em consideração dois fatores. Em primeiro lugar, a possibilidade de que o país perca entre 10 e 15% de suas vendas por conta de mercados que se fecham no exterior. E, em segundo, porque para conseguir vender, os produtores provavelmente terão de reduzir seus preços em até 20%. A União Europeia interrompeu, por enquanto, compras que venham dos 21 frigoríficos investigados. O governo federal já havia suspendido as licenças para exportação de todos eles. A China falou um tom ligeiro acima: não permitirá a entrada da carne brasileira que já está em seus portos antes de ouvir esclarecimentos. A Coreia do Sul, um dos parceiros comerciais mais recentes da indústria, chegou a anunciar a suspensão completa das compras. Mas voltou atrás no mesmo dia. O Chile também fez ameaças e, com este, o Brasil falou mais duro, ameaçando restringir importações. (Estadão)

O resultado imediato da crise é que o preço da carne deve cair nos supermercados daqui, informa Mônica Bergamo. Mas, para o analista Mauro Zafalon, as barreiras à produção brasileira não devem durar muito. O mercado de carnes vem tendo aumento de preços constantes porque a demanda disparou. Não há muitos produtores no mundo. E tanto União Europeia quanto China enfrentam constantes doenças em seus rebanhos. (Folha)

A Odebrecht pagou suborno pedido por Moreira Franco e cobrado por Eliseu Padilha no período de privatização do Aeroporto do Galeão, no Rio, ainda no governo Dilma. O ex-prefeito carioca Eduardo Paes e seu braço direito, Pedro Paulo, também estão entre os políticos que devem ser investigados, de acordo com a lista do procurador-geral da República Rodrigo Janot. Já o nome do tucano Aécio Neves aparece como principal em pelo menos seis dos 83 pedidos de inquérito apresentados. O senador é um dos mais citados na delação da empreiteira. Seu principal rival no partido, o governador Geraldo Alckmin, também é acusado de receber dinheiro para as campanhas de 2010 e 14. (Globo)

O ministro Dias Toffoli defendeu a adoção do sistema de voto por lista fechada, ao menos provisoriamente, no Brasil. O eleitor escolhe o partido e a legenda indica que deputados serão eleitos de acordo com o percentual de cadeiras que lhe cabe. É também o sistema preferido dos atuais parlamentares, que temem não ser eleitos por conta da Lava Jato. (Estadão)

Para ler com calma: Alon Feuerwerker, analista político da FSB, se pergunta em que momento um desarranjo institucional pode se tornar uma verdadeira crise institucional. Num ambiente em que Executivo e Legislativo se enfraqueceram, o Judiciário assumiu as rédeas. Mas não é um Poder com vocação para governar. Os outros dois Poderes terão de reassumir seu papel. Em que condições isso ocorrerá? É aí que está o risco.

Agora é oficial. O diretor do FBI negou em depoimento aberto no Congresso que tenha havido qualquer espionagem da campanha presidencial de Donald Trump. A acusação foi feita pelo próprio presidente da República. Disse ainda que seus agentes investigam Trump, agora, para compreender os laços de sua equipe com o Kremlin.

Aliás… a Casa Branca definiu como deseja ver o muro que separa EUA do México. Alto, com características que evitam a escalada e alicerces fundos que impeçam a escavação de túneis por baixo.

 

Cultura

Uma das mais importantes coreógrafas da história da dança, Trisha Brown morreu, aos 80 anos, no último sábado. Foi pioneira ao trabalhar a dança conectada à performance e às artes visuais. Incorporou às coreografias movimentos minuciosamente estudados, sem perder a delicadeza do acaso e do improviso. Acabou por moldar o que viria a ser a dança no século XXI. O New York Times conta em detalhes sua trajetória. O Globo traz versão mais enxuta.

Vídeo: veja quatro coreografias de Trisha Brown. (Globo)

Ainda Trisha: cinco artistas, como Mikhail Baryshnikov e Laurie Anderson, contam como era trabalhar com a coreógrafa.

Começa hoje, em Nova York, a primeira retrospectiva de Lygia Pape nos Estados Unidos. Um dos principais nomes da arte brasileira, Pape transitou por diferentes suportes, da escultura à performance. A mostra, A Multitude of Forms, fica em cartaz no Met Breuer, até 23 de julho. (Folha) 

Chuck Berry, morto no último sábado, deixou pronto um disco. Com músicas inéditas. O último álbum que o gênio do rock lançou data de 1979. (Folha)

Penelope Cruz será Donatella Versace na próxima temporada de American Crime Story, no Netflix. A série, do mesmo diretor de The People v. O. J. Simpson, Ryan Murphy, tem estreia prevista para 2018. Vai tratar do assassinato do estilista italiano Gianni Versace, de quem Donatella era irmã.

Com pré-estreia no Brasil esta semana, Power Rangers já tem um feito: será o primeiro filme de super-herói em Hollywood cujo protagonista é gay — ou melhor, super-heroína. A personagem ainda está se descobrindo, mas, diz o diretor, vai mostrar que “todas as crianças têm de descobrir quem são e encontrar a própria tribo”. (Globo)

O rapper canadense Drake lançou seu novo trabalho em um formato curioso. More Life, diz ele, é uma playlist, e não um disco. A ideia emplacou. Em 24 horas, bateu recordes na Apple Music e no Spotify. Drake é um dos artistas mais respeitados no Vale do Silício. Não necessariamente pela música, mas pela intimidade na lida com o digital.

Ouça More Life no Spotify e na Apple Music.

Viver

O Brasil está mais triste. Ao menos é o que indica o Relatório Mundial da Felicidade, elaborado pela ONU. O país vem “entristecendo” nos últimos anos: agora, ocupa o 22º lugar no ranking; em 2016, era o 17º. No topo, está a Noruega, que desbancou a Dinamarca. A pesquisa parte do cruzamento de dados econômicos com uma única pergunta, feita a mil pessoas de cada um dos 155 países investigados: “Imagine uma escada, com degraus numerados de zero na base e dez no topo. O topo da escada representa a melhor vida possível para você e a base da escada representa a pior vida possível para você. Em qual degrau você acredita que está?”

Enquanto isso… Na Bolívia, estão as pessoas com os corações mais saudáveis do mundo. Os tsimane vivem na floresta, caçam e plantam a própria comida. A BBC detalha a rotina do povo saudável.

Vídeo: o físico Stephen Hawking teme não ser bem-vindo nos Estados Unidos, desde a eleição de Donald Trump.

Para ler com calma: Está cada vez mais próxima a possibilidade de a ciência trazer espécies extintas de volta à vida. Mas uma questão ronda os cientistas: a sociedade deve dedicar recursos para reverter erros do passado ou para prevenir futuras extinções? “Se você tem os milhões de dólares necessários para ressuscitar uma espécie e decide fazer isso, está tomando uma decisão ética de trazer uma espécie de volta e deixar várias outras serem extintas. Seria um passo adiante, e de três a oito para trás”, diz o especialista Joseph Bennett ao New York Times.

Galeria: o fotógrafo Thomas R Schiff usou uma câmera panorâmica para registrar o interior de bibliotecas públicas pelos Estados Unidos.

Cotidiano Digital

Mais uma gigante entra na briga pelas assistentes pessoais. Depois da Siri (da Apple), da Alexa (da Amazon) e do Google Home, vem aí a Bixby, da Samsung. Será anunciada junto com o lançamento do GalaxyS8, no próximo dia 28.

Jeff Bezos, presidente da Amazon, pilotou um robô gigante ontem, na conferência anual da empresa, cujo tema é inovação. Batizado de Method-2, o robô tem quase quatro metros de altura — e valor  estimado em US$ 8 milhões.

O YouTube vem sendo acusado de censurar vídeos com conteúdo LGBT. Eles deixam de aparecer quando o usuário decide navegar no modo restrito, que filtra conteúdos “impróprios” e costuma ser usado como forma de os pais controlarem materiais ditos “ofensivos”. Depois de se ver alvo da hashtag #YouTubeIsOverParty, a empresa respondeu, via Twitter, que “o modo restrito é um recurso opcional” por quem quer “ter uma experiência mais limitada no YouTube”.

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