Governo revisa metas fiscais dos próximos anos, adiando ajuste
O governo federal enviou nesta segunda-feira ao Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, propondo redução nas metas fiscais dos próximos anos. Ao apresentar o arcabouço fiscal no ano passado, a promessa era entregar um superávit de 0,5% do PIB no ano que vem e alcançar 1% em 2026, último ano de Lula. Agora, o governo propôs déficit zero no ano que vem e superávit de 0,50% no seguinte, reduzindo a velocidade do ajuste fiscal. Na prática, a meta zero de 2025 mantém a possibilidade de déficit, já que há uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou menos. Para este ano, não houve mudança e a meta segue zerada, com as contas podendo fechar deficitárias ou superavitárias em até R$ 28,75 bilhões. Com a redução da meta fiscal, a necessidade de receita adicional cai substancialmente e o governo pode destinar cerca de R$ 161 bilhões aos gastos públicos nos próximos dois anos. Já a dívida bruta do setor público, indicador acompanhado com atenção pelo mercado financeiro, deve terminar o governo Lula em 79,1% do PIB, bem acima dos 74,4% do PIB do primeiro ano do governo do petista. Para serem alteradas, as metas precisam do aval do Congresso Nacional. (g1)
Já o salário mínimo de 2025 foi estimado em R$ 1.502 pelo governo. O valor representa um aumento nominal de R$ 90 (6,37%) em relação ao piso atual, de R$ 1.412. O valor final, no entanto, pode ser alterado, pois depende da trajetória do INPC, que mede a inflação para as famílias com renda de até cinco salários mínimos, e só será sabido após a divulgação da taxa acumulada entre dezembro de 2023 e novembro de 2024. Além disso, o reajuste também considerado o crescimento real do PIB dos dois anos anteriores. (Poder360)