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Dorival Caymmi completaria 110 anos na próxima terça-feira, mas as mais que justas homenagens começam hoje, com a estreia nos cinemas do documentário Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos, dirigido por Daniela Broitman. A ideia da cineasta foi levar para tela não a música do retratado – ela está presente, claro –, mas seu aspecto humano, o Caymmi pai, marido, amigo. Mostrar de onde veio a sensibilidade de seus versos.

O assunto também é música, embora de uma seara completamente diversa, em Aumenta Que É Rock’n Roll, de Thomas Portella. O filme conta de forma ficcional e um tanto cômica a transformação, em 1982, da burocrática Fluminense FM na “Maldita”, a rádio de rock que lançou toda – toda mesmo – a geração do que viria a ser chamado de BRock. Johnny Massaro vive uma versão estabanada do jornalista e produtor Luiz Antônio Mello, cérebro por trás da rádio revolucionária.

Claro que também há cinemão entre as estreias. Zendaya é a grande estrela de Rivais, onde forma um triângulo amoroso de tenistas com Mike Faist e Josh O’Connor. Desejo e competitividade correm juntos no drama, dirigido por Luca Guadagnino, que já mostrou não ter medo de polêmicas em filmes como Me Chame Pelo Seu Nome.

Trazendo na bagagem o César (o Oscar francês) de melhor produção estrangeira, o canadense A Natureza do Amor, de Monia Chokri, é uma comédia feminista que não tem medo de explorar o erotismo nesses tempos de puritanismo exacerbado. Sophia, uma professora de filosofia em um longo e algo entediante casamento, sente o coração balançar por um empreiteiro rústico e mais novo.

Escrito e dirigido pela italiana Alice Rohrwacher, La Chimera também leva o humor às telas ao contar a história de Arthur, um inglês que vive de saquear túmulos antigos (alguém falou Thomb Raider?) enquanto sonha com um amor impossível. Em tempo, Quimera tanto é o nome do monstro morto pelo herói grego Belerofonte, quanto um sonho inatingível.

Como nem todo mundo está interessado em sensibilidade, Bill Skarsgård (o palhaço/assassino/alienígena de It – A Coisa) distribui bordoadas a torto e a direito em Contra o Mundo para vingar a morte de sua família por ordens da vilã interpretada por Framke Janssen. Aqui cabe uma curiosidade: os dois viveram mãe e filho, com uma relação para lá de complicada, na série de terror jovem Hemlock Grove.

E chegamos à categoria massacre – em mais de um sentido. Ursinho Pooh: Sangue e Mel 2, insiste na ideia de transformar em assassinos sanguinários os personagens fofos criados em 1926 por A. A. Milne. O primeiro filme foi trucidado pela crítica com a mesma sanguinolência dos personagens, e nada indica que este vá ser diferente.

Confira a programação completa nos cinemas da sua cidade. (AdoroCinema)