Moody’s eleva rating do Brasil, que fica a um passo do grau de investimento
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O Brasil está mais perto do grau de investimento. A agência de classificação de risco Moody’s elevou nesta terça-feira o rating soberano do país de “Ba2” para “Ba1” e manteve a perspectiva positiva. Com isso, o país fica a apenas um passo do chamado grau de investimento, que é como um selo de bom pagador, usado por investidores para ajudar na decisão de aportar recursos em países e empresas. As notas de crédito dos títulos da dívida brasileira estavam inalteradas desde 2016. “A elevação reflete melhoras materiais no perfil de crédito, que esperamos que continuem, incluindo um desempenho do crescimento mais robusto do que o esperado anteriormente e um histórico crescente de reformas econômicas e fiscais que emprestam resiliência ao perfil de crédito, embora a credibilidade do arcabouço fiscal do Brasil ainda seja moderada, conforme refletido em um custo relativamente alto da dívida”, afirma a agência sobre a decisão. A manutenção da perspectiva positiva reflete “a possibilidade de que o crescimento e a conformidade com o arcabouço fiscal ajudem a aumentar a credibilidade institucional e reduzir os custos de empréstimos de forma mais acentuada do que assumimos atualmente”. A Moody’s reviu sua perspectiva para o crescimento do PIB neste ano para 2,5% e disse que, no médio prazo, espera um desempenho mais sólido em comparação com os anos anteriores à pandemia. “Desde o início do ano, o crescimento real do PIB revelou-se mais forte e mais resistente às elevadas taxas de juro e às graves inundações que atingiram o Brasil no início deste ano.” (Valor)
O Ministério da Fazenda comemorou a decisão. “A elevação da nota de crédito pela Moody’s reflete o reconhecimento dos avanços nas contas públicas, de um cenário propício ao crescimento e da solidez dos fundamentos da economia brasileira”, afirmou a pasta. Em maio, a agência já havia alterado a perspectiva da nota de crédito do Brasil de “estável” para “positiva”, mas mantendo a nota “Ba2”. Na semana passada, o presidente Lula e o ministro Fernando Haddad se reuniram em Nova York com representantes da Moody’s, assim como de Fitch e Standard & Poor’s, as três principais agências de rating. (Globo)
A S&P foi a primeira empresa a conceder o grau de investimento ao país, em abril de 2008, no segundo mandato de Lula. Na sequência, vieram Fitch, em maio daquele ano, e Moody’s, em setembro de 2009. O país, no entanto, perdeu essa classificação no mandato da presidente Dilma Rousseff. Desde janeiro de 2018, a classificação na S&P é “BB-”, dois níveis abaixo do selo de bom pagador. Em junho do ano passado, a perspectiva mudou de “estável” para “positiva”. A escala de notas da S&P é semelhante à da Fitch, que classifica o Brasil como “BB”, ainda considerado grau especulativo, sem recomendação de investimentos. Esta nota foi alterada em julho do ano passado, após cinco anos “BB-”. (Estadão)
Veja como funcionam as notas de crédito. (g1)