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Venda de livros no Brasil cresce 3,7%, com faturamento de R$ 4,2 bilhões em 2024

As vendas de livros pelas editoras tiveram um crescimento nominal de 3,7%, com faturamento de R$ 4,2 bilhões em 2024. É o que aponta um levantamento da Nielsen BookData, coordenado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Apesar do aumento, o índice representa um recuo de 1,1% nas vendas ao mercado, descontada a inflação no período de 4,83%. Foram produzidos 44 mil títulos, sendo 23% de lançamentos, totalizando 366 milhões de exemplares.

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De acordo com a pesquisa, Obras Gerais foi o subsetor com o maior aumento nas vendas, de 9,2%, seguido por Religiosos (8,7%) e o grupo Científicos, Técnicos e Profissionais, o CTP (3,3%). Apenas a categoria Didáticos registrou desempenho negativo de vendas, com -5,1%. Segundo o presidente do SNEL, Dante Cid, apesar do desempenho abaixo do nível da inflação para livros físicos, o setor teve um surpreendente crescimento de mais de 20%, quando somados os títulos na versão digital.

Pela primeira vez, o relatório trouxe os resultados por gênero, permitindo uma análise mais detalhada e estratégica, além da aproximação de medidas praticadas por outros países. A categoria de Não Ficção Adulto liderou o faturamento do ano passado, representando 28,5% das vendas ao mercado, enquanto os livros religiosos dominaram em número de exemplares vendidos, com 29,5% do total, demonstrando uma diversificação no interesse do leitor brasileiro. “Essa diversidade é um reflexo da riqueza cultural do nosso país e abre novas oportunidades para editoras explorarem nichos específicos e atenderem melhor às demandas do público”, afirma Sevani Matos, presidente da CBL.

O período também apontou crescimento da participação das livrarias no faturamento das editoras de Obras Gerais, com destaque para os sites das próprias editoras e os marketplaces. Para Mariana Bueno, coordenadora de pesquisas econômicas da Nielsen BookData, esses espaços digitais se consolidam como “importante canal para as editoras de Didáticos e CTP e ampliam a relevância para as editoras de Religiosos, porém com pouca representatividade para editoras de Obras Gerais”.

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