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O novo esquema de Wes Anderson

Wes Anderson, diretor de <em>Grande Hotel Budapeste</em>, é o destaque nas estreias desta quinta-feira com <em>O Esquema Fenício</em>, uma incursão no cinema de ação (do jeito dele, claro) estrelada pelo sempre ótimo Benicio del Toro e com o elenco de astros que sempre acompanha o diretor. Além disso, temos Juliette Binoche disfarçada de faxineira, Bill Skarsgård preso em uma armadilha sobre rodas e uma lembrança de quando Fernanda Torres e Wagner Moura eram “apenas” grandes atores. Confira todas as estreias e veja os trailers.

Wes Anderson tem um estilo surreal inconfundível, estampado em filmes como Os Excêntricos Tenenbaums e Grande Hotel Budapeste. Mas, sem fugir a seu estilo, ele se permite explorar outros gêneros, como a aventura cômica O Esquema Fenício, destaque das estreias de hoje nos cinemas. Benicio del Toro vive Zsa-Zsa Korda, um dos homens mais ricos do mundo, que, após sobreviver ao sexto desastre (atentado) aéreo, decide passar seu império à filha, uma noviça, contrária a tudo o que ele representa. Antes, porém, quer concluir um ambicioso e misterioso projeto que coloca todo o mundo da espionagem – interpretado pelo time de estrelas que sempre acompanha do diretor – à caça dos dois.

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Juliette Binoche, quem diria, acabou fazendo faxina. Calma, tem um contexto. No drama Entre Dois Mundos, de Emmanuel Carrère, a diva do cinema francês interpreta uma autora que pretende escrever sobre a precarizaç… ops, desculpem, modernização das relações de trabalho. Para tanto, adota uma identidade falsa a fim de passar seis meses trabalhando na limpeza de uma balsa que faz a travessia do Canal da Mancha. Conforme se familiariza com a vida dura daquelas mulheres e com sua invisibilidade, começa a questionar a ética de sua empreitada e seus próprios privilégios.

Com o vampiro de Nosferatu e o monstro palhaço de It no currículo, Bill Skarsgård tem experiência em botar medo nos outros. Agora é hora de provar do próprio remédio. Em Confinado, ele vive Eddie, um sujeito que, na hora do aperto, decide roubar um carro. Acha de deu sorte ao encontrar uma SUV de luxo destrancada em um estacionamento, sem saber que era um armadilha. Hermeticamente fechado, à prova de som e com vidros escuros e inquebráveis, o carro se converte numa câmara de torturas arquitetada pelo misterioso William (Anthony Hopkins) da qual Eddie vai lutar para sair com vida e sanidade.

Em 1º de novembro de 1755 um dos terremotos mais fortes já registrados – que, para piorar, provocou um maremoto – praticamente varreu Lisboa do mapa. E se a tragédia estivesse para se repetir? Essa é a premissa de Terremoto em Lisboa (ok, o título não é dos mais criativos), de Rita Nunes. Num futuro próximo, uma equipe de sismólogos avalia indícios de que um abalo tão forte quando o do século 18 está para atingir a capital portuguesa. A probabilidade é grande, mas os dados não são 100% conclusivos, deixando os cientistas e as autoridades no dilema entre alertar a população (e provocar pânico) ou contar com a sorte.

O que já era bom em 16mm ficou melhor ainda em 4K. Saneamento Básico – O Filme, deliciosa comédia dirigida por Jorge Furtado em 2007 volta às telas em formato digital. Em uma cidadezinha da Serra Gaúcha, um grupo pega uma verba federal – que deveria sem usada em um projeto audiovisual – para construir uma desejada fossa de esgoto para a comunidade. Porém, é necessário apresentar algum produto, o que leva à produção de um trash movie do estilo “tão ruim que é bom”. O trailer da versão aprimorada, porém, acabou atropelado pelos fatos: destaca “a indicada ao Oscar” Fernanda Torres, quando tem no elenco também o “melhor ator de Cannes” Wagner Moura.

Numa ilha isolada do Mar Negro, a população mantém uma série de superstições, em particular o temor dos ochi, criaturas monstruosas que vivem em cavernas profundas e atacam à noite. Cada geração é ensinada a odiá-los e aprender a combatê-los. Até uma menina encontra um filhote desses seres e descobre que o diabo não é tão feio quanto se pinta. Os vizinhos, porém, querem eliminar o monstro, enquanto a jovem luta para devolvê-lo a seu povo. Essa é a história de A Lenda de Ochi, aventura de fantasia da produtora A24.

Na onda nem sempre boa de revival dos anos 1980, O Refúgio começa com um medo comum daquele período: um ataque nuclear aos Estados Unidos. Um ex-integrante das forças especiais americanas foge com a família de uma Los Angeles devastada para encontrar abrigo em uma propriedade onde vive um grupo que se preparou para uma emergência desse tipo, com recursos, espaço e muitas armas. A experiência em combate faz dele bem-vindo, mas a chegada de outros refugiados faz aflorar um incômodo com a maneira como o líder da comunidade lida com o problema. No fim, prevalece a pegada conservadora e religiosa que marca as produções da Angel Studios.

E fechando a lista temos o documentário Ernest Cole: Achados e Perdidos, de Raoul Peck, retratando a vida e o trabalho do fotógrafo negro que, de forma pioneira, expôs ao mundo os horrores do apartheid na África do Sul.

Confira a programação completa nos cinemas das sua cidade. (AdoroCinema)

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