Por que o setor da beleza nunca para?
Mesmo em períodos de crise ou incerteza econômica, o setor de beleza mostra força. Essa resiliência tem até um nome próprio, o chamado “efeito batom”. Isso porque, historicamente, há uma relação entre grandes crises, como a do subprime em 2008, com a disparada nas vendas de batons. Não por vaidade, mas como resposta emocional, uma forma de pessoas reafirmarem autoestima e controle.
Na América Latina, a indústria da beleza cresceu 12% em 2024. O Brasil responde por 40% desse mercado e é o quarto maior consumidor mundial. Aqui a beleza é uma engrenagem econômica com mais de 7 milhões de empregos, capaz de gerar exportações para mais de 170 países. Dentro desse contexto, o Grupo L’Oréal tem papel relevante ao fazer no país a sede do único hub de Pesquisa e Inovação do grupo na região.
Somente a L’Oréal gerou mais de 43 mil empregos por aqui em 2023, sendo cerca de 3 mil diretos. Cada vaga dentro da empresa ainda teve grande efeito multiplicador, para em média outros 14 na economia. A cadeia de valor da empresa movimentou R$?19,5 bilhões no referido ano, numa engrenagem que inclui desde a produção industrial até o varejo, passando por profissionais autônomos, pequenas empresas e inovação.
Na prática, a operação latino-americana da empresa cresceu mais de 11% em 2024 e hoje responde por 8% das vendas globais. Brasil e México lideram o crescimento da marca na região, com papel estratégico não só em vendas, mas também em inovação, desenvolvimento sustentável e impacto social.
Enquanto avança nas prateleiras, a empresa também investe em sustentabilidade e inclusão. Toda a energia usada nas unidades brasileiras vem de fontes renováveis. O transporte passou a ser abastecido com biometano. E há investimento concreto na regeneração ambiental, com fundos globais destinados a projetos de restauração de áreas degradadas no país. No campo social, quase 14 mil mulheres foram capacitadas profissionalmente desde 2020.
Dados do IBGE ainda mostram que dos quase 15 milhões de MEIs no Brasil, 1,3 milhão são do setor de beleza, predominante entre os microempreendedores. E o empreendedorismo, por vezes, é o primeiro passo para a emancipação e autonomia financeira, sobretudo de mulheres e grupos minorizados.
Com essas evidências, é possível concluir que a indústria estética vai muito além do consumo e aparência. Ela é capaz de gerar renda, autoestima e inclusão. E ao somar diversidade e criatividade, se torna também um instrumento de reconstrução, inclusive da economia.