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Duas vibes bem distintas e shows que trocam de dias entre as duas cidades, mas ambos incríveis. No Rio, jazz, em São Paulo eltrônica expansiva. Mas vamos começar pelo Rio. Quando Samara Joy surgiu, começaram a pipocar as comparações com as grandes divas do jazz, Ella Fitzgeral, Sarah Vaughan. Mesmo com todo esse peso, a jovem cantora de Nova York encontrou um lugar próprio no panteão do jazz. No Rio, além de apresentar canções se seu álbum mais recente, Portrait, ela, que é fã de música brasileira promete cantar Flor de Lis, de Djavan. O show acontece no Vivo Rio, sábado, às 21h.

Outra boa pedida é o monólogo Prima Facie, com direção de Yara de Novaes, teve sua temporada carioca estendida até 19 de agosto no Teatro Clara Nunes. A peça de Suzie Miller tem como personagem principal Tessa, uma advogada criminalista de que, após sofrer violência sexual, tem um duplo caminho à frente: de um lado atravessar o sistema de justiça, e, de outro, confrontar seus próprios valores. Tessa é vivida por Débora Falabella, que levou os prêmios Shell e APCA pelo papel.

Já a exposição Reverbere, em cartaz no Futuros Arte e Tecnologia, que volta a abrir no sábado, é uma coletiva que traz trabalhos de 12 artistas de diferentes regiões do país, que transitam entre o analógico e o digital, o contemporâneo e o ancestral, para produzir obras em diferentes formatos, da escultura à instalação, passando pela arte sonora.

Falando em ancestralidade, a apresentação do produtor de música eletrônica Nicolas Jaar em São Paulo também traz um diálogo com suas raízes chilenas. Jaar vai apresentar músicas de seu último álbum Archivos de Radio Piedras, que expande os horizontes da house music que o consagrou. O show tem ainda abertura da chilena de origem mapuche Eli Wewentxu. Rola sábado na ARCA.

Outra boa pedida paulistana é o Festival Filmes Incríveis que começou na última quinta e vai até o dia 13 no Reag Belas Artes.  São filmes que fizeram bonitos nos principais festivais internacionais, mas raramente entram em circuito comercial. Para o fim de semana, minha dica são quatro filmes: o Rabia, de Mareike Engelhardt, Panoptikon, de George Sikharulidze, A Useful Ghost, de Ratchapoom Boonbunchachoke, e Buzzheart, de Dennis Iliadis.

Um espetáculo diferente que estreou nesta semana em São Paulo, na galeria Vermelho, é Contra a Parede, da Cia. ParaladosanjoS e direção de Idit Herman. Um encontro entre o butô e o rapel, em que cinco mulheres confrontam a verticalidade urbana. Uma proposta que é tanto plástica como reflexiva. Fica em cartaz até 22 de agosto, sempre às 18h, com retirada de ingressos gratuitos.

Mais dicas do que fazer em São Paulo nesta semana, na última edição da newsletter Ladrilho Hidráulico.