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O Brasil é potência da beleza

O Brasil vem se firmando cada vez mais como um protagonista global no setor de beleza. Em 2023, o país retomou o posto de terceiro maior mercado do mundo em higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. O avanço não é apenas em volume de consumo, mas também em representatividade, inovação e diversidade, o que nos posiciona no centro das decisões estratégicas da indústria.

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Com consumidores apaixonados, mas exigentes, o país transforma hábitos em potência econômica. Dados da NielsenIQ mostram que 72% dos brasileiros dizem que não deixariam de comprar cosméticos, mesmo em cenários adversos. Há também uma demanda crescente do público por representatividade, o que tem levado as marcas a ampliarem cartelas de cores e desenvolverem soluções específicas para diferentes texturas de cabelo. Um estudo da L’Oréal, por exemplo, identificou 55 das 66 tonalidades de pele humanas no Brasil. Essa pluralidade estética coloca o país como referência global em inclusão.

Dentro da beleza, o setor de maquiagem é um dos que mais crescem. Classificada como acessível e democrática, a categoria de color cosmetics tem previsão de alta anual de 8% até 2030. O crescimento se deve à penetração em novos públicos, ao barateamento de custos e à influência dos canais digitais, com destaque para o e-commerce, que cresce três vezes mais rápido que o varejo físico.

Outro vetor importante é a estética masculina. Tabus vêm sendo quebrados, e cresce a adesão de homens a produtos de cuidado pessoal e maquiagem leve. Com isso, marcas ampliam portfólios e comunicação para atender um público que busca autoestima e cuidado sem restrições de gênero.

Mas a inovação é fundamental no mercado brasileiro. Produtos multifuncionais, linhas com ativos da biodiversidade e cosméticos veganos já fazem parte da rotina nacional. As empresas costumam, inclusive, reforçar a imagem do país como exportador de soluções criativas e sustentáveis. E a força do mercado interno se reflete no desempenho externo. Em 2023, o Brasil exportou cosméticos para 176 países, gerando um superávit no setor químico. O interesse internacional pelo estilo brasileiro de beleza, baseado na naturalidade e pluralidade, transforma o país em plataforma de tendências.

Por isso, empreendedores do setor precisam ficar atentos às tendências dinâmicas desse mercado. O Brasil, então, não é um mercado promissor e sim um ator que dita os caminhos para a indústria global. Investir em formação, entender as transformações sociais e responder com agilidade às novas demandas é mais do que estratégico, e passa a ser essencial.

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