Cuidar de si é um ato coletivo
Um estudo publicado no Journal of Cosmetic Science mostrou que rotinas simples de cuidado com o corpo, como pentear o cabelo ou aplicar desodorante perfumado, estão associadas à melhora da autopercepção corporal e a uma redução significativa de sintomas de ansiedade. Outras pesquisas possuem resultados semelhantes, como em um experimento com práticas estéticas básicas, participantes relataram aumento de autoestima e bem-estar psíquico.
Além disso, rotinas de beleza , sejam tratamentos capilares ou cuidados faciais, elevam a autoestima e transformam a maneira como o indivíduo enxerga suas próprias qualidades. O Grupo L’Oréal, empresa global que se dedica a beleza há mais de 110 anos, constatou em uma pesquisa encomendada em 2022 que mais de 80% de homens e mulheres diziam que os rituais de beleza impactavam na sua autoestima.
Os impactos não se limitam ao indivíduo. Beleza é um ato coletivo. Pesquisas em atenção psicossocial do SUS destacam que atividades coletivas de estética e arte, como oficinas de autocuidado, grupos de dança ou artesanato, funcionam como espaços de convivência e pertencimento. Segundo os pesquisadores, esses ambientes são um “campo privilegiado para a construção de novas formas de estar-junto”. O efeito prático é que rotinas de beleza, muitas vezes vistas como banais, ajudam a criar vínculos sociais e laços de confiança, em especial em contextos de vulnerabilidade.
Comprometidos em empoderar a sociedade e contribuir com os principais desafios sociais, o Grupo L’Oréal apoia pessoas em situações em vulnerabilidade social, principalmente mulheres. Por meio do programa L’Oréal Para Mulheres, mais de 13 mil mulheres já foram impactadas com programa de profissionalização oferecidos pela companhia. Não se trata apenas de conhecimento técnico, é um passo para inclusão produtiva e para o empoderamento social.
A sociologia e a antropologia oferecem outra camada de leitura. Rituais de beleza, como banhos comunitários, maquiagem em festivais ou mesmo o ato de arrumar o cabelo de alguém, foram e são entendidos como práticas coletivas de solidariedade ao longo da história e presentemente. A antropologia acrescenta que esses rituais cotidianos de cuidado físico são comparáveis ao “social grooming” observado em primatas, em que o ato de limpar ou pentear cria coesão social. Pesquisas etnográficas mostram ainda que a estética do corpo pode ser usada como resistência às normas sociais, como nos movimentos que valorizam a diversidade corporal.
Em diversos aspectos da existência humana, as mais subjetivas, mas também as objetivas, mostram que a estética e o bem-estar não se restringem ao espelho. E por isso, empresas do setor também têm parte nesse processo. O Grupo L’Oréal, por exemplo, ao investir em pesquisa e ampliar o acesso a tratamentos e produtos de cuidado, não atua apenas no nível individual, mas reforça um segmento da economia que gera empregos, pode promover saúde mental, convivência e oportunidades. Ao aproximar ciência, mercado e cotidiano, iniciativas desse tipo ajudam a consolidar o autocuidado como um vetor de dignidade coletiva e compartilhada.