O futuro é bonito — e coletivo
Na indústria da beleza, uma transformação profunda está em curso. O setor vai deixando de ser apenas voltado à estética, e se posiciona como protagonista de uma nova visão de futuro, com mais tecnologia, mais diversidade, mais sustentabilidade e, com isso, mais humanidade. Empresas como o Grupo L’Oréal vêm liderando esse movimento ao desenvolver tecnologias que vão do uso de inteligência artificial para personalizar cuidados à criação de dispositivos inclusivos, que ampliam o acesso à beleza para todos os tipos de corpos e necessidades.
O uso de algoritmos, realidade aumentada e sensores inteligentes permitem diagnósticos precisos e soluções sob medida, respeitando as singularidades de cada pele, cabelo e preferência. Produtos que antes eram padronizados ganham versões personalizadas. Um exemplo é o HAPTA, dispositivo estabilizador de movimento que auxilia pessoas com dificuldade para levantar os braços. Criado pela L’Oréal, a ferramenta é um exemplo de como a inovação pode ser também inclusão.
Mas o setor vem reconhecendo como é imperativo se preocupar com responsabilidade ambiental. Se a indústria da beleza, já foi muito associada ao alto consumo de plástico e geração de resíduos, hoje embalagens recicláveis, refis reutilizáveis, fórmulas com ingredientes naturais e biodegradáveis são comuns. Na L’Oréal, ainda existe a meta de até 2030 garantir que a maioria dos produtos seja composta por materiais de origem biológica ou provenientes da economia circular.
Essa consciência ecológica também se estende ao pós-consumo. Programas de logística reversa, parcerias com cooperativas de catadores e investimentos em design ecológico garantem sustentabilidade do começo ao fim do ciclo. Além disso, a inovação tecnológica também se integra a esse aspecto a partir do uso de IA para formular produtos com menos desperdício de matéria-prima e energia.
A pluralidade dos rostos e corpos que consomem beleza também está transformando o setor. Marcas ampliaram suas cartelas de cores, deixaram de falar com “mulheres ideais” e passaram a ouvir pessoas reais, independente se são negras, brancas, trans, cis, gordas, idosas ou com deficiência. A comunicação das campanhas também exaltam a diversidade, indo além de estratégias publicitárias, mas sendo um reflexo de valores que têm guiado decisões internas e externas.
Essa ampliação de olhares não se limita a gênero ou cor da pele. O Grupo L’Oréal no Brasil, por exemplo, tem investido na criação de produtos que contemplam diferentes realidades culturais e regionais, compreendendo que beleza também é uma expressão local. Há no grupo a formação de equipes diversas, apoio a profissionais sub-representados e engajamento em causas sociais.
Complementando estes outros aspectos, há ainda a centralidade do bem-estar. A rotina de autocuidado, muitas vezes tida como vaidade superficial, revela-se cada vez mais como um ritual de saúde emocional em meio à rotina corridas, estresse e questionamentos acerca da própria beleza. Cuidar da pele, aplicar um creme ou fazer uma máscara se transformou em um momento de pausa, conexão e autoacolhimento. A ciência já provou que essas práticas estão ligadas à melhora da autoestima, à redução da ansiedade e até ao fortalecimento da confiança.
Por isso, o futuro da beleza não se resume a tendências de moda. O caminho aponta para um movimento estrutural e generalizado de conectar ciência, sensibilidade, meio-ambiente e inclusão. Um setor que, ao mesmo tempo, em que oferece sim ganhos estéticos, não se limita a ele, pois também propõe mudanças no modo como nos relacionamos com nós mesmos, com os outros e com o planeta. A beleza contemporânea é, portanto, uma força coletiva que espelha os desafios do presente e antecipa os contornos de um amanhã mais bonito.