Carta do Leitor: Davi Pires

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Um momento de desequilíbrio das forças sociais e uma polarização, como poucas vezes se viu neste país, certamente, não deve ser o melhor momento para se estabelecer a lei e os princípios fundantes do Estado e da Sociedade.

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É importante verificar, também, quem, até então, surge como propositor da nova constituinte. Salvo melhor juízo, Modesto Carvalhosa, Flávio Bierrenbach e José Carlos Dias, o sociólogo Simon Schwartsman e o economista Raul Velloso, falam de um lado bem específico e determinado do cenário político nacional. Aqui não vai crítica ao Estadão, que joga claro, desenvolve o tema na linha editorial (e não esconde sua opção liberal e conservadora), mas chama a atenção o fato de tema tão importante não ter debate suficiente em outros veículos e, principalmente, sem que se dê voz aos trabalhadores e aos cidadãos que têm muito a perder com o sepultamento da “Constituição Cidadã” e sua substituição por uma Constituição Liberal, que pressuponha um modelo de Estado em que o investimento social seja visto como gasto, o direito trabalhista como entrave burocrático e as liberdades democráticas e manifestações da sociedade como distorções a serem cerceadas.

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