O país de olhos postos em Moraes

Receba as notícias mais importantes no seu e-mail
Assine agora. É grátis.
O julgamento da ação penal que investiga a trama golpista e pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a mais de 40 anos de prisão terá hoje um dos seus capítulos mais importantes e esperados: o voto do ministro relator do processo, Alexandre de Moraes. Ele será o primeiro dos cinco ministros da 1ª Turma do STF a dar seu parecer, e a expectativa é de que Moraes use entre três e quatro horas para ler seu voto. A decisão de Moraes será a primeira e deve, de alguma forma, influenciar a decisão dos demais ministros. A sentença final, no entanto, só deve ser proferida na sexta-feira, após todos os ministros votarem e definirem qual pena será imputada a cada um dos acusados do que ficou conhecido como “núcleo crucial” da trama golpista. Há pouca expectativa de absolvição para os réus, em especial o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é considerado o líder da organização criminosa que planejou o malsucedido golpe de Estado. O próprio Bolsonaro tem dito a aliados saber que será condenado, mas revelou o temor de cumprir a pena em regime fechado. (CNN Brasil)
A audiência que será retomada nesta terça-feira vai se estender por toda a semana, com sessões diárias no Supremo Tribunal Federal até a sexta. De acordo com a ordem, depois de Alexandre de Moraes, vota o ministro Flávio Dino, seguido por Luiz Fux e, depois, pela ministra Cármen Lúcia. O último a proferir seu voto é o presidente da 1ª Turma do STF, o ministro Cristiano Zanin. A expectativa é de que todos os ministros tenham votado até o final do dia de quarta-feira, mas há a possibilidade de que a votação se estenda até quinta-feira. (g1)
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu que nesta semana não haverá sessões presenciais em Brasília. Motta determinou que as sessões sejam remotas e liberou os deputados a ficarem em suas bases até sexta-feira. De acordo com os líderes partidários, além de tentar reduzir a pressão pela entrada do PL da Anistia na pauta, Motta também quer evitar que as tensões na Câmara ultrapassem o bom senso. (Valor)
O Planalto, por sua vez, quer que seus ministros pressionem a base do governo no Parlamento para que pautas de teor popular entrem na pauta nesta semana em que poucos deputados estarão em Brasília. Em reunião com diversos ministros de partidos do centrão, como o MDB, União Brasil e PSD, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reforçou que o governo pretende levar à pauta o projeto que prevê isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. (Metrópoles)
Enquanto se preparam para os momentos finais do julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro, ministros do STF dedicaram parte da segunda-feira para repercutir as falas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no ato de 7 de setembro na Avenida Paulista, em São Paulo. Para ministros do STF, Tarcísio implodiu as pontes que havia construído com a cúpula do Judiciário ao afirmar que o ministro Alexandre de Moraes é um tirano e que não existem provas para condenar Bolsonaro. (Estadão)
Depois de vários dias em silêncio, o governo americano voltou a se posicionar contra o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e a atacar o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Desta vez, coube ao subsecretário do Departamento de Estado, Darren Beattie, a tarefa de ir até o X para publicar um post sobre o Brasil. Citando os 203 anos de independência do país, Beattie afirmou que os Estados Unidos mantêm o compromisso de apoiar o povo brasileiro que busca preservar os valores de liberdade e justiça. (Terra)
Na cúpula do Brics, Lula criticou a política de retaliação de Donald Trump, a classificando como “chantagem tarifária” usada para conquistar mercados e interferir em assuntos internos de outros países. O presidente brasileiro alertou para a ameaça que medidas unilaterais e sanções extraterritoriais representam às instituições e à liberdade comercial dos países em desenvolvimento. Em tom alinhado ao do presidente chinês, Xi Jinping, Lula acusou os EUA de enterrar os princípios do livre-comércio e reiterou a defesa do multilateralismo. Também defendeu regulação global das big techs e soberania digital, afirmando que sem isso os países seguirão vulneráveis à manipulação estrangeira. (Folha)
O governo de Israel ordenou nesta terça-feira a evacuação da Cidade de Gaza, onde vivem cerca um milhão de palestinos. Segundo Avichay Adraee, um dos porta-vozes das Forças Armadas israelenses, os militares vão atuar na cidade com “grande força” contra o Hamas, e os moradores devem deixar o perímetro urbano “para sua própria segurança”. (CNN)
“Que bom esse registro vai ficar pra história do nosso país.” O comentário é de um dos milhares de assinantes que já assistiram a O Julgamento do Século no streaming do Meio. O documentário exclusivo que expõe, com detalhes inéditos, a trama da tentativa de golpe liderada por Jair Bolsonaro e militares aliados. Assine o Meio Premium e tenha acesso a essa produção essencial para entender o momento decisivo que nossa democracia atravessa.
Carteira Alternativa
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) têm ganhado espaço nas carteiras por aliarem renda fixa com rentabilidade elevada, isenção de IR e lastro em projetos imobiliários, como prédios, loteamentos e empreendimentos comerciais. Esses papéis financiam o setor e distribuem aos investidores parcelas do fluxo de caixa dos projetos, em pagamentos mensais ou trimestrais. Com juros ainda altos e perspectiva de fim da isenção fiscal em 2026, investidores têm antecipado aportes para garantir bons retornos por prazos longos, geralmente de até 15 anos. Exemplos como o CRI Gran Vellas Wind (IPCA + 13,75% até 2029) e o CRI Harmony Ipeúva (CDI + 6,5% até 2029) reforçam essa tendência. (PeerBR)
Após dois anos de saídas líquidas, os ETFs, fundos de investimento negociados na bolsa que replicam o desempenho de um índice, voltaram a atrair investidores no Brasil. Em 2025, esses ativos já somam entrada líquida de R$ 6,25 bilhões, puxada principalmente pelos fundos de renda fixa, que responderam por 71% da captação e a quantidade de investidores saltou 31% no primeiro semestre, para 61 mil. Ainda que os ETFs de renda variável tenham o dobro do patrimônio da renda fixa, especialistas acreditam que a tendência é de reversão, com possível corte da Selic no final do ano ou começo de 2026. (NeoFeed)
A expectativa de que o Federal Reserve corte os juros em sua próxima reunião, nos dias 16 e 17 de setembro, se tornou praticamente consenso. O mercado precifica em torno de 85% a chance de um corte de 0,25 ponto porcentual e, pouco menos de 15% dos operadores passaram a apostar até em afrouxamento de 0,50 ponto. Para o Brasil, a mudança nos juros americanos pode trazer efeitos relevantes nos racionais de investimentos. Com o retorno menor dos títulos do Tesouro dos EUA, aumenta o apetite por ativos de risco em economias emergentes, como o Brasil, o que pode fazer a entrada de capital estrangeiro crescer. Hoje, estrangeiros representam até 70% das negociações na bolsa de valores. O movimento também dá mais espaço para cortes na Selic, favorecendo títulos prefixados e atrelados à inflação. (Bora Investir)
Viver
Dados do Cadastro Único (CadÚnico) mostram que cerca de 14 milhões de pessoas superaram a linha de pobreza no Brasil nos últimos dois anos. O levantamento não inclui o repasse do Bolsa Família, mas apenas a renda gerada pelos cadastrados no programa do governo federal, que dá acesso a benefícios sociais. São 19,5 milhões de famílias vivendo em situação de pobreza, ante as 26 milhões registradas em março de 2023, uma redução de 25%. Também houve uma queda de 20% no grupo de baixa renda no mesmo período, enquanto teve aumento de 67% entre famílias classificadas na faixa mais elevada, com renda acima de meio salário mínimo. (Globo)
Após mudar de nome e aumentar em 90 vezes os valores das diárias durante a Cúpula do Clima da ONU, o Hotel COP30 de Belém, antigo Hotel Nota 10, não fechou nenhuma reserva para os dias do evento, que ocorre em novembro. Sem encontrar hóspedes para seus 17 quartos, os proprietários pretendem alugar o edifício inteiro para alguma delegação estrangeira. (g1)
Materiais que seriam jogados no lixo tornaram-se móveis e utensílios que atualmente compõem a decoração de um hotel em Bali, na Indonésia. Antes descartados, os objetos foram transformados em cadeiras, bandejas, vasos e porta-copos pelo designer inglês Max Lamb, em colaboração com artesãos balineses. As peças de mobiliários foram produzidas a partir de roupas de cama velhas, garrafas quebradas, flores murchas e até conchas de ostras. O hotel, que está entre os 50 melhores do mundo, estima que 99,5% de seus resíduos sejam reciclados. (Um Só Planeta)
Panelinha no Meio. Não basta transformar o purê de batatas com carne moída e fazer uma torta madalena. Damos um passo a mais e acrescentamos geleia (neste caso, de maçã) para dar um toque agridoce e elevar ainda mais o sabor.
Cultura
Morreu, nesta segunda-feira, a cantora e compositora Angela Ro Ro, aos 75 anos. Ela estava internada desde junho com uma infecção pulmonar grave. De voz inconfundível e um estilo que misturava blues, samba-canção, bolero e rock, tornou-se um dos nomes mais autênticos da MPB. Angela estudou piano clássico aos 5 anos, começando a carreira artística na década de 1970, na Itália, quando fez uma participação no álbum Transa, de Caetano Veloso, tocando gaita. De volta ao Brasil, fez apresentações em casas noturnas e foi contratada pela gravadora Polygram/Polydor. O primeiro sucesso nacional foi em 1980, com Amor, Meu Grande Amor. (g1)
A Academia Brasileira de Cinema divulgou nesta segunda-feira os seis longas finalistas para representar o Brasil na disputa do Oscar de melhor filme internacional em 2026. A pré-lista conta com O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho; O Último Azul, de Gabriel Mascaro; Manas, de Marianna Brennand; Baby, de Marcelo Caetano; Kasa Branca, de Luciano Vidigal, e Oeste Outra Vez, de Erico Rassi. O escolhido será apresentado no próximo dia 15, tendo como favoritos O Agente Secreto, que levou os prêmios de melhor diretor e ator no Festival de Cannes, e O Último Azul, vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim. (Folha)
Uma nova obra do enigmático artista de rua Banksy foi vista na lateral do prédio do Royal Courts of Justice, no centro de Londres. A pintura com estêncil mostra um juiz com sua tradicional peruca judiciária e toga batendo em um manifestante no chão com o martelo do tribunal, enquanto seu cartaz é retratado sujo de sangue. O mural é visto dois dias após 890 pessoas serem presas em um protesto na cidade contra a proibição do grupo Ação Palestina. O grafite foi coberto por placas e barreiras metálicas. Autoridades do tribunal disseram que a obra será removida por se tratar de um edifício tombado, sendo “obrigado a manter seu caráter original”. (BBC)
Cotidiano Digital
O Google começou a liberar nesta segunda-feira no Brasil o Modo IA, uma nova aba de busca que entrega respostas diretas às perguntas dos usuários, em vez de mostrar apenas links. O recurso, que usa inteligência artificial para compilar resumos de centenas de páginas, já causou queda no tráfego de sites jornalísticos nos EUA, o que levantou um debate e preocupação dos veículos. Segundo a Similarweb, veículos como HuffPost e Washington Post perderam metade dos acessos por buscas orgânicas. A nova ferramenta estará disponível na web e em aplicativos móveis. (UOL)
Pesquisadores atuais e ex-funcionários da Meta entregaram ao Congresso americano milhares de páginas que, segundo eles, mostram que a empresa suprimiu e remodelou pesquisas sobre riscos a crianças e adolescentes em seus dispositivos e aplicativos de realidade virtual. Um caso citado narra que, após uma entrevista na Alemanha em 2023, um adolescente relatou propostas sexuais ao irmão menor de 10 anos nos óculos da empresa e então a chefia teria ordenado apagar gravações e anotações. A Meta nega censura ou proibição de pesquisas com menores de idade, mas aponta que as exclusões dos registros desses relatos atendem a leis de privacidade. (Washington Post)
Um novo recurso do Spotify agora permitirá que os usuários filtrem sua biblioteca por atividade, humor ou gênero e também que encontrem playlists, podcasts ou audiolivros com base nesses critérios. A ferramenta, por enquanto restrita a usuários Premium dos EUA, Reino Unido e Austrália, se soma a uma leva de lançamentos voltados à personalização do streaming, como os prompts de IA para criar playlists e interações com o DJ virtual. Embora essas novidades reforcem a proposta do Spotify como um aplicativo musical centrado em experiência, críticas têm crescido sobre a interface carregada, que lembra as redes sociais tradicionais. (TechCrunch)
A diferença entre quem entende e quem apenas opina está no conhecimento. No Meio Premium + Cursos, você tem acesso a uma biblioteca completa de aulas com grandes especialistas em história, política, tecnologia e sociedade. Por apenas R$ 70, transforme sua curiosidade em aprendizado e forme sua própria visão sobre os temas que moldam o mundo. Assine agora.