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História de Bruce Springsteen supera os sustos nas telas

Jeremy Allen White encarna Bruce Springsteen em um momento crucial da carreira do artista. Foto: Divulgação

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O que mais um garoto pobre pode fazer além de cantar numa banda de rock? Tudo bem, a pergunta é de Street Fighting Man, dos Rolling Stones, mas é uma descrição perfeita de Bruce Springsteen, que saiu das ruas de Nova Jersey para levar aos palcos as angústias da classe operária dos Estados Unidos. The Boss, como é conhecido, é o protagonista da principal estreia da semana nos cinemas, Springsteen: Salve-me do Desconhecido, escrito e dirigido por Scott Cooper a partir do livro homônimo de Warren Zanes. Não se trata de uma cinebiografia ampla, mas de um recorte, a gravação do seminal Nebraska, álbum de 1982, quando o cantor desafiou a gravadora e as fórmulas de sucesso e lançou dez canções gravadas só por ele em um quarto de hotel com um violão, um bandolim e um sintetizador. Jeremy Allen White, que a rigor não se parece nada com Bruce, encarna o artista à perfeição, especialmente nas cenas de shows. Obrigatório para os fãs do Boss e mais ainda para quem não é — um bom momento para mudar de opinião.

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Mas, como o Halloween está aí, quatro filmes de terror chegam hoje às telonas, com destaque para duas produções brasileiras. Selton Mello e Marjorie Estiano estrelam Enterre Seus Mortos, de Marco Dutra, baseado no livro de Ana Paula Maia. Mello vive Edgar, encarregado de remover animais mortos das estradas de uma cidade do interior ao lado de Tomás (Danilo Grangheia), um ex-padre excomungado, e namora a chefe, Nete, vivida por Marjorie. Um dia, Edgar foge de sua rotina e, aparentemente, põe em movimento um caos reconhecido por Tomás como o Apocalipse.

A Própria Carne, de Ian SBF, se passa durante a Guerra do Paraguai (1864-1870). Três desertores do Exército Imperial, um negro e dois brancos, matam um oficial e se embrenham pela mata até chegarem a uma fazenda onde vive um velho e sua criada. Como não existia cinema na época, eles não conheciam todos os clichês de filmes de terror e buscam refúgio na casa. O fazendeiro, claro, é mais do que parece, e vai transformar em realidade todos os pesadelos dos desertores, talvez para convencê-los que morrer no campo de batalha não era tão mau negócio assim.

Falando em clichês de terror, um dos argumentos mais manjados no gênero é a casa assombrada na qual só um morador se dá conta da presença maléfica e do domínio que ela vai exercendo, mas não consegue explicar aos outros o que está acontecendo. O que torna Bom Menino diferente, é que o herói é Indy, um cãozinho que se muda com seu tutor para uma casa da família deste onde uma morte trágica aconteceu. Indy vai descobrir que precisa de mais que fofura e um rabo abanando para combater o mal.

Mais convencional é Terror em Shelby Oats, onde uma mulher chamada Mia vive o luto com o desaparecimento de Riley, sua irmã mais nova, youtuber especializada em sobrenatural. Um belo dia, um homem aparece em sua casa, bate à porta e, quando ela abre, mete uma bala na própria cabeça. Na mão do (agora) morto, uma fita de handycam traz informações que dão a entender que Riley pode estar viva no lugar chamado Shelby Oats. Como boa personagem de filme de terror, Mia vai tentar resolver sozinha o mistério. Se o Pica-Pau, digo, Mia tivesse procurado as autoridades, nada disso teria acontecido.

Mas nem só de medo vivem as estreias da semana. De Portugal vem o tocante A Memória do Cheiro das Coisas, de António Ferreira. Arménio é um octogenário em uma casa de repouso às voltas com o vício em cigarros, a fragilidade física e as reminiscências das guerras coloniais dos anos 1960 e 70, quando o governo português tentou impedir na bala a independência das colônias africanas. Seus preconceitos vão aflorar quando chega sua nova cuidadora, Hermínia, uma imigrante angolana. Mas, aos poucos, uma relação de confiança e até amizade vai se estabelecer entre eles.

Relações entre diferentes também é o tema de Sonhos, de Michael Franco. A premiada Jessica Chastain vive Jessica, uma socialite que se envolve com um bailarino mexicano, imigrante ilegal nos Estados Unidos. Ela apoia sua carreira e luta para que fique no país, ao mesmo tempo em que reluta a assumir a relação e enfrentar os preconceitos sociais e a xenofobia de seus amigos e sua família.

Amor internacional pontua também a produção francesa Amor Apocalipse, da cineasta e roteirista Anne Émond. Preocupado com os destinos no planeta, o gentil Adam (Patrick Hivon), um dono de canil, desenvolve ansiedade climática e compra uma “lâmpada solar terapêutica”. Insatisfeito com o produto, ele telefona para o atendimento ao consumidor, nos Estados Unidos, travando contato com a atendente Tina (Piper Perabo), que consegue acalmá-lo. Um acontecimento grave os reúne e faz brotar um amor improvável.

Confira a programação completa nos cinemas da sua cidade. (AdoroCinema)

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