Algumas das festas mais quentes da quarentena estão nos games

Numa sexta recente, milhares de de pessoas se encontraram no terraço de um club da moda no Brooklin para ouvir um show do grupo de música eletrônica canadense Crystal Castles. A festa não violava nenhuma das regras de distanciamento social de Nova York. Era um show virtual, dentro do Minecraft. Neste caso, recriando o Elsewhere, club underground da região de Bushwick. No Minecraft, o club se chama Elsewither. Uma colaboração do club com uma turma de engenheiros e uma animada festa LGBTQ itinerante de Los Angeles.

Em 8 de maio, umas 2.400 pessoas visitaram a Elsewither entre seis da tarde e meia noite para ouvir shows do Pussy Riot, Rina Sawayama, uma cantora pop japonesa e a nossa Pabllo Vittar, além de 18 outros artistas. O show foi transmitido ainda via streaming para outras 30 mil pessoas que assistiam pelo Twitch, a plataforma de transmissão de vídeos de games comprada pela Amazon em 2014. Nesses dias em que começa a bater uma fatiga das festas pelo zoom, games começam a se tornar uma experiência interessante para curtir uma festa durante a quarentena.

Assista: apresentação da banda de rock American Football na Elsewither mês passado. (Youtube)

Enquanto alguns preferem essa experiência de clubs menores, em que se conhece os habituês, outros gostam de grandes festivais. Estes também estão rolando por aí. O Fortnite, que já tinha lançado a moda no começo do ano passado, quando fez um show do Dj Marshmello (Youtube) para mais de 10 milhões de pessoas, bateu seu recorde no final de abril com o show de Travis Scott, que foi visto por 14 milhões (Youtube).

Aqui no Brasil, o Avakim Life, game para celular, transmitiu o primeiro show virtual de um artista de rap brasileiro, o Haikaiss, que ficou disponível no jogo entre os dias 15 e 17 de março. Cerca de 2,5 milhões de pessoas assistiram, ao menos, parte do show enquanto ele esteve no ar.

Podcast. Carlos Estigarribia, da Avakin Life pro Brasil e América Latina, e Gabriel Amaral, da Som Livre,  contam detalhes da ação e debatem o que pode vir por aí.

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O liberalismo ausente

15/05/24 • 11:09

Nas primeiras semanas de 2009, o cientista político inglês Timothy Garton Ash publicou no New York Times um artigo sobre o discurso de posse de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos. “Faltava apenas”, ele escreveu, “o nome adequado para a filosofia política que ele descrevia: liberalismo.” A palavra liberalismo, sob pesado ataque do governo Ronald Reagan duas décadas antes, passou a representar para boa parte dos americanos uma ideia de governo inchado e incapaz de operar. Na Europa continental e América Latina, segue Ash, a palavra tomou o caminho contrário, representando a ideia de um mercado desregulado em que o poder do dinheiro se impõe a um Estado fraco. Não basta, sequer, chamar a coisa só de liberal. É preciso chamá-la neoliberal. Desde final dos anos 1970, já são quarenta anos de um trabalho de redefinição forçada do que é liberalismo, uma filosofia política de três séculos e meio pela qual transitaram algumas dezenas de filósofos e economistas de primeiro time. O sentido do termo se perdeu de tal forma no debate público, que mesmo muitos dos que se dizem liberais não parecem entender que conjunto de ideias representam.

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