Como funciona o algoritmo do TikTok

O TikTok é hoje a nova moda no mundo das redes sociais. Com vídeos curtos e virais, atraem gente com todo tipo de interesse para a plataforma chinesa. Um dos grandes motivadores para isso é a facilidade para produzir e editar vídeos de boa qualidade. Mesmo crianças consegue usar o app, mas não é só. O algoritmo de recomendação funciona de forma extremamente eficiente, mesmo que você seja novo por lá, indicando vídeos que mantém qualquer um grudado na tela.

Até recentemente, ninguém sabia bem como esse algoritmo funcionava, levando muita gente a espalhar diversas ideias e teorias das mais loucas sobre ele. Uma das coisas que chama a atenção é que o app indica vídeos com muitos likes, mas outros vídeos com poucos likes. Isso sempre intrigou os fãs. Essa semana a empresa divulgou em seu blog um post que explica como funciona o misterioso algoritmo.

Quando um vídeo novo é postado, ele imediatamente é exibido para um grupo inicial de usuários. A partir daí, o algoritmo acompanha uma série de sinais de como os usuários interagem com o vídeo e, a partir daí, apresenta o conteúdo para outros usuários com interesses similares. Um dos principais sinais que o algoritmo analisa é se os usuários assistiram o vídeo até o final. Likes e compartilhamento de vídeos são também considerados. Já detalhes como a origem do país país de quem assiste são considerados sinais fracos. Fazem efeito, mas menos que os outros. A quantidade de seguidores de uma conta não é levada em consideração, mas se você segue uma conta, isso é um sinal para o algoritmo.

Quando um novo usuário entra na plataforma, ele dá, logo de cara, com uma série de categorias de interesse que servem para montar a primeira leva de vídeos que vai ser apresentada. Caso o usuário não escolha nenhum interesse, o algoritmo escolhe uma seleção diversa de vídeos populares, para a partir deles acompanhar as interações e aprender sobre as preferências daquele usuário. Por isso, a melhor forma de otimizar a curadoria do que está aparecendo, é usar a plataforma: quanto mais vídeos você assiste, compartilha, ou mesmo marca como ‘não interessa’, mais o algoritmo aprende.

Um dos desafios buscados é o da diversidade. Já é sabido que algoritmos de recomendação tendem a produzir bolhas, em que só o mesmo tipo de conteúdo é apresentado, de forma cada vez mais radical. Para evitar isso, de tempos em tempos, o algoritmo do TikTok apresenta de forma intencional um vídeo que não seria recomendado para aquele usuário. É uma forma de apresentar novas categorias de conteúdo e novos criadores. Ao que parece, está funcionando bem.

Assista: Uma compilação dos melhores vídeos do TikTok de junho.

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O liberalismo ausente

15/05/24 • 11:09

Nas primeiras semanas de 2009, o cientista político inglês Timothy Garton Ash publicou no New York Times um artigo sobre o discurso de posse de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos. “Faltava apenas”, ele escreveu, “o nome adequado para a filosofia política que ele descrevia: liberalismo.” A palavra liberalismo, sob pesado ataque do governo Ronald Reagan duas décadas antes, passou a representar para boa parte dos americanos uma ideia de governo inchado e incapaz de operar. Na Europa continental e América Latina, segue Ash, a palavra tomou o caminho contrário, representando a ideia de um mercado desregulado em que o poder do dinheiro se impõe a um Estado fraco. Não basta, sequer, chamar a coisa só de liberal. É preciso chamá-la neoliberal. Desde final dos anos 1970, já são quarenta anos de um trabalho de redefinição forçada do que é liberalismo, uma filosofia política de três séculos e meio pela qual transitaram algumas dezenas de filósofos e economistas de primeiro time. O sentido do termo se perdeu de tal forma no debate público, que mesmo muitos dos que se dizem liberais não parecem entender que conjunto de ideias representam.

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