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Bolsonaro dobra a aposta em Ribeiro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu ontem em defesa de seu ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro. Em sua live semanal, ele afirmou que “bota a cara no fogo” pelo ministro. Ribeiro está sob ataque após a divulgação de um áudio em que ele diz a prefeitos que, a pedido de Bolsonaro, os pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura intermediavam os repasses de verbas do MEC. Ribeiro depois negou o conteúdo do áudio. (Poder360)

TCU e PGR vão investigar ‘gabinete dos pastores’ no MEC

Após a divulgação de um áudio em que dizia repassar verbas a municípios indicados por dois pastores a mando do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, se vê às voltas com duas investigações. O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu ontem fiscalizar a estrutura responsável pela transferência de recursos no ministério. Em outra frente, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para abrir um inquérito contra Ribeiro. A decisão caberá à ministra Cármen Lúcia, que já relata pedidos de investigação do caso feitos por parlamentares. (g1)

Propinas por verbas do MEC foram cobradas até em ouro

No que depender de Jair Bolsonaro, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, vai passar incólume pela divulgação de um áudio em que admite a prefeitos que dois pastores evangélicos indicados pelo presidente controlam a liberação de verbas da pasta. Segundo Guilherme Amado, interlocutores dizem que Bolsonaro, pelo contrário, vê o ministro, que também é pastor, fortalecido pelo episódio, pois comprova seu empenho em atender à base evangélica. (Metrópoles)

Bolsonaro determinou que pastores controlem verbas do MEC

Por orientação do presidente Jair Bolsonaro (PL), dois pastores evangélicos ditam a liberação de recursos do MEC para obras de creches, escolas, quadras ou para compra de equipamentos de tecnologia. A admissão foi feita pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, também pastor, em reunião com prefeitos e está registrada em áudio. “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do (pastor) Gilmar”, disse ele. Desde 2021, Gilmar Santos e Arilton Moura, pastores próximos de Bolsonaro, negociam a liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo Centrão. “Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, disse Ribeiro, ressaltando que a contrapartida é o apoio na construção de igrejas. (Folha)

Após atender STF, Telegram volta a ser liberado no Brasil

Após meses de ameaças para que o aplicativo russo Telegram cumprisse as leis brasileiras, o ministro do STF Alexandre Moraes enquadrou a empresa. Atendendo a um pedido da PF, ele determinou na noite de quinta-feira que aplicativo fosse bloqueado no Brasil e só permitiu que voltasse na noite de ontem. Entre as exigências estavam a nomeação de um representante oficial no país e a retirada do ar dos links vazados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) com um inquérito sigiloso da PF sobre um ataque hacker ao TSE. O trabalho foi intenso, durante o fim de semana, na sede do aplicativo em Dubai. Entre os anúncios feitos sábado e domingo pela plataforma, que viabilizam seu retorno à operação, está a nomeação do advogado Alan Campos Elias Thomaz como representante legal da companhia no país. (g1)

Putin chama de traidores os russos contra a guerra

Enfrentando uma resistência maior que a esperada por parte das tropas ucranianas, o presidente Vladimir Putin endureceu o discurso... contra os próprios russos, ou pelo menos os que se manifestam contra a invasão do país vizinho. “O povo russo sempre saberá distinguir os verdadeiros patriotas da escória e dos traidores e os cuspirá na sarjeta como insetos”, bradou, em pronunciamento na TV. A retórica, dizem especialistas, tenta contrabalançar a frustração crescente com o desenrolar da guerra e com as dificuldades impostas pelas sanções do Ocidente. (ABCNews)

Rússia e Ucrânia têm esboço para acordo de cessar-fogo

Com a guerra entrando em sua quarta semana, o governo da Ucrânia acusou a Rússia de bombardear um teatro que servia de abrigo para centenas de pessoas na cidade portuária de Mariupol, uma das mais atingidas pela invasão. Os russos, segundo Kiev, também teriam tomado um hospital e feito reféns cerca de 400 médicos, funcionários e pacientes. Em Washington, o presidente Joe Biden chamou o russo Vladimir Putin de criminoso de guerra, o que foi classificado como “retórica imperdoável” pelo Kremlin. A declaração aconteceu após o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, falar por vídeo ao Congresso dos EUA, comparando a invasão russa aos atentados de 11 de setembro de 2001. (Guardian)

Três chefes de governo europeus visitam Kiev sob risco

Com mais uma rodada de negociações com a Rússia marcada para hoje, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, fez ontem um aceno ao dizer que seu país não vai aderir à Otan, possibilidade apontada como um dos motivos para a invasão russa. “Por anos nós ouvimos sobre uma ‘porta aberta’ (à Otan), mas também ouvimos que não poderemos entrar. E essa é uma verdade que precisamos aceitar”, disse ele. Ainda no campo diplomático, os primeiros-ministros da Polônia, da Eslovênia e da República Tcheca, todas integrantes da Otan, fizeram ontem uma perigosa viagem de trem até Kiev para declarar pessoalmente seu apoio aos ucranianos. (Guardian)

“A Ucrânia está sendo dizimada”, diz secretário-geral da ONU

A Ucrânia está sendo dizimada diante dos olhos do mundo. A declaração, bem mais contundente que o tom costumeiro na diplomacia, veio ontem do secretário-geral da ONU, António Guterres, para quem o impacto da guerra sobre os civis está atingindo proporções assustadoras. “A cada hora, duas coisas ficam claras. Primeiro, a situação está piorando. Segundo, essa guerra não terá vencedores, apenas perdedores”, disse ele a jornalistas. Guterres acrescentou que a Rússia já atacou 24 unidades médicas e outras instalações civis de infraestrutura. (New York Times)

Novas negociações de paz trazem discreto otimismo

Pela primeira vez desde o início das negociações entre Ucrânia e Rússia, os representantes dos dois lados dizem que os encontros estão sendo “mais produtivos”. Mykhailo Podolyak, assessor presidencial e integrante da delegação ucraniana, acredita que será possível chegar a resultados concretos “literalmente em alguns dias”. O russo Leonid Slutsky foi na mesma linha e disse à TV de seu país que está havendo “progresso significativo” que pode levar à “assinatura de documentos” pelos dois lados. (Washington Post)