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Caio Mello

Redator do Meio. Jornalista formado pela Cásper Líbero, onde foi coautor de um livro sobre ocupações urbanas do Centro de São Paulo para o Trabalho de Conclusão de Curso. Tem experiência em cobertura política e econômica, passando por redações e veículos de rádio, além de ser pós-graduando em Ciência Política.

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IPCA-15 sobe 1,23% em fevereiro, com alta na energia e educação

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, acelerou para 1,23% em fevereiro, após subir 0,11% em janeiro. Apesar da alta, o número veio abaixo das expectativas de economistas do mercado financeiro, que projetavam alta de quase 1,40%. Ainda assim, foi a maior alta mensal desde abril de 2022. No ano, o indicador subiu 1,34%, e nos últimos 12 meses, 4,96%. Com alta de 4,34%, o segmento de Habitação foi o que mais impactou o índice no mês, respondendo por 0,63 ponto percentual, devido à alta de 16,33% na energia elétrica residencial. Educação também pressionou a inflação ao subir 4,78%, com reajustes em mensalidades: 7,50% no ensino fundamental, 7,26% no médio e 4,08% no superior. Considerado um dos principais problemas do governo Lula, a inflação de Alimentação e Bebidas avançou 0,61% no mês, após ter subido 1,06% em janeiro. Desta vez, a maior variação foi da cenoura, que subiu 17,62% e do café moído, custando 11,63%. Enquanto isso, a batata-inglesa recuou 8,17%, o arroz, 1,49%, e as frutas, 1,18%. Além disso, o grupo de Transportes teve alta de 0,44%, com combustíveis subindo 1,88%, após o reajusta do ICMS, imposto estadual que incide nos preços. Regionalmente, a maior variação foi em Recife (1,49%), enquanto Goiânia teve a menor (0,99%).

Focus: mercado piora projeções de inflação para 2025 e 2026

Analistas do mercado financeiro voltaram a elevar as previsões de inflação para 2025 e 2026, segundo dados do Boletim Focus, divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central. Agora, a perspectiva de inflação chegou a 5,65% neste ano, ainda mais distante do teto da meta e 19º alta consecutiva. Para 2026, a projeção subiu pela nona semana consecutiva, para 4,40%. Diretamente ligado à inflação, a taxa básica de juros, atualmente em 13,25%, deve chegar a 15% ao fim de 2025, com alívio lento nos anos seguintes e em linha com as últimas previsões. No crescimento econômico, o mercado segue prevendo expansão modesta do Produto Interno Bruto (PIB) 2,01% em 2025 e 1,70% em 2026. Já as previsões para o câmbio ficaram praticamente estáveis, mas houve leve recuo na expectativa de cotação do dólar em 2025, que saiu de R$ 6 para R$ 5,99. No próximo ano, a moeda americana deverá voltar a valer R$ 6. (Meio)

Confiança do consumidor recua em fevereiro ao menor nível desde agosto de 2022

O Índice de Confiança do Consumidor, divulgado pelo FGV IBRE, caiu pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro, atingindo 83,6 pontos, menor patamar desde agosto de 2022. O indicador acumula perdas superiores a 10 pontos, refletindo principalmente a deterioração das expectativas dos consumidores sobre o futuro. Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, a piora do índice é resultado direto da alta na inflação dos alimentos, que afeta o poder de compra das famílias mais pobres, e da persistente elevação das taxas de juros. Entre os componentes, o Índice de Expectativas foi o mais afetado, com queda de 4,3 pontos, puxado especialmente pelo indicador que mede a intenção de compra de bens duráveis, que atingiu o menor nível também desde agosto de 2022. Por outro lado, os indicadores sobre a situação econômica local atual e futura tiveram leve avanço. A queda na confiança foi generalizada em todas as faixas de renda, mas afetou de forma mais intensa os consumidores com renda até R$ 2.100,00.

Haddad defende Plano Safra robusto para combater inflação de alimentos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, em entrevista ao ICL, que o governo já trabalha em um novo Plano Safra para 2025, após bater recordes nos programas de 2023 e 2024 e em um contexto de alta inflação dos alimentos. Segundo ele, a prioridade é fortalecer o financiamento da produção agrícola e garantir o abastecimento interno e que isso será feito após a aprovação do Orçamento. “Queremos que o Brasil amplie sua produção, sem desmatamento”, afirmou. Haddad também comentou os impactos da crise climática na agricultura e defendeu a diversificação das culturas pelo território nacional para evitar perdas, como ocorreu com o arroz após as enchentes no Sul. Segundo ele, a expectativa do governo é de que o país colha uma “grande safra” a partir do fim deste mês, o que deve ajudar a estabilizar os preços.

Inflação mais alta e PIB mais fraco: mercado financeiro ajusta previsões para 2025

Economistas do mercado financeiro aumentaram, mais uma vez, as projeções de inflação para 2025, 2026, 2027 e 2028, segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. Para 2025, a estimativa subiu de 5,58% para 5,60%, a 18ª alta consecutiva e mantendo a projeção acima do teto da meta. As expectativas também cresceram para os anos seguintes: para 2026, a projeção subiu de 4,30% para 4,35%, no oitavo aumento seguido; para 2027, foi de 3,90% para 4%; e, para 2028, avançou de 3,78% para 3,80%. O mercado manteve estável a projeção da taxa básica de juros, com expectativa de que a Selic encerre 2025 em 15% ao ano. Já o crescimento do PIB para o ano caiu de 2,03% para 2,01%, enquanto o dólar deve encerrar o ano cotado a R$ 6. (Meio)

Vendas no varejo caem em dezembro, mas fecham 2024 com alta de 4,7%

O comércio varejista brasileiro encerrou 2024 com um crescimento acumulado de 4,7%, o melhor resultado desde 2012, quando o setor avançou 8,4%. Apesar do bom desempenho anual, o volume de vendas registrou leve queda de 0,1% em dezembro frente a novembro, na série com ajuste sazonal. Comparado a dezembro de 2023, as vendas no varejo cresceram de 2%. Já o varejo ampliado, que inclui veículos, material de construção e atacado alimentício, caiu 1,1% em dezembro, mas fechou 2024 com alta de 4,1%, impulsionado pelo setor automotivo, que avançou 11,7%, e pelo material de construção, com alta de 4,7%. Por outro lado, o atacado de alimentos teve queda de 7,1% no acumulado do ano. Entre os segmentos, móveis e eletrodomésticos lideraram o crescimento anual com alta de 10,2%, seguidos por outros artigos de uso pessoal (9,7%) e artigos farmacêuticos (9,6%). Em contrapartida, combustíveis e lubrificantes recuaram 1,7%, e o setor de livros, jornais e papelaria acumulou perdas de 7,7% no ano, impactado pela migração para plataformas digitais. Regionalmente, o Distrito Federal se destacou com crescimento de 4,5% nas vendas em dezembro, enquanto o Amapá registrou a maior queda, de 9,3%. (Meio)

Serviços recuam pelo segundo mês seguido, mas fecham 2024 em alta de 3,1%

O volume de serviços no Brasil caiu 0,5% em dezembro de 2024, marcando o segundo mês consecutivo de retração e acumulando perda de 1,9% no bimestre final do ano. Apesar disso, o setor encerrou 2024 com crescimento de 3,1%, registrando o quarto ano seguido de alta. O recuo de dezembro foi puxado por quedas nos segmentos de outros serviços (-4,2%), serviços profissionais e administrativos (-0,7%) e informação e comunicação (-0,7%). Já os serviços prestados às famílias avançaram 0,8%, acumulando alta de 7,8% desde maio. São Paulo (-0,7%), Santa Catarina (-5,2%) e Mato Grosso (-11,8%) tiveram as maiores perdas no mês, enquanto Rio de Janeiro (1,2%) e Pernambuco (2,5%) registraram crescimento. No turismo, o índice de atividades cresceu 2,8% em dezembro, impulsionado por São Paulo (4,1%) e Rio de Janeiro (1,4%). O setor encerrou 2024 com alta de 3,5%. Mesmo com a desaceleração, os serviços seguem 15,6% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), embora ainda estejam 1,9% abaixo do pico da série histórica, registrado em outubro do ano passado. (Meio)

The Dark Side of the Rainbow

Quando nasci, no ano 2000, o Pink Floyd há muito já havia rompido a formação responsável pelos principais sucessos da banda. Mas também, o filme O Mágico de Oz, de 1939, já era quase mais velho que minhas avós e mesmo assim fez parte da minha formação.

Produção industrial fecha 2024 com alta de 3,1%, mas cai 0,3% em dezembro

A produção industrial brasileira registrou queda de 0,3% em dezembro de 2024 na comparação com novembro, marcando o terceiro mês consecutivo de retração.  O recuo foi impulsionado pelo desempenho negativo de setores como máquinas e equipamentos (-3,0%), produtos de borracha e material plástico (-2,5%) e metalurgia (-1,5%). Por outro lado, segmentos como bebidas (3,2%) e indústrias extrativas (0,8%) tiveram crescimento no mês. Apesar da queda no último mês do ano, a indústria acumulou um crescimento de 3,1% em 2024, resultado superior ao de 2023, quando houve variação de apenas 0,1%. No quarto trimestre, o setor também avançou 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da queda, o recuo foi menor que o esperado pela mediana das expectativas, que previa tombo de 1,2%, com crescimento de 2,9% anual, segundo o Broadcast. Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (10,6%) e bens de capital (9,1%) foram os segmentos que mais cresceram ao longo do ano, impulsionados pela maior produção de eletrodomésticos e equipamentos de transporte. Já bens intermediários (2,5%) e bens de consumo semi e não duráveis (2,4%) registraram avanços mais modestos. Mesmo com o crescimento anual, a indústria segue 1,3% acima do patamar pré-pandemia, mas continua 15,6% abaixo do recorde registrado em maio de 2011. (Meio)

Em primeira reunião sob Galípolo, BC reforça necessidade de disciplina fiscal

O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou nesta terça-feira a ata da última reunião (íntegra), a primeira sob presidência de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula, em que houve elevação da Selic de 12,25% para 13,25% ao ano e sinalizando que um novo aumento de 1 ponto percentual deve ocorrer na próxima reunião. O documento reforça que o ambiente externo segue desafiador, com incertezas relacionadas à política monetária dos Estados Unidos e impactos sobre economias emergentes.